Comportamento do Mercado na 5ª feira, 03.03.2015
Ibovespa superou os 47.000 pontos
No exterior foi um dia de realização de lucros nas bolsas europeias depois de mais indicadores considerados ruins. O PMI composto da zona do euro caiu para 53 pontos em fevereiro, de 53,6 em janeiro, o pior patamar em 13 meses.
Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 0,27%, a 6.130,46 pontos, enquanto o CAC-40 fechou em queda de 0,20%.
Nos EUA, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou que o índice dos gerentes de compras do setor de serviços norte-americano caiu para 53,4 em fevereiro, de 53,5 em janeiro. O indicador antecedente da consultoria Markit recuou para 49,7 em fevereiro, abaixo do patamar de 50, limite entre expansão e contração.
Na 6ª feira, 04.03, será divulgado o relatório do mercado de trabalho referente ao mês de fevereiro, e um número forte na criação de vagas pode aumentar as chances de o Federal Reserve elevar a taxa básica de juros na próxima reunião. As bolsas em Nova Iorque abriram em baixa, mas viraram para uma leve alta no meio da tarde.
Bovespa
Apesar do cenário menos favorável no exterior, o Ibovespa emplacou a quarta alta seguida nesta semana com desdobramentos do campo político.
Petrobras foi destaque mais uma vez, com alta de 13,27% na PN, sustentando o viés positivo dos últimos dias e também apoiada na manutenção do preço do petróleo acima de US$ 35 o barril.
Vale iniciou o dia sem a preferência dos investidores, mostrando volatilidade até a abertura em Nova Iorque. Bancos também estiveram entre as maiores altas. Entre as baixas, mais uma vez as empresas exportadoras, acompanhando a queda do dólar:
Fibria ON (R$ 35,90, -10,14%) e
Suzano PN (R$ 13,99; -9,39%).
Embraer (EMBR3), que divulgou resultado antes da abertura, recuou 14,05%, a R$ 25,01. No final, o índice fechou na máxima do dia, a 47.193 pontos, em alta de 5,12%, e com volume de R$ 13,08 bilhões, quase duas vezes a média diária.
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 893,31 milhões na segunda-feira (01), quando o índice Ibovespa teve ata de 3,10%. O saldo de recursos externos no acumulado do ano agora é de R$ 3,058 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar teve forte queda, com o forte fluxo de estrangeiros, e fechou em baixa de 2,41%, a R$ 3,79. No mercado de juros futuros da BM&F, as taxas dos contratos longos caíram mais uma vez, fruto do cenário externo mais favorável.
Na ponta curta, a estabilidade da Selic para 2016 mantém os contratos sem alterações. Ao término da negociação regular, o contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,14%, de 14,15% no ajuste anterior (-0,07%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,05%, de 14,06% no ajuste anterior (-0,07%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 14,99%, de 15,26% (-1,77%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 03.03.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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