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Investimentos

11 de Maio de 2022 as 15:05:38



GRUPO NATURA & Co - Resultado no 1º Trimestre/2022: FRACO, QUEDA DAS RECEITAS


 
GRUPO NATURA & Co - Resultado no 1º Trimestre/2022
Fraco, Queda na Receitas e Margens Pressionadas 
 
Por Georgia Jorge, CNPI
em 06.05.2022
 
O Grupo Natura&Co entregou um resultado fraco no 1T22, em nossa opinião. Os números refletiram um ambiente hostil ao comércio, com inflação pressionando tanto o poder de consumo dos indivíduos, quanto o custo das matérias-primas e as despesas.
 
Diante da perspectiva de manutenção desse cenário pelo menos no curto prazo, o Grupo divulgou, nesta data, a alteração em um ano do prazo de atingimento das projeções de receita líquida consolidada e índice de endividamento líquido consolidado divulgados em 20 de abril de 2021.
 
Desempenho das Ações e Perspectivas. 
 
Os papéis NTCO3 acumulam queda de 38% nos últimos 30 dias, refletindo a piora da percepção dos investidores quanto à capacidade do Grupo de performar nesse ambiente mais hostil para as vendas no mercado de CFT (Cosméticos, Fragrâncias e Higiene Pessoal).
 
A apresentação de resultados do 1T22 inferiores às estimativas e a revisão do guidance (projeções) confirmam que essas preocupações de fato são adequadas.
 
O próprio Grupo divulgou na videoconferência de hoje que o cenário deve melhorar apenas a partir do 2S22. Por essa razão, mantemos nossa recomendação em Neutra e o preço-alvo para o final de 2022 em R$ 35,80, haja vista não haver potencial de destravar o valor da companhia no curto prazo.
 
Desempenho econômico-financeiro
 
> Natura&Co América Latina
 
A divisão Natura&Co América Latina teve um resultado negativo na comparação anual e aquém das nossas estimativas. A receita líquida caiu 8,4% a/a (-8,7% r/e) e -2,1% em moeda constante, impactada negativamente pela queda das vendas em moeda constante da Avon, tanto no Brasil, quanto na América Hispânica, além de um efeito cambial negativo.
 
Destaque positivo para o crescimento das vendas da marca Natura na América Hispânica em 8,0% em moeda constante. A margem EBITDA Ajustada da divisão, por sua vez, atingiu 8,2%, queda de 3,9 p.p. a/a e r/e, prejudicada pelo efeito inflacionário sobre logística, custos de pessoal e serviços.
 
Avon International
 
A Avon International trouxe resultados mistos. Por um lado, houve forte queda de receita líquida de 22,1% a/a em reais (-11,9% r/e), com redução de 10,1% em moeda constante, o que já era esperado (1,0 p.p. r/e) dada a adoção do novo modelo comercial ao longo dos últimos trimestres, o que ocasionou queda de representantes e redução de portfólio, além da diminuição da disponibilidade de renda na Europa.
 
Por outro lado, a Companhia mostrou melhoria de margem EBITDA Ajustada, que veio 0,3 p.p. superior a/a e 0,4 p.p. r/e, reflexo da transformação do negócio, com economias da simplificação do modelo comercial compensando a inflação.
 
The Body Shop (TBS)
 
Outra divisão com resultados negativos neste trimestre foi a The Body Shop (TBS), com queda de receita tanto em reais (-22,9% a/a e -20,3% r/e), quanto em moeda constante (-16,0% a/a), em decorrência da redução da demanda na  Europa.
 
Enquanto a inflação pressionou a renda do consumidor, no mix de canais, a recuperação do varejo foi insuficiente para compensar as quedas em TBS At Home, e-commerce e franqueados. Acompanhando a queda de receita, a margem 
EBITDA  Ajustada sofreu um decréscimo de 7,6 p.p. a/a (-7,9 p.p. r/e), e atingiu 7,2% no trimestre.
 
Essa queda na margem deveu-se, em parte, a um auxílio não recorrente relacionado à pandemia, que favoreceu a margem no 1T21, mas também à pressão inflacionária sobre as despesas e custos das matérias-primas.
 
Aesop
 
A divisão Aesop, na ponta oposta, trouxe resultados positivos. A receita líquida mostrou crescimento tanto em reais (+9,6% a/a e -3,9% r/e), quanto em moeda constante (+21,3% a/a). Apesar da queda de margem EBITDA Ajustada na 
comparação anual em 5,0 p.p., esta já era esperada, diante dos investimentos ora 
em curso em digitalização, novas categorias e novas geográficas. Ainda assim, a queda de margem veio inferior às nossas estimativas em 3,8 p.p.
 
 
Tudo considerado, a receita líquida somou R$ 8,2 bilhões, queda de 12,7% a/a e -10,7% r/e, com queda de 3,1 p.p. de margem EBITDA Ajustada, que alcançou 7,0% no trimestre (-2,4 p.p. r/e).
 
O prejuízo reportado foi de R$ 643 milhões, ante uma estimativa de um prejuízo de R$ 258 milhões.
 
CONFIRA no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
GEORGIA JORGE, CNPI, analista senior do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, CNPI, analista senior do BB Investimentos.





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