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Investimentos

06 de Fevereiro de 2017 as 00:02:20



INVESTIMENTOS - KLABIN - Resultado no 4º trimestre/2016


KLABIN - Resultado no 4º Trimestre/2016
 
Resultado em linha; Alavancagem pode ser um agravante
 
 
O resultado do 4T16 veio em linha com nossas estimativas, sem grandes surpresas. 
 
Apesar das dificuldades observadas no segmento de papel, com os preços do papel kraft na Europa cedendo às pressões e operando nos menores níveis desde 2009, somado à queda de 3% a/a na expedição brasileira de papelão no trimestre, a Klabin conseguir apresentar resultado positivo, reforçando, mais uma vez, sua habilidade de performar em situações mais adversas.
 
Com relação ao setor de celulose, os preços permaneceram baixos e afetaram negativamente a receita no segmento, parcialmente compensada pela alta no volume vendido.
 
Sendo assim, as receitas cresceram 23% a/a, para BRL 1.964 mm (estimativas do BB: BRL 1.945 mm). O EBITDA veio forte novamente, em BRL 653 mm (estimativas do BB: BRL 659 mm), subindo 8% comparado ao mesmo período do ano passado. Houve melhora também na margem EBITDA que aumentou 3,0 p.p. t/t, para 33%.
 
 
Volume de vendas afetado positivamente por celulose e conversão.  
 
O volume de vendas total da Klabin alcançou 777 kton, um aumento de 56% a/a, devido principalmente ao ramp up da unidade Puma e a comercialização de produtos de conversão.
 
As exportações ficaram em 54% (ante 38% no 4T15) com a celulose representando 39% do volume total vendido, com mais de 300 kton vendidas. Em 2016, o volume total ficou em 2.650 kton, + 45% a/a. 
 
Consequentemente, as receitas vieram em BRL 1.964 mm, aumentando 23% comparado com o mesmo período de 2015. O negócio de celulose contribuiu com BRL 471 MM pro total. 
 
As receitas no mercado doméstico representaram BRL 1.138 mm, subindo 15% comparado ao 4T15. Os produtos de conversão representaram 32% das receitas totais. Na base anual, as receitas somaram BRL 7.091 mm (+25% a/a).
 
 
Custo caixa e resultado operacional. 
 
O menor custo de conversão de fibras com o ramp up da unidade Puma, juntamente com a produção de energia, levaram a um custo caixa de BRL 768/t – uma redução de 13,7% desde o 2T16, ou seja, metade do objetivo de BRL 670/t para o fim de 2017, proposto pela companhia no 2T16. Ao mesmo tempo, o custo caixa total ficou em BRL 1.700/t, caindo 16% a/a em razão de maiores volumes vendidos (principalmente celulose) e, consequentemente, maior diluição de custos fixos. 
 
Em 2016, o custo caixa total ficou em BRL 1.831/t, uma queda de 11% comparado a 2015. Com relação ao EBITDA, com o negócio de celulose ganhando importância, a margem EBITDA melhora.
 
Houve crescimento de 12% t/t e 8% a/a no EBITDA total, para BRL 653 mm. Sua margem subiu 3,0 p.p. t/t para 33%. Na base anual, o EBITDA somou BRL 2.287 mm, um aumento de 16% a/a, enquanto que a margem anual ficou em 32%, -2 p.p. comparado a 2015.
 
 
Endividamento e resultado financeiro. 
 
O ponto de tensão do resultado da Klabin se deve ao seu processo de desalavancagem. A dívida bruta ficou em BRL 18.469 mm ao passo que a líquida somou BRL 12.005 mm. O índice Dívida Líquida/EBITDA subiu 0,1 p.p. ante o 3T16, para 5,2x, abaixo de nossas expectativas de 5,4x. 
 
Embora os volumes vendidos tenham crescido, a variação cambial e as pressões de preços em ambos os segmentos, tanto de papel quanto celulose, parcialmente compensaram o crescimento das receitas, o que pode desacelerar seu processo de alavancagem. 
 
Com relação ao resultado financeiro, as receitas adiram BRL 232 mm devido à forte posição de caixa da Klabin; entretanto, as despesas somaram BRL 408 mm e o resultado financeiro final ficou negativo em BRL 176 mm. Desta maneira, a companhia reportou um lucro líquido de BRL 109 mm no trimestre (-79% a/a), e BRL 2.482 mm em 2016, contra uma perda líquida de BRL 1.253 mm em 2015.
 
 
Outlook. 
 
A empresa tem sido capaz de entregar resultados positivos, apesar do cenário fraco nos últimos períodos. Todavia, os indicadores do setor tem mostrado sinais de melhora.  Os preços mais altos de celulose, principalmente na China onde a celulose de fibra curta subiu 5,8% em janeiro, podem incrementar as receitas, se esta tendência for confirmadadurante o semestre.
 
Adicionalmente, os preços de papel cartão e kraft na Europa subiram 2,9% m/m e 3,1% m/m, respectivamente, no primeiro mês do ano. Ainda, a economia brasileira parece se recuperar e um crescimento de 0,5% no PIB já é esperado para 2017.
 
O ponto de atenção fica com o processo de desalavancagem que deve levar mais tempo que o esperado anteriormente. Sem mais, mantemos nosso preço alvo de 2017 em BRL 20,00/ação e a recomendação de Market Perform.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da  KLABIN no 4º trimestre/2016, elaborado por Gabriela E Cortez, CNPI Analista Senior Victor Penna, CNPI Analista-chefe, do BB Investimentos
 


Fonte: Gabriela E Cortez, CNPI Analista Senior Victor Penna, CNPI Analista-chefe, do BB Investimentos





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