Diário do Mercado na 6ª feira, 15.03.2019
Ibovespa renova recorde histórico com bom humor geral
Comentário.
Apesar do melhor humor, tanto interno, como externo, ainda não foi desta vez que o índice brasileiro testou a “barreira psicológica” dos 100.000 pts. De toda a sorte, encerrou em novo recorde histórico.
Recursivamente, mesmo com a alta de cerca de 4% na semana, não se pode prenunciar ainda a formação de uma tendência, nem se houve mudança para cima no intervalo de oscilação do índice. Vale lembrar que hoje foi a “zeragem” no mercado de opções sobre ações, cujo vencimento do exercício se dará na próxima 2ª feira, 18.03.
Domesticamente, os agentes consideraram alvissareiro o resultado dos leilões de 12 aeroportos pelo País que arrecadaram cerca de R$ 2,37 bilhões (valor inicial proposto era de R$ 218,7 milhões), que serão pagos à vista.
O quadro foi favorecido também pelas bolsas de Nova York operarem de modo positivo, que acabou contagiando os demais mercados acionários pelo mundo. Em verdade, dados um pouco abaixo do consenso de mercado da economia norte-americana induziram os agentes a terem uma percepção da continuidade de taxas de juros ainda brandas em um futuro próximo.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,8200 (-0,73%), acompanhando movimento similar no mercado internacional. As taxas dos juros futuros apresentou pequenos recuos na maioria de seus vencimentos, seguindo o comportamento do câmbio interno.
Ibovespa.
O índice já abriu em ascensão e passou o pregão, essencialmente, flutuando ao redor dos 99.000 pts (+0,40%). O desempenho positivo dos índices em Wall Street contribuiu para manter o ânimo doméstico.
Entre as blue chips que são carros-chefes do mercado de opções sobre ações, houve natural volatilidade ao longo da sessão, sendo que Petrobras terminou em leve elevação e a Vale encerrou em baixa.
O Ibovespa fechou aos 99.136 pts (+0,54%), acumulando +3,96% na semana, +3,72% no mês, +12,80% no ano e +16,73% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,905 bilhões, sendo R$ 17,366 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 9 de março (último dado disponível), houve entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 328,6 milhões, com o saldo tornando-se positivo em R$ 305,481 milhões em março. O saldo negativo acumulado no ano recuou a R$ 789,3 milhões.
Câmbio e CDS.
O dólar (EUA) encerrou em baixa frente ao real, num movimento alinhado com o mercado internacional, de enfraquecimento da moeda norte-americana.
O dólar comercial (interbancário) encerrou cotado a R$ 3,8200 (-0,73%), acumulando variações de -1,29% na semana, +1,79% no mês, -1,42% no ano e +16,25% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil permaneceu em 156 pts, igual a ontem.
Juros.
Os juros encerraram a sessão regular desta sexta-feira com um leve viés de baixa na maioria dos vencimentos (DIs), sincronizado com o comportamento do dólar e o panorama externo.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em 6,38% de 6,39%. O DI para janeiro de 2021 fechou estável em 6,97%. O DI para janeiro de 2023 caiu de 8,08% para 8,06%. O DI para 2025 caiu de 8,61% para 8,59%.
Agenda Econômica.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apresentou recuo de -0,3% em janeiro, ante dezembro (série dessazonalizada). Já em relação a janeiro de 2018, o indicador teve variação positiva de +2,1%, segundo dados do IBGE.
O IGP-10 acelerou para +1,40% em março, ante +0,40% em fevereiro. O índice passou a acumular alta de +1,54% no ano e de +7,99% em 12 meses.
Para a semana
Brasil: IPC-S, Balança comercial, Atividade econômica (Bacen), IPC FIPE, Inflação IGP-M 2a prévia, Taxa Selic, Confidência industrial CNI, Coleta de impostos e Criação de empregos formais.
EUA: Pedidos de bens duráveis, FOMC - Decisão taxa de juros, Índice antecedente, PMI Manufatura e Vendas de casas já existentes.
Europa: BoE (Bank of England) Taxa do Banco da Inglaterra (Reino Unido) e PMI Manufatura (Alemanha, França e zona do euro).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 15.03.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, do BB Investimentos
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