LOJAS AMERICANAS - Resultado no 4º trimestre/2019
Receita maior e margens melhores
Os resultados referentes ao 4T19 da Lojas Americanas (controladora) foram positivos, em nossa opinião. Na comparação anual, a companhia apresentou crescimento de receita seguido de margens maiores. Quanto às nossas estimativas, fomos surpreendidos positivamente por uma margem líquida mais favorável.
Em 2019, a companhia encerrou um ciclo estratégico focado na expansão de sua plataforma física. Até o final do ano, as Lojas Americanas atingiram 1.700 lojas em 739 cidades, resultado da abertura de 806 novas lojas nos últimos 5 anos.
Além da expansão das lojas, o Let's (plataforma de gestão compartilhada de serviços de logística da Americanas e B2W) abriu, no 4T19, três novos centros de distribuição nos estados do Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, aumentando as regiões elegíveis para entregas em 24h.
Como a logística se mostrou essencial para alcançar os consumidores por diferentes canais, e considerando a capacidade das Lojas Americanas em aumentar suas iniciativas de O2O (online para offline), entendemos que a companhia está bem posicionada para evoluir seus resultados nos próximos trimestres. Dessa forma, mantemos a recomendação Outperform e nosso preço-alvo 20E em R$ 31,30.
Embora tenhamos considerado que a companhia deveria contabilizar R$ 168 milhões em créditos tributários neste trimestre, nossas estimativas levaram em conta que esse valor seria reconhecido em "Outras receitas/despesas operacionais".
Dado que a companhia reconheceu esse valor no decorrer do resultado, prejudicando a comparabilidade dos dados, decidimos analisar os dados realizados ante os estimados excluindo os efeitos do crédito tributário.
Considerando nossas estimativas, os resultados de Lasa surpreenderam positivamente.
Enquanto a receita líquida (+0,3% r/e), as margens brutas e a margem EBITDA ajustada (ambas +0,3 p.p. r/e) tenham vindo alinhadas ao projetado, a margem líquida atingiu 9,2%, +2.0 p.p. superior às nossas estimativas, devido a uma menor taxa efetiva de impostos.
Na comparação anual, o resultado também foi positivo, com aumento da receita líquida e nas margens.
Destacamos neste trimestre:
(i) o aumento de 8,2% a/a na receita líquida, com a obtenção de um SSS de 5,8%, apesar da forte base comparativa do ano anterior (quando o SSS chegou a 7,5%),
(ii) aumento da margem bruta em 0,3 p.p. a/a, atingindo 37,9%, devido a um melhor mix de produtos, precificação e marcas próprias, que foram mais do que suficientes para compensar os efeitos negativos resultantes do fim da Lei do Bem,
(iii) o aumento de 0,9 p.p. a/a na margem EBITDA ajustada, dada a maior diluição das despesas com vendas como percentual da receita líquida e, finalmente,
(iv) um aumento de 3,1 p.p. a/a da margem líquida, beneficiado por uma receita de equivalência patrimonial menos prejudicial e uma menor taxa efetiva de impostos.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre os resultados apresentados pelas LOJAS AMERICANAS no 4º trimestre/2019, elaborado por GEORGIA JORGE, integrante do BB Investimentos
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