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Investimentos

15 de Fevereiro de 2021 as 18:02:53



AGRONEGÓCIOS, ALIMENTOS e BEBIDAS - Relatório Setorial - Fevereiro/2021


AGRONEGÓCIOS, ALIMENTOS e BEBIDAS
Relatório Setorial - Fevereiro/2021
por Luciana Carvalho e
Mariana Longobardo
do BB Investimentos
Dados de mercado
 
- Desempenho mensal
 
Quedas nas cotações no final do mês, diante da maior aversão ao risco com a preocupação com o quadro fiscal no Brasil, agravamento da pandemia e atraso nas entregas das vacinas. 
 
 
AGRONEGÓCIOS – Panorama Setorial
 
Grãos
 
Preços seguem sustentados em patamares elevados. Como resultado, empresas do setor vêm sendo beneficiadas, como é o caso da SLC, que subiu 26,2% no mês, também em função da aprovação do CADE para a parceria com a Terra Santa.
 
Panorama Grãos
 
Resumo – Dados da Secex apontam que o volume e a receita exportados de soja registraram quedas expressivas em janeiro (-96,5% a/a e -95,4%, respectivamente). 
 
O preço em US$/ton, no entanto, manteve-se elevado, com alta de 30% a/a. A queda do volume exportado reflete o atraso na safra brasileira, bem como o direcionamento de vendas da oleaginosa para o mercado interno em função do aumento dos preços pagos pelo consumidor no Brasil.
 
Já o milho registrou em janeiro aumento de 21,1% em volume exportado, com uma receita 42,6% maior. O preço em US$/ton subiu 16% a/a. 
 
As elevadas cotações do grão refletem os dados divulgados pelo USDA, que prevê menor oferta global do cereal. Na Argentina, a falta de chuvas voltou a impactar lavouras, indicando mais pressão sobre a oferta.
 
No início do mês, o CADE aprovou o acordo que permite a SLC assumir operações e arrendar terras da Terra Santa Agro. A notícia agradou o mercado e a ação registrou alta de 26,2% em janeiro.
 
Perspectivas - O cenário para grãos segue favorável, em virtude da demanda chinesa por ração animal necessária para alimentar seu rebanho suíno em recomposição. 
 
Com as margens entre oferta e demanda globais ainda apertadas, os preços não devem arrefecer até meados de 2021, em nossa opinião.
 
 
ALIMENTOS – Panorama Setorial
 
Carne Bovina 
 
Em janeiro as exportações caíram devido à sazonalidade e o preço do boi no mercado interno registrou novamente altas históricas. Frigoríficos com maior exposição ao mercado interno enfrentam mais desafios com custos.
 
Panorama Carne Bovina
 
Resumo --  Em janeiro, os dados da Secex indicam que os volumes e preço médio/ton de carne bovina exportados seguiram em queda (-8,2% a/a e -6,2% a/a, respectivamente). Assim como observado em dezembro, a redução no volume reflete a antecipação de embarques pela China no em novembro para as festividades do Ano Novo Lunar, que ocorrerá entre 11 e 27 de fevereiro. 
 
Internamente, o preço da arroba valorizou 12,2% a/a, recuperando totalmente as perdas de dezembro/20 (-5,85% a/a). Os preços seguem pressionados por um mercado de reposição restrito e perspectivas de exportações elevadas.
 
Com exceção da JBS, as ações dos frigoríficos sob nossa cobertura registraram queda em janeiro, em parte devido às incertezas sobre a manutenção ou não do auxílio emergencial e em parte, por conta do preço elevado do boi.
 
Perspectivas -  Demanda externa deve seguir favorável com a retomada das compras pela China após o feriado do Ano Novo. Internamente, a disponibilidade restrita de animais deve sustentar os preços elevados no 1T21, em nossa opinião. Um novo auxílio emergencial e o mercado doméstico deve enfrentar mais desafios, com custos de ração e do bezerro elevados e maior competitividade de frango e suíno. Assim, empresas com mais exposição ao mercado interno tendem a ter mais dificuldade em repassar os custos elevados ao consumidor.
 
