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Investimentos

31 de Março de 2020 as 02:03:03



SABESP - Resultado no 4º trimestre/2019: NEUTRO. Custos pressionam.


SABESP - Resultados no 4ª trimestre de 2019
 
Avanço em volumes e receitas, mas custos pressionam. Neutro
 
A Sabesp reportou um resultado relativo ao último trimestre de 2019 neutro, com receitas turbinadas pela incorporação dos serviços de municípios importantes bem como impactos de reajustes tarifários, compensadas por custos pressionados principalmente por serviços, energia elétrica e despesas gerais.
 
Olhando para o ano de 2019 fechado em comparação com 2018 vemos um resultado sólido, com avanço em indicadores operacionais e manutenção de margem EBITDA, alavancagem em nível saudável e continuidade de pontos positivos superando os negativos.
 
Apesar das incertezas com a pandemia do COVID-19, e impactos oriundos da recente e eminente variação cambial, que impactam a dívida da companhia (cerca de 50% da mesma indexada a moeda estrangeira), entendemos que a Sabesp está posicionada em um setor de demanda resiliente, com receitas e custos sujeitos a regulação, além de um calendário de amortização suave e geração de caixa suficiente para o enfrentamento do período turbulento que se avizinha. 
 
Ainda que o anúncio da quarentena decretada no estado de São Paulo no dia 22 de março possa indicar retração no consumo dos clientes Comercial e Público, acreditamos que existirá uma compensação pela categoria Residencial (que já compreende cerca de 83% do faturamento).
 
A companhia anunciou no dia 19 de março a isenção do pagamento de contas de água e esgoto dos clientes das classes residenciais Social e Favela, com supostas compensações em reduções de despesas e ajustes orçamentários.
 
A empresa não abre os dados de faturamento por subclasse, mas podemos inferir que com 506 mil famílias beneficiadas pela tarifa Social multiplicadas pela mesma (cerca de R$ 16,00) multiplicadas ainda pelos 3 meses de prazo inicial anunciado para isenção totalizam R$ 24 milhões, ou aproximadamente 0,14% da receita da companhia.
 
Com isso, embora não descartemos uma revisão de preço dadas as radicais mudanças de ambiente mercadológico observadas nas últimas semanas, mantemos, por hora nosso preço alvo para SBSP3 em R$ 64,60 e a recomendação Market Perform. 
 
A Receita operacional líquida no 4T19 atingiu R$ 4,7 bilhões, um recuo de 4,2% em relação ao 4T18. No acumulado 2019, no entanto, o valor foi de R$ 18 bilhões, um avanço de 11,8% ante o acumulado de 2018, explicado principalmente pelo reajuste tarifário desde maio de 2019, assim como o aumento de 2,7% no volume faturado total (desconsiderando os municípios de Guarulhos e Santo André), assim como a assunção e formalização do acordo com o município de Santo André em julho/19, que gerou um acréscimo de R$ 1,36 bilhão na receita operacional. 
 
Tais acréscimos, no entanto, foram parcialmente compensados pelo decréscimo de R$ 533,7 milhões oriundos da formalização do acordo com o município de Guarulhos em 2018. 
 
Os Custos, despesas administrativas e comerciais somaram R$ 2,51 bilhões no 4T19, ante R$ 2,23 bilhões no 4T18 (+12,8%). No acumulado de 2019 o montante foi de R$ 9,38 bilhões, ante R$ 8,2 bilhões em 2018 (+14,3%). Os itens que exerceram maior pressão foram:
 
a) serviços (+17,2% t/t e +22,6% a/a, aumento de R$ 70,6 e R$ 333,7 milhões respectivamente), principalmente por conta de manutenção em redes e ligações de água e esgoto, bem como mão de obra de funcionários cedidos pelo município de Guarulhos; 
 
b) energia elétrica (+11,4% t/t e +19,1% a/a, aumento de R$ 30,6 e R$ 183,5 milhões respectivamente, por conta do maior consumo e aumento das tarifas do Ambiente de Contratação Regulado e; 
 
c) despesas gerais (+3,3% t/t e +22,2% a/a, aumento de R$ 9,3 e R$ 213,8 milhões respectivamente), com destaque para maior provisionamento e despesas com encerramentos de processos judiciais em 2019.
 
Os investimentos em água e esgoto em 2019 totalizaram R$ 5,1 bilhões, volume 21,5% maior que o total de 2018 (R$ 4,2 bilhões) sendo R$ 2,5 bilhões em água e R$ 2,6 bilhões em esgoto. Segundo planejamento plurianual, entre 2020 e 2024 a companhia estima um investimento de R$ 20,2 bilhões – R$ 8,1 bilhões em água e R$ 12,1 bilhões em esgoto.
 
A dívida líquida da companhia permaneceu estável no trimestre (-0,4% t/t) chegando a R$ 10,99 bilhões, mas se elevou em 8,5% em relação ao fechamento de 2018. Apesar disso, por conta da geração de caixa mais intensa em 2019, a relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses decresceu, chegando a 1,46x ao término de 2019 contra 1,55x em 2018.
 
O EBITDA ajustado atingiu R$ 1,73 bilhão no 4T19, uma queda de 42,7% t/t e 25,8% a/a. No acumulado de 2019, o montante chegou a R$ 7,51 bilhões, um incremento de 14,8% em relação a 2018, quando foi reportado R$ 6,54 bilhões. A Margem EBITDA no comparativo anual pulou de 49% em 2018 para 49,7% em 2019.
 
Por fim, o Lucro Líquido atingiu R$ 1,06 bilhão no 4T19 (-12,5% t/t e -29,9% a/a) e R$ 3,37 bilhões no acumulado em 2019 (+18,8% a/a). Quanto aos proventos, a companhia aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio sobre o resultado de 2019 no montante de R$ 941 milhões, equivalente a R$ 1,3767 por ação, resultando em um payout de 27,94% e pagamento previsto para 26 de junho de 2020.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da SABESP no 4º trimestre/2019, elaborado por RAFAEL REIS e RAFAEL DIAS, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RAFAEL REIS e RAFAEL DIAS, ambos integrantes do BB Investimentos





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