Futuros em Wall Street e bolsas na Europa caem.
Moody’s rebaixou nota do Brasil ontem. China deprecia moeda novamente.
O Ibovespa principiará decaindo. Tanto os futuros das bolsas de Nova York, como os principais mercados acionários da Europa operam em baixa, ainda mais impactados negativamente pela segunda desvalorização cambial do yuan pela China.
China desvaloriza Yuan
O PBoC (Banco Central chinês) fixou a taxa de referência do câmbio (yuan/dólar) em 6,3306 (-3,5% em relação à taxa de anteontem), versus 6,2298 da véspera, que antes estava em 6,1162, bem como a cotação da moeda à vista terminou em 6,45 (ou seja, queda de 5,46% em comparação com a taxa de anteontem).
A tentativa do governo chinês é incrementar exportações para tentar conter a desaceleração econômica.
Moody's
No Brasil, no final da tarde de ontem, já na prorrogação do encerramento do pregão da Bovespa, a agência internacional de rating Moody’s rebaixou a classificação soberana do Brasil para o piso da escala de grau de investimento (nota Baa3), com perspectiva estável – que antes era negativa.
O mercado já esperava esta postura da agência, mas, a perspectiva estável foi um alento momentâneo, pois os agentes já davam como “favas contadas” a expectativa negativa também.
Vale lembrar que pela agência S&P a nota já se encontra neste patamar limítrofe desde 24 de março deste ano e que a perspectiva passou para negativa em 28 de julho de 2015.
Vencimento de índice de futuro e opções
Na Bolsa brasileira, vale ressaltar que hoje é dia de vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice e, na sexta-feira, 14.08, será o último dia para zeragem de posicionamentos no mercado de opções sobre ações.
Na 3ª feira, 11.08, Ontem, o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,5000 (+1,45%), antes do anúncio da Moody’s, acumulando -0,28% na semana, +2,43% no mês, +31,83% no ano e +53,91% em 12 meses. (obs. vide calendário de balanços de empresas - pg. 4).
Ibovespa
O índice doméstico fechou aos 49.072 pts (-0,57%), com volume de R$4,83 bilhões, acumulando +1,02% na semana, -3,52% no mês, -1,87% no ano e -13,32% em 12 meses. O Ibovespa foi decaindo após sua abertura até o meio da tarde. A partir daí, iniciou lenta reação, que se acentuou nos leilões de fechamento, suavizando a baixa, por conta da notícia do rebaixamento da nota soberana do Brasil pela Moody’s, mas, a impostação de perspectiva estável, quando era esperada negativa, foi bem recebida.
Em suma, a desvalorização da moeda da China derrubou os mercados acionários pelo mundo e sem agenda doméstica mais significativa, o índice brasileiro seguiu “ipsis litteris” a trajetória do Dow Jones ao longo de todo o pregão, deslocando-se para cima apenas no final.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$81,537 milhões no último dia 7, somando R$69,843 milhões em agosto mês (-R$568 milhões em julho) e acumulando R$21,042 bilhões em 2015.
Agenda da semana (vide pg. 3)
- No Brasil, vendas a varejo (12), IGP-10 e atividade econômica (14);
- nos EUA, vendas no varejo, dados de seguro-desemprego e estoques de empresas (13), produção industrial, capacidade instalada, índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan e PPI (14);
- na Alemanha, na França e na zona do euro, PIB 2T15 (preliminar) (14);
- no Japão, produção industrial (12);
- na China, produção industrial e vendas a varejo (12) e investimento estrangeiro (13).
Na China, o índice de Xangai fechou “de lado”, em 3.886 pts (-1,06%). No Japão, o índice Nikkei variou -1,58%, para 20.393 pts.
Confira no anexo o relatório PRÉ MERCADO com as previsões sobre o compoertamento do mercado em 12.08.2014, elaborad porNATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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