Diário de Mercado na 6ª feira, 27 de julho 2018
Ibovespa se descola das baixas de Nova York, mas fecha abaixo de 80 mil pts
Resumo.
A favorável repercussão das recentes divulgações dos balanços de empresas do 2T18 no Brasil levou hoje o Ibovespa a operar com descolamento positivo das negativas bolsas de Nova York. Mesmo perdendo forças na parte da tarde, que levaram o índice doméstico a encerrar novamente abaixo dos 80 mil pts, as ações do setor financeiro e de papéis vinculados a commodities mantiveram o índice brasileiro a operar sempre em campo positivo.
No mercado, o destaque do dia foi a prévia do PIB 2T18 dos EUA, que veio robusto mas levemente inferior ao esperado pelos agentes.
Ibovespa.
O índice abriu em alta e ficou oscilando ao redor dos 80 mil pts até por volta das 13h. Todavia, a partir daí, o índice brasileiro perdeu forças, influenciado pelas bolsas de Nova York - que seguiam negativas, mas prosseguiu navegando sempre em terreno positivo.
O Ibovespa fechou aos 79.866 pts (+0,58%), acumulando +1,65% na semana, +9,76% no mês, +4,53% no ano e +22,35% em 12 meses. O volume financeiro preliminar mais fraco do Bovespa foi de R$ 8,925 bilhões, sendo R$ 8,668 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 25 (último dado disponível), houve saída líquida de R$ 61,414 milhões em capital estrangeiro na Bovespa, diminuindo o saldo positivo de julho para R$ 5,00 bilhões. Em 2018, ainda há retirada líquida de R$ 4,94 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve déficit primário de R$ 16,422 bilhões em junho, versus superávit de R$ 11,020 bilhões de maio, sendo o segundo pior resultado para o mês em sua série histórica iniciada em 1997.
O indicador acumulou déficit de R$ 32,867 bilhões, ante saldo negativo de R$ 56,479 bilhões nos seis primeiros meses em 2017. Já em 12 meses, o déficit contabilizou R$ 103,2 bilhões (1,50% do PIB) e vale lembrar que a meta fiscal está estipulada em um déficit de até R$ 159 bilhões para este ano.
Nos EUA, a prévia do PIB 2T18 mostrou variação de +4,1% - o maior desde o 3T14, levemente menor do que o 4,2% previsto pelo mercado, mas acima do 2,2% do 1T18. O Consumo das Famílias subiu de 0,5% no 1T18 para 4,0% no 2T18.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) encerrou cotado a R$ 3,7170 (-0,77%), acumulando -1,56% na semana, -4,13% no mês, +12,13% no ano e +17,93% em 12 meses. Mais um dia em que a tendência da moeda no mercado doméstico esteve vinculada ao comportamento do dólar no mercado externo.
Juros.
Ao longo da curva da estrutura a termo da taxa de juros, os DIs, em sua maioria, denotaram pequeno recuo, com destaque para os vértices da parte média. Em verdade, de uma semana para cá ocorreram basicamente algumas leves correções para baixo.
Para a semana que vem.
Monitorar a agenda econômica que terá enorme peso da próxima semana será acompanhada de perto pelo mercado. No Brasil, dentre diversos importantes indicadores, destacam-se dados fiscais, a PNAD contínua e a Produção Industrial Mensal, além decisão do Copom sobre a taxa básica na quarta-feira.
Nos EUA, PCE (núcleo) – inflação, deliberação sobre a taxa dos Fed Funds pelo Fomc e os dados do emprego como o ADP e o payroll (criação cde vagas na economia). Ademais, serão divulgados os PMIs manufatura de Brasil, EUA, economias europeias, China e Japão.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 27.07.2018. elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON MOREIRA ALVES, ambos integrantes do BB Investimentos.
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