Ibovespa recuou com maior aversão ao risco em escala global nesta 2ª feira
Bovespa cai 0,79% e Dólar sobe 1,56% a R$ 3,5753
Em dia de fraca agenda de indicadores internos bem como internacionais, o índice brasileiro encerrou o pregão em queda de 0,79%, aos 49.330 pts, passando a acumular -8,50% no mês e +13,80% no ano.
Preliminarmente, o giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,36 bilhões, sendo R$ 4,37 bilhões no mercado à vista, com o Ibovespa somando R$ 5,20 bi. No dia 19 de maio (último dado disponível), os investidores estrangeiros retiraram R$ 248,4 milhões da Bovespa, aumentando o saldo negativo em maio para R$ 1,52 bilhão.
Em 2016, o acumulado segue positivo em R$ 11,77 bilhões. As ações que mais valorizaram-se na sessão foram: Vale PNA, Fibria ON, Santander Unit, Raia Drogasil ON e Gerdau PN, enquanto do lado negativo: Usiminas PNA, Petrobras PN, JBS ON, Smiles ON e Kroton ON.
Na agenda de indicadores (pg.3 do relatóro anexo), internamente, tivemos apenas o IPC-Fipe semanal, que mede a inflação ao consumidor, vindo este em 0,68%, ligeiramente abaixo do estimado pelo mercado, em 0,70%, sem maiores surpresas ou impactos no mercado.
Na agenda internacional, a consultoria Markit divulgou nesta segunda-feira uma série de prévias do PMI da Zona do Euro. Os resultados mostraram, no geral, uma desaceleração do crescimento do bloco, com o PMI composto da zona do euro atingindo o seu menor nível em 16 meses, caindo a 52,9, ante 53 do mês anterior.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o Banco Central manteve-se ausente dos leilões de swap cambial reverso de dólar. Mesmo assim, nesta sessão, a divisa fechou o dia no interbancário valorizando-se perante o real, em R$ 3,5753 (+1,56%).
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país), após o recuo na sexta-feira, tornou a elevar-se, e fechou o dia em 357 pts, firmando-se acima do importante nível de 330 pts.
No mercado de juros futuros na BM&F, praticamente todos os vencimentos avançaram, refletindo uma percepção de possibilidade de aperto monetário por maior tempo devido à pressões inflacionárias de curto prazo.
Bolsas no Exterior
Nos mercados estrangeiros, as bolsas Asiáticas operaram sem direção única. No Japão, o índice Nikkei retraiu 0,49%, em parte influenciado por uma queda de 2,2% na petrolífera Inpex. Por outro lado, o Xangai Composto, principal índice acionário da China, avançou 0,6%.
Nos EUA, mercados também sem direção definida, tendendo à estabilidade. Os índices S&P500, Dow Jones e Nasdaq oscilaram -0,21%, -0,05% e -0,08%, respectivamente.
Já na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em queda, pressionados pela queda do petróleo e refletindo indicadores divulgados na região. Em Londres, o índice FTSE-100 caiu 0,32%; em Paris, o CAC-40 retraiu 0,66%, enquanto em Frankfurt, o DAX recuou 0,74%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 23.05.2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI, ambos do BB INVESTIMENTOS
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