DIÁRIO DO MERCADO em 24.05.2016, 3ª feira
Ibovespa abriu em alta, mas, pouco depois foi denotando tendência descendente no intraday, em dia de pronunciamento do presidente e votação da meta fiscal
O Ibovespa encerrou "de lado" a sessão desta 3ª feira, 25.05, em 49.345 pts (+0,03%), passando a acumular -0,76% na semana, -8,47% no mês e 13,83% no ano.
Na primeira meia hora do pregão, o índice manteve-se em alta, mas, após às 10h30min, foi realizando progressivamente pouco depois do início do discurso do presidente Michel Temer, em um típico movimento de "sobe no boato e realiza no fato".
Já o dólar, permaneceu negativo na parte da manhã, mas, foi recuperando terreno na parte da tarde, em um movimento quase inverso do índice bursátil.
No último dado disponível, houve saída de capital externo de R$ 143,551 milhões no dia 20, acumulando agora saldo negativo de R$ 1,666 bilhão em maio, mas, ingresso líquido de R$ 11,622 bilhões no ano.
Na agenda de indicadores (pg.3), internamente, saldo em conta corrente e investimento estrangeiro direto, divulgados pelo Bacen foram os destaques, vindo ambos acima das projeções dos analistas, e trouxeram algum ânimo, ainda que moderado, pela manhã.
Também, ganharam destaque os pronunciamentos do presidente em exercício Michel Temer e do ministro da fazenda, Henrique Meirelles, que trouxeram mais detalhes sobre as medidas propostas pelo governo para o reequilíbrio das contas públicas, além do início da votação no Congresso Nacional da alteração da meta fiscal no orçamento, que permitirá a elevação do déficit primário do governo central para até R$ 170,5 bilhões ainda em 2016.
Na agenda internacional, se sobressaíram os dados de vendas de casas novas nos EUA, que vieram acima do esperado, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2008.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o Banco Central manteve-se ausente dos leilões de swap cambial reverso de dólar. A divisa norte-americana registrou movimento de apreciação contra a maioria das moedas no mercado cambial mundial, mesmo assim, encerrou esta sessão praticamente estável em relação ao real, cotada no interbancário a R$ 3,5753 (+0,08%)
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) recuou ligeiramente, e fechou o dia em 356 pts, ante 357 pts na sessão anterior, mas ainda sustentando o importante nível de 330 pts. No mercado de juros futuros na BM&F, dia de alta predominante nos vencimentos mais curtos e médios, enquanto os vencimentos mais longos recuaram marginalmente.
Nos mercados estrangeiros, as bolsas asiáticas operaram majoritariamente em queda, refletindo fraqueza do petróleo e incertezas quanto à decisão do Fed.
No Japão, o índice Nikkei retraiu 0,94%; o Xangai Composto, principal índice da China, recuou 0,8%.
Já nos nos EUA, mercados em alta: os índices S&P500, Dow Jones e Nasdaq oscilaram x%, x% e x%, respectivamente.
Na Europa, beneficiados por desempenho de ações de bancos, os mercados avançaram, em sua maioria. Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 1,35%; em Paris, o CAC-40 avançou 2,46%, enquanto em Frankfurt, o DAX registrou alta de 2,18%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 25.05, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
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