Diário do Mercado na 4ª feira, 01.07.2020
Ibovespa avança acompanhando o bom humor no mercado externo
Comentário.
O índice doméstico abriu a sessão de negociação em alta acompanhando o bom humor dos mercados no exterior com a divulgação de alguns indicadores econômicos que vieram acima da expectativa.
Nos EUA, apesar do receio em relação ao avanço do número de casos de coronavírus em alguns estados, os dados do PMI e do ISM mostraram melhora na atividade industrial, enquanto a ADP registrou a criação de 2,4 milhões de vagas no setor privado no mês de junho.
Além disso, o órgão revisou os dados de maio, que passou de uma perda de 2,76 milhões para a criação de 3,06 milhões de vagas. A divulgação de resultados positivos acerca dos testes para a vacina contra Covid-19, que vem sendo desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech, também contribuiu com o otimismo no exterior.
No Brasil, os dados do PMI Industrial de junho mostraram que o setor industrial retornou para o campo de expansão o que ajudou a intensificar a alta do Ibovespa.
O dólar comercial abriu o pregão em alta, mas logo cedeu refletindo o bom humor externo. A moeda americana fechou o dia com uma queda de 2,15% cotada a R$ 5,3105.
Ibovespa.
O índice operou o dia todo em terreno positivo e chegou a atingir uma máxima de 1,89% mas, no final do pregão, cedeu um pouco, fechando o dia com uma alta de 1,21. Entre as maiores altas, o destaque foi a Cyrela (CYRE3) com uma alta de 7,53%. Já pelo lado das mínimas, as ações do IRB (IRBR3) apresentaram a maior queda (-7,18%).
O Ibovespa fechou aos 96.203 pts (+1,21%), reduzindo a perda acumulada no ano para -16,8%. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 28,2 bilhões, sendo R$ 25,4 bilhões no mercado à vista.
No dia 29 de junho, a Bovespa apresentou ingresso líquido de R$ 507,217 milhões, acumulando R$ 842,602 bilhões no mês. Em 2020, o saldo negativo está em -R$ 76,004 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar manteve a trajetória volátil. Apesar do temor em relação a uma eventual segunda onda de infecções por coronavírus nos EUA, o noticiário externo favoreceu o enfraquecimento da moeda americana frente ao Real.
A moeda terminou o dia cotada a R$ 5,3105 (-2,15%), reduzindo a desvalorização acumulada no ano para 32,2%.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu a 247 pts antes 257 antes.
Juros.
Os juros futuros de curtos recuaram, com as baixas progredindo da ponta curta para a ponta longa, derrubando como um todo a sua curva de estrutura a termo. Domesticamente, os dados do PMI Industrial mostraram que o setor retornou ao terreno de expansão.
Mas, o cenário externo de menor aversão ao risco influenciou o recuo das taxas. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI ago/2020 se manteve em 2,15%;
DI outubro/2020 em 2,07% de 2,08%;
DI janeiro/2021 em 2,06% de 2,07%;
DI janeiro/2022 em 2,89% de 2,92%;
DI janeiro/2023 em 3,96% de 4,02%;
DI janeiro/2025 em 5,61% de 5,68%;
DI janeiro/2027 em 6,54% de 6,61%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 01.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, integrante do BB Investimentos
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