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Investimentos

Segunda-Feira, Dia 17 de Fevereiro de 2020 as 15:02:43



ALIMENTOS & BEBIDAS - Resultado no 4º trimestre/2019: Números fortes para Carne


Relatório Setorial
 
ALIMENTOS & BEBIDAS - Resultado no 4º trimestre de 2019
 
Números fortes para carne, mas ainda difíceis para biscoitos e bebidas Em duas semanas, começa a temporada de resultados do 4T19 para o setor de A&B.
 
Em linha com nossa visão otimista sobre a indústria de proteínas animais, esperamos resultados robustos. Espera-se que o 4T reflita mais fortemente os efeitos da Peste Suína Africana (PSA), que impulsionaram a demanda por carne em todo o mundo.
 
Nesse sentido, no último trimestre do ano, seguimos a China e outros mercados, como Arábia Saudita, Indonésia e México, abrindo seus mercados não apenas às exportações de carne brasileira, mas também a outros importantes produtores da América do Sul, induzindo assim as exportações das empresas de proteína animal. 
 
Enquanto isso, vemos M Dias Branco lutando para recuperar volumes a/a, enquanto preços mais altos devem compensar vendas mais baixas, em nossa visão.
 
Do lado negativo, a Ambev ainda trabalha duro para recuperar a participação de mercado e enfrentar custos mais altos a/a. Em resumo, segue abaixo nossas estimativas para os resultados do 4T19 para cada empresa separadamente.
 
AMBEV (divulgação: 27.02.2020, antes da abertura do mercado): Negativo
 
Os resultados devem continuar em uma tendência de queda, devido principalmente aos resultados negativos de Cerveja Brasil e LAS. Após o impacto negativo da estratégia de descontos dos concorrentes no volume de Cerveja Brasil no 3T19, prevemos uma leve recuperação no volume (+2% a/a), considerando também uma base de comparação mais fraca. 
 
No entanto, devido aos custos mais altos relacionados ao câmbio, esperamos que a margem caia para 44,6%, ante 50,4% no 4T18.
 
Para Não Alcoólicos Brasil, projetamos um incremento de 10% em volumes, seguindo a tendência positiva observada no 3T19, além de base de comparação mais fácil. Adicionalmente, considerando os custos menores a/a, estimamos uma margem de 38,5% em relação a 31,9%, mesmo período do ano passado. 
 
CAC pode continuar sua tendência de alta reportada ao longo de 2019, em nossa opinião, com aumentos de volume e preços. Assim, considerando também o mesmo ganho de eficiência já observado no trimestre anterior, estimamos margem em 46,8%, um incremento de 528 pb a/a. Para LAS, esperamos um pequeno aumento em volume (+2% a/a), acompanhando a tendência positiva do 3T19 e uma base de comparação mais fraca.
 
Entretanto, os custos mais altos relacionados à variação cambial e aos ventos contrários na Argentina ainda pressionam a margem que esperamos cair 743 pb a/a para 44%. Canadá, por sua vez, continuará sua trajetória descendente e, diante de custos e despesas mais elevados, estimamos margem em 33,9%, ante 34,5% no 4T18.
 
Considerando tudo, nossa estimativa para a receita da Ambev no 4T19 atinge R$ 17 bilhões (+6% a/a), enquanto o EBITDA aponta para R$ 8 bilhões com margem de 43,1%, contra 46,7% no 4T18.  (Estimativas por unidade na página 3 do anexo)
 
JBS (divulgação: 30.03.2020, após o fechamento do mercado): Positivo.
 
O forte desempenho operacional na maioria das unidades deve estimular os resultados consolidados. Assim, estimamos que o EBITDA aumente 63% a/a para R$ 5,5 bilhões com margem em 10,2% (+300 pb a/a). Nos EUA, esperamos que a JBS USA Beef siga a tendência positiva observada no 3T19, respeitando o período sazonal. 
 
Assim, vemos margem EBITDA em 9,6% (de 7,3% no 4T18), como resultado
 
(i)  da demanda doméstica consistente e disponibilidade de gado favorável nos EUA e
(ii) fortes resultados das exportações na Austrália, devido à demanda da China.
 
No mesmo caminho positivo, maiores volumes de carne suína exportada dos EUA podem aumentar preços no mercado doméstico, impactando positivamente as margens da JBS USA Pork, que estimamos em 10% contra 8,4% no mesmo período do ano passado.
 
PPC, por sua vez, enfrentou uma base de comparação mais fraca e, como resultado das iniciativas da empresa focadas no modelo de preços e melhorias operacionais, a unidade pode seguir o movimento ascendente a/a observado nos últimos trimestres. 
 
