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Investimentos

17 de Fevereiro de 2020 as 01:02:50



USIMINAS - Resultados no 4º trimestre de 2019: Margens Mais Baixas


USIMINAS - Resultados no 4º trimestre de 2019
 
Margens mais baixas na unidade de aço versus vendas recorde de IO; neutro
 
Em 14.02.2020, a Usiminas reportou resultados neutros no 4T19, em nossa opinião. No segmento de aço, as maiores exportações foram compensadas por menores vendas ao mercado doméstico, enquanto na divisão de mineração as vendas de minério de ferro (ex-vendas para a Usiminas) caíram 1,1% trimestre/trimestre.
 
Assim, a receita líquida ficou estável na comparação trimestral. O CPV no período aumentou 6,0% trimestre/trimestre, diminuindo a margem bruta; no entanto, em face de
 
(i)   provisões mais baixas para contingências,
(ii)  o reconhecimento de R$ 117 milhões em recebíveis da Eletrobras e
(iii)  menores despesas com ociosidade (em R$ 55 milhões da renegociação de contrato de locação de terceiros na unidade de mineração), o EBITDA ajustado foi de R $ 468 milhões, um aumento de 6,2% em relação ao 3T19.
 
Em 2019, o EBITDA ajustado acumulou R$ 1.973 milhões, uma queda de 26,7% em relação ao ano anterior, devido ao menor reconhecimento de créditos fiscais e menor volume de vendas de aço, embora parcialmente compensado por maiores vendas e preços de minério de ferro.
 
Permanecemos conservadores em termos de condições de mercado, dadas as incertezas quanto ao futuro da 'Mineração Usiminas' (MUSA) após 2025. Acreditamos também que algum aumento de preço poderá ocorrer no curto prazo, o que abriria espaço para alguma recuperação de margem pela frente.
 
Portanto, estamos revisando nossas estimativas e o TP YE20 para USIM5 para R$ 11,00/ação (dos R $ 9,00 anteriores), mantendo a classificação no Market Perform.
 
Consolidar resultados. As receitas somaram R$ 3.873 milhões no 4T19, em linha com as estimativas do BB-BI (+ 0,6% trimestre/trimestre e + 13,0% aa).
 
Os menores volumes (-4,4% trimestre/trimestre) e preços médios de aço (-4,6% trimestre/trimestre) no mercado doméstico foram totalmente compensados ​​por maiores exportações de aço e maiores vendas e preços médios de minério de ferro (em R$).
 
O CPV totalizou R$ 3.577 milhões um aumento de 6,0% trimestre/trimestre, pressionando as margens, impactado principalmente pelos maiores custos no segmento de mineração.
 
A menor provisão para contingências e o reconhecimento de recebíveis da Eletrobras, conforme mencionado acima, beneficiaram as despesas no período. Consequentemente, o EBITDA ajustado ficou em R$ 468 trimestre/trimestre, 6,8% maior que o trimestre anterior e 43,6% abaixo de ano/ano.
 
Segmento de aço: margens mais baixas devido a custos mais altos.
 
A produção de aço bruto totalizou 797 mil toneladas, -4% trimestre/trimestre e +12 ano/ano. Quanto ao aço laminado, a produção totalizou 944 mil toneladas, 9% menor trimestre/trimestre e -10% ano/ano.
 
As vendas, então, atingiram 1.009 mil toneladas, 19,5% abaixo de nossas estimativas e 2,2% abaixo do 3T19, com as exportações se recuperando com um aumento de 21,6% trimestre/trimestre, enquanto as vendas para DM caíram 4,4%.
 
No período, a receita foi de R$ 3.060 milhões, -5,6% trimestre/trimestre, refletindo menores volumes vendidos e menores preços médios. O CPV permaneceu estável, com custo caixa / tonelada em R$ 2.318/t (-0,7% trimestre/trimestre).
 
Assim, apesar da queda observada no total de despesas com vendas, gerais e administrativas em 64% trimestre/trimestre, o EBITDA do segmento terminou em R$ 185 milhões, 13,5% inferior ao 3T19, com margem caindo de 6,6% no 3T para 6,0% no 4T19. Quando comparada ao mesmo período do ano anterior, a margem EBITDA foi mais forte em 1900 bps.
 
Unidade de mineração: outro recorde de vendas.
 
A produção de IO no trimestre totalizou 2.044 mil toneladas, -10% trimestre/trimestre. As vendas atingiram um novo nível recorde, no valor de 2.495 kton, estável trimestre/trimestre, com as exportações também estabelecendo um recorde na história da empresa em 1,7 milhão de toneladas.
 
As receitas, então, totalizaram R$ 575 milhões, + 3,6% trimestre/trimestre, refletindo (i) maiores vendas e (ii) maior câmbio, o que ajudou os preços de IO em reais. Dado o maior volume vendido, o CPV avançou 12,6% trimestre/trimestre, para R$ 371 milhões.
 
Portanto, após apresentar recorde de vendas no período, o EBITDA ficou em R $ 209 milhões (margem de 36,4%), o melhor resultado do segmento desde 2017 (+11,3% trimestre/trimestre e + 450% ano/ano).
 
Resultado Financeiro e Endividamento.
 
O resultado financeiro foi positivo em R$ 154,4 milhões no trimestre, refletindo
 
(i)   variação cambial positiva de R$ 95,4 milhões,
(ii)  receita financeira de R$ 260,4 milhões e 
(iii) despesas financeiras de R$ 201 milhões.
 
Como resultado, a Usiminas reportou um lucro líquido de R$ 268,1 milhões, ante uma perda líquida de R$ 138,9 milhoes no 3T19. A dívida bruta totalizou R$ 5.111 milhões, uma queda de 12,7% em relação ao trimestre anterior.
 
Quanto à dívida líquida, totalizou R$ 3.189 milhões, reduzindo 20,9% (trimestre/trimestre). Após o processo de gerenciamento de passivos da empresa, no trimestre, a empresa pagou antecipadamente algumas dívidas com bancos brasileiros e debenturistas da 6ª emissão usando créditos de recebíveis da Eletrobras.
 
Portanto, a dívida líquida caiu para R$ 3,2 bi, uma redução de 20,9% em relação ao 3T19. Assim, o ND/EBITDA ficou em 1,6x, uma posição bastante confortável e sem dívidas devidas até 2022.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre os resultados apresentados pela USIMINAS no 4º trimestre/2019, elaborado por  GABRIELA E. CORTEZ, CNPI, e VICTOR PENNA, CNPI integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTEZ, CNPI, e VICTOR PENNA, CNPI integrantes do BB Investimentos





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