Mercados seguem em ritmo lento e aumento de despesas impactam rentabilidade no período.
O resultado da Iochpe-Maxion no 3º trimestre deste ano foi marcado por um baixo crescimento de receitas tanto no mercado interno quanto externo, assim como pela ligeira compressão de margens operacionais, em consequência dos seguintes fatores:
(a) desaceleração nas atividades de produção do segmento automotivo e de máquinas agrícolas no ambiente interno, que em nossa visão é resultante dos lay-offs;
(b) segundo período consecutivo de forte contração na indústria de veículos na Tailândia; e
(c) diminuição na produção industrial de veículos comerciais na Europa;
É importante observar, que as receitas no mercado externo foram positivamente impactadas, ainda que de forma bastante discreta, pelo bom desempenho do mercado automotivo na região do NAFTA e pela variação cambial, que contribuiu para elevar as receitas em dólares, atualmente em 66% do total da ROL.
O fato de a companhia ter reduzido o seu custo dos produtos vendidos, mesmo diante de uma estabilidade das commodities metálicas no período, indica claramente sua busca por eficiência, ainda que a capacidade instalada esteja em um menor nível de utilização.
Agradou-nos o dado relacionado ao endividamento consolidado líquido, que no 3T14 ficou em R$ 2.425,1 milhões, representando um nível de alavancagem em 3,9x no EBITDA12M, um leve aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando que houve elevação de 117% no consumo de caixa.
Ainda que tenham sido números discretos no 3T14, ao se comparar com o trimestre imediatamente anterior, os índices já começam a apresentar uma leve melhora, o que leva a crer em um segundo semestre com sinais um pouco mais favoráveis.
Perspectivas de longo prazo.
Os fundamentos de longo prazo da Iochpe-Maxion são bons, pelos mercados de atuação, track record da companhia e portfólio de produtos. Entretanto, o cenário recheado de desafios permanece e a companhia terá que mostrar sua capacidade de superar esses obstáculos.
Os riscos estão atrelados à recessão que assola o continente europeu e um arrefecimento no ritmo de recuperação da economia americana, que poderiam impactar o segmento automotivo naquelas regiões.
À exemplo de outras companhias e segmentos, acreditamos que persiste o risco de menor da atividade em função da baixa demanda, como observado nos estoques das montadoras, que segue em patamar elevado.
Neste sentido, mantemos nossa recomendação para as ações da Iochpe-Maxio
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