Panorama Carne de Frango e Suína Carne de Frango e Suína
 
Exportações e demanda interna mais fracas em janeiro em função da sazonalidade. Custos elevados de insumos devem pressionar as margens das empresas do setor.
 
Resumo - Janeiro costuma ser um mês de demanda mais fraca para proteína animal, tanto no mercado interno quanto no externo. Dados da Secex para o mês indicam que o volume exportado de carne de frango foi o que sofreu o maior recuo dentre as proteínas (-11,9% a/a em volume e - 20,7% a/a em receita). 
 
Internamente, conforme dados do CEPEA, os preços da carne de frango congelada registraram queda de 1,2% frente a dezembro, mas alta de 14,5% a/a. A vendas mais lentas desde o final de dezembro ocasionaram aumento dos estoques, o que pressionou os preços para baixo.
 
Após expressivas altas anuais, os embarques de carne suína registraram queda em janeiro (-5,5% a/a), com queda de 9,9% a/a na receita. As vendas no mercado doméstico também recuaram, com impacto negativo nos preços.
 
As ações da BRF caíram 3,7% no mês, refletindo cautela do investidor frente às incertezas quanto à renovação do auxílio emergencial e custos elevados de grãos para ração animal.
 
Perspectivas - Seguimos com uma visão construtiva para o setor, considerando: 
 
(i)   a continuidade dos impactos da Peste Suína Africana, com uma nova variante sendo detectada na China;
(iI)  o avanço da gripe aviária na Europa e Ásia; e 
(iII) a competitividade dos preços do frango em relação a outras proteínas no mercado interno. 
 
No entanto, os custos de milho e farelo de soja devem seguir elevados, pressionando as margens da indústria de carne de frango e suína.
 
Alimentos – Panorama Setorial
 
Proteína Animal EUA 
 
Abates seguem normalizados e custos sob controle. Estoque de gado elevado (backlog) deve beneficiar as margens dos frigoríficos com exposição ao mercado norte americano no 4T20.
 
 
BEBIDAS – Panorama Setorial
 
Uma possível retomada do pagamento do auxílio emergencial, aliada à medidas de flexibilização de distanciamentosocial devem refletir positivamente nas vendas do setor, enquanto custos com câmbio e matérias-primas seguem elevados.
 
Panorama Bebidas 
 
Resumo -- No mês de janeiro, as ações da Ambev seguiram a performance do Índice Bovespa (-3%) e apresentaram queda de 3,3%, como resultado da maior aversão ao risco com a preocupação com o quadro fiscal no Brasil, agravamento da pandemia e atraso nas entregas das vacinas. No entanto, dados do IBGE para dezembro mostraram um aumento de 1,2% a/a na produção de bebidas alcoólicas e 4% a/a para não alcóolicas, refletindo uma normalização nos níveis de produção.
 
Perspectivas - A divulgação de resultados do 4T20 de Ambev está prevista para 25 de fevereiro antes da abertura do mercado. Em nossa visão, a empresa deve seguir a tendência de recuperação de volumes em cerveja brasil devido a reabertura gradual do canal de on trade (bares e restaurantes).
 
Assim, o mix mais favorável, com aumento q/q de vendas de garrafa retornável e produtos da categoria premium de maior valor agregado devem impactar positivamente margens q/q. No entanto, a diminuição do auxílio emergencial, maiores custos com variação cambial e maiores despesas devem limitar maiores ganhos em margem. 
 
Fonte: Bloomberg, IBGE, FGV, CNI Portal da Indústria e BB Investimentos.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito,
preparado por LUCIANA CARVALHO e MARIANA LONGOBARDO
do BB Investimentos 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: por Luciana Carvalho e Mariana Longobardo do BB Investimentos





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