Relatório de Mercado em 08.10.2015
Alta do petróleo no exterior e continuidade da entrada de capitais externos
O Ibovespa começou oscilante e permaneceu ao redor da estabilidade até por volta da 15h. A partir daí, firmou-se definitivamente em campo positivo, mas, sem ímpeto. O índice brasileiro tentou acompanhar as movimentações do índice Dow Jones ao longo do pregão, porém, perdeu força na meia hora final.
A alta do petróleo no mercado internacional ajudou a impulsionar os papéis da Petrobras, que se destacaram no dia junto com as ações do setor de bancos.
Também, vingou hoje uma percepção favorável dos agentes em relação aos preços de commodities. Enfim, aparentemente, vai se consubstanciando, pouco a pouco, recomposições de carteiras, apoiadas na continuidade do ingresso de capital externo.
Nos EUA, os investidores consideraram a ata do Fed amena, sinalizando ainda juros baixos, mas, ainda prenunciou a possibilidade do início do ciclo de aperto monetário neste ano.
Ibovespa
No índice doméstico, os setores com melhores desempenhos foram:
Petróleo/Petroquímico;
Siderurgia/Mineração;
Energia Elétrica; e
Educação.
Destaques ponderados positivos para:
PETR4 (R$8,75; +3,31%; giro R$590 MM);
PETR3 (R$10,75; +3,37%; giro R$197 MM);
PCAR4 (R$56,13; +4,43%; giro R$103 MM);
ITUB4 (R$29,75; +0,37%; giro R$528 MM);
CCRO3 (R$12,36; +2,32%; giro R$77 MM);
ESTC3 (R$16,20; +5,74%; giro R$15 MM);
GGBR4 (R$6,67; +3,73%; giro R$55 MM);
EQTL3 (R$2,42; +2,98%; giro R$61 MM);
RUMO3 (R$7,90; +14,49%; giro R$33 MM);
CPFE3 (R$15,68; +3,57%; giro R$20 MM);
USIM5 (R$3,67; +8,26%; giro R$38 MM);
O índice doméstico fechou aos 49.106 pts (+2,47%), acumulando +4,41% na semana, +8,98% no mês, -1,80% no ano e -13,94% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi R$6,76 bi (R$6,40 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R5,57 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado acessível, a Bovespa teve entrada de R$414,625 milhões em capital externo no último dia 6, somando R$1,463 bilhão em outubro (-R$418,532MM em setembro e -R$3,314Bi em agosto) e acumulando R$18,702 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,8100 (-1,70%), acumulando -3,37% na semana, -4,13% no mês, +43,50% no ano e +60,02% em 12 meses. Nos Juros futuros (DI), as taxas recuaram, devolvendo as altas de ontem e se situando inferiores ao início do mês. Assim, a curva da estrutura a termo da taxa de juros cedeu como um todo, acompanhando a tendência do câmbio.
Indicadores.
Nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego foram de 263 mil, na semana até 3 de outubro, recuando 13 mil frente aos 276 mil da semana passada. A sua média móvel de quatro semanas recuou para 267.500, próxima do nível de 7 de abril de março de 2000, em 266.250 - que foi o fundo histórico desde 1980.
Na Alemanha, o superávit comercial (com ajuste sazonal) foi de €19,6 bilhões - cerca de US$22,1 bilhões em agosto, ante €22,4 bilhões em julho. Na comparação com julho, as exportações diminuíram 5,2%, para €97,7 bilhões (maior baixa desde janeiro de 2009) e as importações arrefeceram 3,1%, para €78,2 bilhões.
No Reino Unido, o BoE (Bank of England) manteve a taxa de juros inalterada em 0,50%, como esperado pelo mercado.
Agenda da semana
No Brasil, IGP-M 1ª prévia e IPC-Fipe semanal (8);
nos EUA, dados seguro-desemprego e Fed -ata reunião FOMC 16 e 17 /set (8) e índice de preços de importação, estoques e vendas no atacado (9);
na Alemanha, balança comercial (8); na França, produção industrial e produção manufatureira (9);
no Reino Unido, BOE - taxa do Banco da Inglaterra (8) e balança comercial (9).
Confira no anexo a íntegra do Relatório de Mercado em 08.10.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
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