O default da Grécia deu o tom aos mercados na 2ª feira, 30.06.
A aversão ao risco
foi disparada depois de mais um revés nas negociações com os credores no final de semana. Ainda no domingo, as autoridades gregas anunciaram o fechamento do sistema bancário e da bolsa de valores até a realização do referendo sobre a dívida, marcado para o próximo domingo. Durante a tarde o governo da Grécia declarou que não terá como pagar os juros do empréstimo junto ao FMI com vencimento amanhã.
Diante desse quadro, as bolsas europeias fecharam em forte baixa: Londres caiu 1,97%, Paris recuou 3,74% e Frankfurt declinou 3,56%.
Em Nova Iorque o Dow Jones caiu 1,95% e o S&P perdeu 2,09%.
Na Ásia também houve queda, apesar da decisão do BC da China de cortar em 0,25 p.p. sua taxa de referência e em 0,5 p.p. os requerimentos de reservas dos bancos comerciais.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos tiveram queda, num movimento claro de busca por segurança. O rendimento do bond de 10 anos anos fechou em 2,32% (queda de 14 bps). O VIx (índice de volatilidade dos mercados) subiu para 18,85, de 14,02 na sextafeira, portanto uma alta 34,45%.
Na Bovespa a queda foi temporariamente revertida no início do pregão pela valorização das ações da Petrobras, que anunciou plano de investimentos. Porém os vendedores assumiram o controle a partir das 11 horas e assim continuou até às 15hs, quando a força compradora foi retomada, porém sem força para reversão. Chamou a atenção, entretanto, o volume de negócios abaixo da média dos últimos 10 dias.
No final, apenas 10 ações não caíram no índice, e o Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,86%, aos 53.014,21 pontos. Na mínima, marcou 52.647 pontos (-2,54%) e, na máxima, 54.013 pontos (-0,01%). No mês, acumula ganho de 0,48% e, no ano, de 6,01%. O giro financeiro total foi de R$ 5,073 bilhões.
IBovespa caiu 1,24%
No último dado disponível, a Bovespa teve entrada de capital externo de R$ 298,617 milhões no dia 25, quando o Ibovespa caiu 1,24% e o giro total foi de R$ 6,452 bilhões. O saldo de recursos externos é de R$ 2,67 bilhões em junho e R$ 21,616 bilhões no ano.
Indicadores - Relatório Focus
O IGP-M, que acelerou a 0,67%, acima da mediana das estimativas (0,65%). O Relatório Focus mostrou que o mercado elevou a previsão para o IPCA para 2015, para 9,00%. Em relação à Selic, o consenso passou a ser de uma elevação de 0,50 p.p. na reunião de 29 de julho. Em setembro, o BC colocaria fim ao aperto com mais um ajuste, de 0,25 pp, ou seja, a taxa esperada para o final do ciclo de aperto é de 14,50%. Para 2016, a média da taxa Selic subiu para 13,21%, enquanto que a taxa para o final do ano manteve-se em 12%.
Confira no anexo o relatório na íntegra a respeito do comportamento do mercado na 2ª feira, 29.06, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTO.
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