Ibovespa iniciou em alta, mas cedeu após abertura de Nova York
O Ibovespa encerrou as negociações nesta quinta-feira em queda de 1,68%, aos 51.671 pts. Após transitar no território positivo no princípio da sessão, o índice brasileiro tomou o viés baixista após as aberturas negativas das bolsas norte-americanas, bem como pesou também a retração das commodities (petróleo e minério de ferro) no mercado internacional.
Os destaques positivos foram:
Suzano,
Natura,
Klabin,
Weg e
Brasil Foods.
Enquanto pelo lado negativo foram:
Estácio,
CSN,
Kroton,
Gerdau e
Vale.
Na agenda doméstica, destaque para a ata do Copom, que citou:
"considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária".
O comunicado teve efeito no mercado de juros futuros (vide abaixo).
De outra mão, dados de venda, produção e exportações de veículos, divulgados pela Anfavea, vieram abaixo das estimativas, mostrando que o deprimido setor automotivo ainda não encontrou alento e segue pressionado. Para amanhã, atenção à inflação medida pelo IPCA fechado do mês de abril, divulgado pelo IBGE.
Na seara de resultados corporativos do 1T16, destaque para Banco ABC Brasil e Braskem. Relatórios de resultados das empresas com cobertura em suas versões completas: confira os links no Calendário de Balanços (pg. 4).
Câmbio
No mercado cambial, mais um dia sem intervenção do Bacen nos leilões de swap cambial reverso. A divisa norte-americana chegou a operar em queda na abertura dos negócios, respeitando o limite inferior da “banda informal” em R$ 3,50, mas, inverteu sua movimentação ao longo do dia e encerrou cotada próxima da estabilidade, a R$ 3,5388.
Juros Futuros
No mercado de juros futuro, reagindo ao posicionamento com viés mais restritivo expresso pela ata do Copom, os contratos elevaram-se nos vencimentos mais curtos, e retraíram-se nos de médio e longo prazo, refletindo maiores incertezas quanto ao futuro próximo da decisão do Banco Central, ainda que no movimento de hoje esteja implícita uma menor aversão a risco por parte dos agentes relativo ao desempenho no longo prazo. O CDS brasileiro de 5 anos (medida de risco Brasil) elevou-se marginalmente, atingindo 346.5 pontos.
No mercado internacional, agenda não tão representativa. O dado semanal de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA veio acima do esperado (274 mil ante 260 mil estimado), mas, manteve-se abaixo de 300 mil pela 61ª semana seguida.
Na 6ª feira, 06.05), os agentes estarão monitorando o indicador de maior destaque da semana, o Payroll (criação de vagas na economia) nos EUA, às 9h30.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 05.05, elaborado por RAFAEL FREDA REIS, CNPI, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS.
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