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Investimentos

10 de Maio de 2022 as 20:05:01



LOJAS RENNER - Resultado no 1º Trimestre de 2022: RECUPERAÇÃO DE VENDAS E MARGENS


LOJAS RENNER - Resultado no 1º Trimestre de 2022
 
Misto; recuperação de vendas e margens a/a,
mas abaixo das nossas estimativas
Georgia Jorge, CNPI
06.05.2022
 
O resultado da Lojas Renner referente ao 1T22 foi misto, em nossa visão. Apesar da bem-vinda recuperação de receita e margens na comparação anual, com destaque para a operação de varejo, o resultado veio abaixo das nossas estimativas, tanto em função de uma pressão superior à projetada em despesas no varejo, quanto por um resultado proveniente de produtos e serviços financeiros impactado por maiores provisões.
 
A esse respeito, pontuamos que a elevação das provisões, por si só, não é preocupante, dado o relevante aumento da carteira de crédito no período. Contudo, observamos que o percentual de vencidos sobre a carteira está superior ao período pré-pandemia, o que liga um alerta quanto ao comportamento desse indicador ao longo dos próximos trimestres.
 
Desempenho das Ações. 
 
Os papéis LREN3 acumulam queda de 18,2% nos últimos 30 dias (até 05/05). Ao nosso ver, esse comportamento das ações reflete as preocupações dos investidores com o setor de consumo como um todo diante da persistência da inflação e maior ciclo de aperto monetário, o que não deve se modificar no curto prazo.
 
No entanto, como as vendas têm acelerado trimestre a trimestre e as margens estão em patamares similares aos do período pré-pandemia, mantemos a recomendação de Compra, bem como nosso preço-alvo para o final de 2022 de R$ 33,60.
 
Ressaltamos que a Companha segue capitalizada em razão do follow on realizado em maio de 2021, o que ajuda na condução de suas iniciativas estratégicas e favorecerá a dinâmica de resultados à frente.
 
Desempenho econômico-financeiro
 
A receita líquida consolidada veio em R$ 2,6 bilhões crescimento de 65,3% a/a (-7,0% r/e), favorecido por uma forte retomada do varejo, cujo indicador vendas mesmas lojas foi de 59,5% (+4,6 p.p. r/e), bem como pelo crescimento da receita proveniente de produtos e serviços financeiros (PSF), que teve uma elevação de 82,3% a/a (+15,2% r/e).
 
A margem bruta também mostrou incremento na comparação anual, atingindo 61% no trimestre (+2,6 p.p. a/a e +0,8 p.p. r/e), refletindo a recuperação da margem bruta do varejo (+3,1 p.p. a/a e +0,3 p.p. r/e). Na mesma direção, a margem EBITDA Ajustada consolidada veio em 14,9%, crescimento de 13,0 p.p. a/a em função da expressiva melhoria de margem EBITDA Ajustada nas operações de Varejo (+16,3 p.p. a/a) com a retomada da alavancagem operacional perdida por ocasião do fechamento de loja no mesmo período do ano anterior. 
 
Apesar da melhoria de margem EBITDA no varejo, o resultado proveniente de PSF veio inferior na comparação anual (-10,7 p.p. a/a), atingindo 21,9% no 1T22. Esse resultado foi um reflexo do aumente das provisões com devedores duvidosos, diante do aumento da carteira de crédito em 61,8% a/a, bem como uma elevação do percentual de perdas líquidas (de 1,7% no 1T21 para 3,4% neste trimestre), o que não nos parece preocupante, dado que, no ano anterior, esse percentual foi favorecido por ocasião da reversão de provisões realizadas anteriormente diante das incertezas trazidas pela pandemia do Covid-19.
 
Acompanhando a melhoria de margem operacional, a Lojas Renner entregou um lucro líquido de 192 milhões, com margem de 7,3%, ante um prejuízo de R$ 148 milhões no 1T21, beneficiado também por um resultado financeiro líquido positivo em R$ 17 milhões.
 
A esse respeito, pontuamos que a companhia finalizou o trimestre com uma posição de caixa líquido de R$ R$ 1,9 bilhão ou 0,95x o EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses, favorecida pelo follow on ocorrido em maio/21 e cujos recursos estão sendo utilizados paulatinamente na construção de sua estratégia.
 
No que concerne os investimentos do período, o Capex totalizou R$ 115 milhões, equivalente a 4,4% da receita líquida, ante 10,1% no 1T21. A queda de investimentos na comparação anual deveu-se aos menores investimentos no novo CD, de acordo com o cronograma de construção, bem como pela normalização do cronograma de inaugurações de lojas, o qual teve uma concentração no 1S21 diante das postergações de novas lojas em 2020 por ocasião da pandemia.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório elaborado a respeito, por
GEORGIA JORGE, CNPI, analista senior do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, CNPI, analista senior do BB Investimentos





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