Comportamento do Mercado em 12.01.2016
A Bolsa de Valores de São Paulo amargou a quinta sessão em queda, fechando o dia em -1,09% aos 39.950 pontos.
Ainda que a queda não tenha sido generalizada (59% dos papéis fecharam acima do IBOVESPA), o tombo nos papéis da Petrobras e Vale não permitiram ao Índice encerrar valorizado, aliás, como vinha portando-se até o horário do almoço, em função da relativa tranquilidade nas bolsas da China e Europa. O volume financeiro abaixo de 5 bilhões também está baixo da média.
A principal motivação nas quedas vistas na Petrobras e Vale são, novamente, o recuo no preço internacionais das commodities: Vale: VALE3 ON -8,11% e VALE5 PNA -8,33%.
No dia em o minério de ferro atingiu US$ 40/tonelada seca, a Vale informou que realizou o desembolso de US$ 3 bilhões, de US$ 5 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativo.
A empresa informa que que os recursos serão utilizados para cobertura de desequilíbrios de caixa, enquanto os investidores veem esta situação como um possível empecilho para o pagamento de dividendos, pelo menos até o caixa da companhia estar mais reforçado.
Petrobras: PETR3 ON -7,65% e PETR4 PN -9,20% (a maior queda no Índice). Nesta terça-feira, o petróleo caiu novamente rompendo a casa dos US$ 30, na mínima do dia na Nymex, enquanto o contrato para fevereiro fechou em -3,09% (US$ 30,44).
Essas recorrentes quedas são resultados dos elevados estoques da commodity e consequente excesso de oferta.
Hoje também a Petrobras divulgou uma revisão do seu plano de negócios 2015-2019, projetando o barril tipo Brent a US$ 45 neste ano, juntamente com redução na previsão de investimento de US$ 130 bilhões para US$ 98,4 bilhões no período, recuo aproximado de 24%.
O dólar comercial fechou em queda de -0,63% e cabe salientar que, desde que começou 2016, a divisa vem mostrando indecisão, encerrado os negócios no intervalo entre R$ 4,02 e R$ 4,06. Na mesma linha, o Risco Pais medido pelo CDS de 5 anos tem, desde o dia 05/01, variado dentro do faixa de 481 a 487 pontos.
Assim como no dólar, a curva de juros tem circulado dentro de uma banda, ora levemente em alta ora levemente em baixa. Particularmente hoje, foi negativa, com queda mais proeminente nos vencimentos curtos. Na verdade, os agentes caminham para um consenso de expectativas para a próxima reunião do Copom, de um aumento de 0,5% na SELIC.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho do mercado financeiro em 12.01.2016, elaborado por José Roberto dos Anjos, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVSTIMENTOS
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