Portanto, esperamos uma margem de 7,3%, superior a/a, mas abaixo dos 9,3% reportados no 3T19. De fato, o cenário contínuo de excesso de oferta de aves nos EUA, juntamente com a integração da Tulip, limitará maiores incrementos em margem.
 
No Brasil, a JBS Brasil deve se beneficiar das exportações e preços mais altos no mercado doméstico, que juntos devem compensar os custos mais altos com o gado. 
 
Assim, estimamos margem de 9,1% vs 3,9% no 4T18. Embora em menor grau, a Seara também deve se beneficiar de maiores volumes exportados e aumentos de preços no MD. Assim, estimamos uma margem de 11,2%, ante 10,3% no mesmo período do ano passado. (Estimativas por unidade na página 4)
 
BRF (divulgação: 03 de março, antes da abertura do mercado): Positivo.
 
No 4T19, as unidades Brasil e Internacional devem impulsionar os resultados, enquanto esperamos que Halal compense parcialmente isso. Portanto, para o consolidado, estimamos EBITDA em R$ 1,4 bilhão (+ 71% a/a), com margem de 15,8% vs 10,1% no 4T18. Em relação ao desempenho do Brasil, esperamos que a unidade mantenha margens de dois dígitos devido a preços mais altos e custos reduzidos. Assim, estimamos margem em 15,1% vs 11,7% no 4T18. 
 
A unidade Internacional também pode seguir a tendência de alta observada no 3T19, em nossa visão, principalmente devido às exportações para a Ásia, incluindo China e Japão, e aumentos nos preços internacionais.
 
Dessa forma, estimamos margem de 22,9%, uma recuperação substancial na comparação anual. Halal, por sua vez, reportará resultados negativos, dado o cenário desafiador contínuo na Turquia e os volumes menores exportados para a Arábia Saudita devido à restrição temporária do país imposta no 3T19. Portanto, esperamos que a margem caia 30 pb a/a para 9,3%. (Estimativas por unidade na página 5)
 
M. Dias Branco (divulgação: 06.03.2020, após fechamento do mercado): Neutro
 
Embora ainda vejamos volumes menores a/a (-2% para biscoitos e bolachas e -6% para massas), esperamos que os preços mantenham o movimento ascendente observado no 3T19, como resultado do foco da empresa em reduzir descontos e uma estratégia de preços mais efetiva. Portanto, esperamos que preços mais altos a/a compensem reduções de volumes e nossa receita estimada atinja R$ 1,6 bilhão (+ 4% a/a). 
 
Ao mesmo tempo, observamos uma melhoria sequencial na linha de DG&A beneficiando EBITDA que estimamos em R$ 192 milhões em linha com o 4T18, com margem de 11,7% vs 12% no 4T18.
 
Marfrig (divulgação: 19.02.2020, após o fechamento do mercado): Positivo.
 
Resultados fortes na América do Norte e do Sul levarão a empresa a uma lucratividade e receita recordes. As exportações e os preços médios mais altos na América do Sul devem impulsionar a receita, que esperamos aumentar em 30% a/a para R$ 4,4 bilhões. 
 
Além disso, devido a maiores volumes exportados, esperamos uma maior diluição do custo fixo, levando a margem bruta para 13,7%, um aumento substancial de 350 pb a/a. Na mesma direção positiva, a América do Norte deve continuar se beneficiando da menor oferta de carne bovina, considerando o incidente com uma das fábricas da Tyson no 2S19. Nesse contexto, estimamos volumes e preços mais altos, levando a receita a US$ 2,3 bilhões (+ 8% a/a). 
 
Além disso, uma maior disponibilidade de gado pode contribuir para menores custos a/a, portanto estimamos a margem bruta em 15,7%, ante 11,8% no 4T18. Considerando tudo, para o consolidado, vemos a Marfrig alcançando guidance anunciado para 2019. Assim, para o 4T19, estimamos receita de R$ 14 bilhões (+33% a/a) e EBITDA em R$ 1,6 bilhão, com margem de 11,4% a partir de 8,4% no mesmo período do ano passado.
 
Minerva (divulgação: 18.02.2020, após o fechamento do mercado): Positivo. 
 
Minerva deve reportar resultados positivos devido a sua diversificação geográfica que se beneficiou muito da crescente demanda internacional por carne bovina. Como resultado de novas plantas autorizadas a exportar no 4T19, vimos maiores volumes exportados do Brasil, Argentina e Uruguai no período. Assim, adicionando os aumentos nos preços internacionais, esperamos um aumento de 19% a/a no EBITDA.
 
Além disso, apesar dos preços mais altos do gado observados no trimestre, o aumento na utilização da capacidade continuará contribuindo para a diluição dos custos e aumentando a margem que esperamos alcançar 11,2% em relação a 10% no 4T18.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, preparado por LUCIANA CARVALHO, integrante do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: LUCIANA CARVALHO, integrante do BB Investimentos





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