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Internacional

17 de Fevereiro de 2013 as 00:02:08



FMI - Reforma financeira internacional continua sendo prioridade


FMI - Reforma financeira internacional continua sendo prioridade

Pragmatismo na busca do ótimo factível e do ideal

 
Em declaração feita após a conclusão dos trabalhos do G-20, na Rússia, a diretora-gerente do FMI, Sra. Christine Lagarde, afirmou que é frágil o crescimento econômico global e inaceitável o elevado nível de desemprego. 
 
Como suas causas apontou a incerteza política, a desalavancagem privada, o arrocho fiscal continuado e o progresso insuficiente no reequilíbrio da demanda global.
 
No seu entender, a prioridade continua sendo a implementação de uma reforma financeira que permita a construção de um sistema financeiro mais resistente. Planos fiscais de médio prazo confiaveis teriam papel importante para fornecer flexibilidade, enquanto crescimento é restaurado por completo.
 
A diretora-gerente do FMI enalteceu a busca empreendida pelo G-20 de alcançar redução duradoura de desequilíbrios globas por meio de ações conjuntas para evitar desalinhamentos cambiais persistentes e desvalorizações cambiais competitivas, para resistir ao protecionismo e para manter mercados abertos.
 
Atenuando a importância das aquisições de títulos no mercado pelo governo dos EUA, Inglaterra, Alemanha e Japão, além de outros, no total de muitos trilhões de dólares, responsáveis por desvalorizações cambiais competitivas favoráveis a esses países que adotaram o QE, Christine Lagarde avaliou que o ambiente internacional é de cooperação cambial, conforme se observa por suas palavas, a seguir: 
 
“Nós pensamos que exagerado falar em guerras monetárias. As pessoas falaram sobre preocupações monetárias, mas a boa notícia é que o G-20 respondeu com cooperação, ao invés de conflito”,
afirmou a diretora gerente do FMI.
 
Sobre os QE Quantitative Easing
 
Quantitative easing (QE) é uma política monetária não convencional utilizada pelos bancos centrais para estimular a economia nacional, quando tornam-se ineficazes os instrumentos de política monetária convencional. 
 
A excessiva oferta de moeda, que o QE cria no país que o implementa, leva à desvalorização de sua moeda frente às demais divisas interacionais,. Isso  proporciona, no mercado interno desse país e no dos demais países, o barateamento dos preços dos produtos desse país frente aos dos produtos dos demais países.  
 
Desse modo, o QE induz à formação de superavites comerciais do país que o estabelece, pelo que pode perfeitamente ser classificado como desvalorização cambial competitiva, assunto a ser tratado pelo FMI na esfera internacional. 
 
Em uma manifestação pragmática e política, a diretora gerente do FMI, Sra. Christine Lagarde, minimizou os efeitos competitivos dos QE implementados por aqueles países, preponderantemente os EUA. E certamente agradou autoridades monetárias desses países que foram  responsáveis por sua indicação ao cargo no FMI, o qual lhe confere benefícios salariais não tributáveis de cerca de US$800 mil ao ano, além de outros benefícios não salariais.
 
Pragmatismo do FMI
 
O objetivo do FMI é seguir adiante e obter sucesso com a reforma financeira internacional (que não implica em uma nova moeda padrão internacional diferente do dólar americano, mas na regulamentação do sistema financeiro).
 
É também ter sucesso no programa europeu de controle fiscal dos países da Comunidade do Euro.
 
Para tanto, Christine Lagarde, pragmática,  "dá uma no cravo e outra na ferradura", ao caracterizar como exagero a presente situação internacional de Guerra Cambial, atenuando os efeitos competitivos das desvalorizações cambiais. 
 
Ela também dá uma resposta negativa às demandas do governo brasileiro contra os QE dos países avançados, aproveitando o enfraquecimento político do Miinistro Guido Mântega, responsável pelo diagnóstico de guerra cambial no mercado internacional.
 
Alem disso, ela dá uma ajuda aos bancos internacionais que almejam a redução dos instrumentos de proteção cambial adotados pelo ministro, os quais reduzem a rentabilidade dos bancos nacionais e internacionais na movimentação de divisas internacionais no Brasil.
 
Chistine Lagarde parece ter já se esquecido do aporte de recursos ao FMI realizado pelo Brasil, de cerca de US$10 bilhões há pouco mais de dois anos; e deve estar aguardando um segundo aporte.
 
Brasil, exemplo a não ser seguido
 
A derrubada da rentabilidade dos bancos no País, seja pela queda da SELIC, seja pelas medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central, além das baixas taxas de crescimento econômico brasileiro, tudo isso no mandato de Dilma Roussef,   têm reduzido a atenção do FMI no tratamento dessa causa de interesse do Brasil, a guerra cambial na economia internacional, tema afastado por Christine Lagarde.
 
Paralelamente, os acordos comerciais entre China e EUA, entre Índia e EUA e entre EUA e Comunidade Européia, parecem buscar reduzir a importância dos BRICs, quebrar sua eventual coesão (que nunca existiu de fato) e reduzir algum protagonismo do Brasil.  No mesmo caminho a recente indicação da Índia, pelo presidente francês François Hollande, para integrar o Conselho de Segurança da ONU.
 
Há um movimento internacional de isolamento do Brasil, pelo que ele representa de audácia no contrariamento dos interesses da banca internacional. Esta tem buscado  provar que as políticas adotadas no País não darão certo, para que o exemplo não seja seguido internacionalmente.
 
A resposta do Ministro Mântega, nesta última semana, foi de que poderá subir a taxa do IOF sobre investimentos especulativos estrangeiros (de curto prazo), mas é determinante que o País volte a crescer e que a inflação seja controlada.


Fonte: da Redação, com informações do FMI (www.imf.org),





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