Diário do Mercado na 2ª feira, 24.08.2020
Ibovespa tem dia favorável, consoante com bolsas externas
Comentário.
O índice brasileiro operou sempre em campo positivo ao longo do pregão, avançando um pouco mais na hora final, seguindo a tendência dos índices acionários de Nova York. O giro financeiro esteve mais fraco do que o da semana anterior.
Em suma, com a agenda doméstica esvaziada e com os agentes aguardando dados de inflação nesta semana, o panorama internacional prevaleceu mais uma vez.
Externamente, os investidores nos EUA ficaram otimistas com a possibilidade do surgimento de novos tratamentos contra a pandemia do covid-19, bem como com noticiário que uma vacina contra o coronavírus poderá surgir antes da eleição presidencial norte-americana, agendada para 3 de novembro próximo.
Nos EUA, o atual presidente, Donald Trump, teve sua candidatura à reeleição ratificada pelo partido republicano e declarou que a recuperação econômica será rápida e prometeu criar 10 milhões de empregos, caso seja reeleito. Neste cenário, os índices S&P500 e Nasdaq encerraram em recordes históricos de pontuações, além do índice Dow Jones também subiu.
O dólar comercial operou quase a toda a sessão em baixa, fechando a R$ 5,5920 (-0,25%). Os juros futuros curtos fecharam quase estáveis e os médios e longos recuaram.
Ibovespa.
O índice abriu ascendente, mas perdeu força antes do meio da, seguindo com pequena elevação ao longo da sessão, melhorando na hora final junto com o índice S&P500. Ponderadamente, o setor de bancos teve destaque, mas Petrobras e Vale também subiram.
O Ibovespa fechou aos 102.297 pts (+0,77%), acumulando -0,60% no mês, -11,54% no ano e +4,74% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 23,3 bilhões, sendo R$ 21,3 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 20 de agosto, a Bovespa apurou entrada líquida de R$ 51,496 milhões em capital estrangeiro, acumulando ingresso líquido de R$ 2,934 bilhões no mês (após saída líquida de R$ 8,408 bilhões em julho).
Em 2020, o saldo negativo agora está em -R$ 81,978 bilhões (acima da saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial flutuou praticamente toda a sessão em campo negativo. Ora foi influenciado por um cenário interno mais brando no dia em relação à questão fiscal, ora seguindo o comportamento da divisa no mercado internacional.
A moeda fechou cotada a R$ 5,5920 (-0,25%), acumulando +7,19% no mês, +39,38% no ano e +35,60% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) baixou para 218 pts versus 226 pts da sexta-feira passada.
Juros.
Os juros futuros denotaram ajustes finos de posicionamentos nos vencimentos mais curtos, que findaram com sinais divergentes, enquanto os longos cederam novamente. Assim fecharam as taxas em relação à sessão anterior:
DI set/2020 estável em 1,90%;
DI outubro/2020 estável em 1,91%;
DI Janeiro/2021 estável em 1,93%;
DI Janeiro/2022 em 2,74% de 2,80%;
DI janeiro/2023 em 3,88% de 3,96%;
DI janeiro/2025 em 5,71% de 5,76%;
DI janeiro/2027 em 6,73% de 6,79%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 24.080.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RENATO ODO, CNPI-P ambos do BB Investimentos.
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