Diário do Mercado na 6ª feira, 22.05.2020,
Ibovespa recua, mantendo sempre cautela ao longo do pregão
Comentário.
O índice brasileiro, em dia agenda global esvaziada, permaneceu em trajetória sempre negativa ao longo do dia, ao redor da baixa de -1,0%, terminando próximo desta variação, mas com o menor volume financeiro das últimas nove sessões. Internamente, além do final de semana prolongado pela frente em Nova York, os agentes estiveram aguardando a liberação pelo STF de um vídeo de uma reunião do Presidente Jair Bolsonaro com seus ministros, que acabou ocorrendo após o fechamento do pregão à vista.
Externamente, a elevação da tensão comercial sino-americana e agora também a geopolítica – por conta da possível maior intervenção da China em Hong Kong, levou os índices acionários em Wall Street a operarem a maior parte do dia com recuo. Contudo, o S&P500 e o Nasdaq foram se recuperando do meio da tarde em diante, mas o Dow Jones fechou “de lado”.
Enfim, neste momento, os investidores parecem voltar mais suas atenções para a evolução da “reabertura” da economia e com perspectiva otimista de que haverá até o final do ano uma vacina contra o coronavírus.
Vale ressaltar que é feriado na próxima segunda-feira nos EUA (“Memorial Day”) e também em Londres (feriado bancário). As quedas dos preços futuros para julho dos barris de petróleo também não favoreceram uma melhor performance das bolsas, com o tipo Brent fechando em US$ 35,12 (-2,31%) e tipo WTI encerrando em US$ 33,56 (-1,03%).
O dólar comercial subiu pela manhã e cedeu de tarde, findando de lado, a R$ 5,5790 (-0,04%). Os juros futuros divergiram, mas os contratos intermediários se destacaram em elevação.
Ibovespa.
O índice principiou cadente e ficou, basicamente, com pequenas variações ao redor da queda de -1,0% ao longo da sessão. Ponderadamente, as baixas das ações da Petrobras e da Vale pesaram sobre o índice.
O Ibovespa fechou aos 82.173 pts (-1,03%), acumulando +5,95% na semana, +2,07% no mês, -28,94% ano e -12,92% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da bolsa foi de R$ 21,8 bilhões, sendo R$ 19,8 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 20 de maio, a Bovespa mostrou ingresso líquido de R$ 396,179 milhões, acumulando saída líquida de -R$ 7,977 bilhões no mês (após saque líquido de -R$ 5,069 bilhões em abril). Em 2020, acumula agora saldo negativo de -R$ 77,394 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Agenda Econômica. Sem indicadores.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) esteve oscilante, mas no final prevaleceu certa recuperação, apoiada no comportamento da divisa no mercado internacional em relação a maioria das economias emergentes.
A moeda fechou cotada a R$ 5,5790 (-0,04%), acumulando -4,44% na semana, +2,651 no mês +39,06% no ano e +38,09% em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) subiu para 307 pts ante 302 pts do dia anterior.
Juros.
Os juros futuros, em um dia sem indicadores, denotaram tendências diferentes de acordo com os vencimentos, em um dia de ajuste, mas com destaque de alta para a parte intermediária de sua curva de estrutura a termo. Assim fecharam as taxas em relação ao dia anterior:
DI julho/2020 estável em 2,72%;
DI outubro/2020 estável em 2,49%;
DI janeiro/2021 em 2,50% de 2,49%;
DI janeiro/2022 em 3,44% de 3,36;
DI janeiro/2023 em 4,61% de 4,51%;
DI janeiro/2025 em 6,44% de 6,40%;
DI janeiro/2027 estável em 7,43%.
Agenda. vide página 3.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 22.05.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investiments
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