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Internacional

28 de Junho de 2022 as 22:06:46



Os EUA estão balançando outra cenoura para atacar a China?


 
Os EUA estão balançando outra cenoura para atacar a China?
Global Times Editorial
Global Times
Jun 28, 2022 12:54 AM
 
Foi revelada a lição mais difícil do manualzinho dos EUA de como enfrentar a China. Durante a cúpula do G7 no domingo, 26.06, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou: 
 
"Coletivamente, pretendemos mobilizar quase US$ 600 bilhões do G7 até 2027". 
 
Ele não citou nominalmente a China, mas a mídia americana e ocidental não fez nenhuma tentativa de disfarçar que a coisa é para "confrontar" ou "competir" com o programa BRI Iniciativa do Cinturão e Rota, proposto pela China [o programa apelidado "Nova Rota da Seda"].NR-JF
 
A primeira impressão que esse plano americano ambicioso deixou nas pessoas é que os EUA voltaram a balançar uma cenoura na frente do mundo. Os EUA "afirmaram" que irão contribuir com US$ 200 bilhões da meta de US$ 600 bilhões e o restante será compartilhado por outros seis países.
 
Sem mencionar os demais países, é simplesmente impossível aos EUA retirarem US$ 200 bilhões. Isso não é desprezar os EUA. O próprio comportamento dos EUA tem deixado uma impressão muito desfavorável a esse respeito no mundo.
 
Na cúpula do G7 realizada no Reino Unido em junho de 2021, os EUA também pintaram um quadro cor-de-rosa com o belo nome de B3W Build Back Better World. Ele alegava ter como objetivo suprir os US$ 40 trilhões em investimentos em infraestrutura necessários aos países em desenvolvimento, mas, na verdade, o B3W foi projetado apenas para "competir com o BRI".
 
No ano passado, os EUA investiram apenas US$ 6 milhões na construção de infraestrutura global, longe do plano de Biden. Hoje, como as pessoas podem acreditar que os EUA vão adiantar US$ 200 bilhões?
 
Na verdade, essa tem sido a rotina dos EUA cumprida há muito tempo. Washington não está interessada na construção de infra-estrutura global. Além disso, os EUA ainda têm dívidas demais para pagar por sua própria infra-estrutura.
 
De acordo com um relatório da Sociedade Americana de Engenheiros Civis, divulgado em 2021, os EUA enfrentam déficit de US$ 2,59 Trilhões em  infra-estrutura necessária.
 
Nesse contexto, o objetivo dos EUA é sabotar a BRI proposta pela China; e a cenoura que está balançando é de fato usada por Washington para atacar a China. E a chave desse ataque é caluniar a BRI por criar "armadilhas da dívida".
 
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, emitiu uma forte resposta na 2ª feira, 27.06. Zhao citou o Banco Mundial afirmando que, se todos os projetos de infra-estrutura de transporte da BRI forem realizados, até 2030, a BRI irá gerar receitas para o mundo no valor de US$ 1,6 Trilhão, ou seja, 1,3% do PIB global. Até 90% das receitas serão compartilhadas pelos países parceiros. E a estimativa é de que as economias de renda baixa e as de renda média-a-baixa sejam as que mais se beneficiem.
 
Cerca de 7,6 milhões de pessoas sairão da pobreza extrema e outras 32 milhões, da pobreza moderada, entre 2015 e 2030. E, na verdade, nenhum dos parceiros do BRI endossou a narrativa norte-americana de que "o BRI cria armadilhas da dívida".
 
Por outro lado, artigo recente da revista Foreign Affairs, sobre a iniciativa B3W do G7 argumentou que a falha mais grave da Iniciativa é que ela parece existir com base na condenação de Washington contra a China. Nos últimos anos, os EUA "seguiram" a China para os lugares que se beneficiaram do desenvolvimento da China.
 
Em várias versões das "soluções" de Washington, o que é visível é a confrontação da assim chamada democracia real com uma China demonizada; mas, permanecem invisíveis aos EUA as demandas dos países em desenvolvimento abordados e de sua população.
 
Na verdade, há um grande espaço para os EUA, a superpotência do mundo, melhorar sua infraestrutura, sem falar no mundo inteiro. De acordo com um relatório anterior do G20, o mundo enfrenta uma lacuna de infraestrutura de US$ 15 trilhões até 2040. Houve um espaço incomparavelmente amplo para o desenvolvimento de infraestrutura como uma ferramenta importante para promover o progresso geral da humanidade. Mas, ninguém deve acreditar que houve realmente investimento suficiente para isso.
 
Se os EUA não fossem tão tacanhos, poderia haver a possibilidade e a necessidade de os EUA cooperarem com a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China, ou pelo menos abordá-la de maneira benigna.
 
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a Europa mobilizará 300 bilhões de euros (US$ 317,28 bilhões) para financiar países em desenvolvimento para construir uma alternativa sustentável ao BRI.
 
Essas observações de Von der Leyen foram criticadas por muitos internautas de países em desenvolvimento. Algumas de suas perguntas incluem: "Por que Von der Leyen disse 'alternativa' em vez de 'suplemento' aos fundos chineses? Ela quer dizer que os países em desenvolvimento devem tomar partido entre o Ocidente e a China? Mas por que a cooperação internacional envolve "tomar partido"?
 
Muito poucos países em desenvolvimento apreciam a estratégia de confrontação. E, mais importante, todo mundo sabe que a 'cenoura pendurada' não irá conseguir encher a barriga.
 
CONFIRA em GLOBAL TIMES a íntegra da matéria em inglês.
Os editoriais do Global Times apresentam o posicionamento da Alta Direção do governo chinês sobre questões internacionais relevantes.
Clique AQUI.
 
 
CONFIRA também no Jornal Franquia:
 
> LIDERES DO G7 lançam projeto alternativo ao Nova Rota da SeDa chinês
    Clique AQUI


Fonte: GLOBAL TIMES. Tradução e adaptação da Redação JF





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