Conexão Mercado – AGORA – 22.09.2020
Mercado Externo
Volatilidade com cautela marca a manhã nos mercados externos
► No exterior, mercados operam voláteis com investidores avaliando o cenário global.
► Em seu discurso na ONU, Trump disparou críticas à China e voltou a responsabilizar o país asiático pela pandemia. A atuação chinesa na área ambiental também foi alvo de críticas, ressaltou ainda que se a ONU quiser ser uma organização eficaz, deve focar no real problema do mundo.
► Ainda na Assembleia Geral da ONU, Xi Jinping , presidente chinês, afirmou que seu país não deseja nenhum tipo de guerra com qualquer país, e as diferenças serão resolvidas no diálogo e com negociação.
► Sobre os discursos de membros do Fed, Evans afirmou que a política fiscal tem sido um apoio importante e que sem esse apoio a dinâmica da recessão pode ocorrer com mais força nos EUA.
► Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, em seu discurso na Câmara, frisou que o foco do novo pacote fiscal deve ser em empresas, especialmente as pequenas.
► Quanto aos indicadores, nos EUA as vendas de moradias usadas cresceram 2,4% em agosto, o resultado veio em linha com as projeções. Na Europa, a prévia da confiança do consumidor referente à setembro apontou queda de 12,9% (resultado veio melhor que o esperado, -14,6%).
► Bolsas: Em NY, os índices operam voláteis orbitando em torno da estabilidade. Destaque de alta para o setor financeiro.
► Juros: Yields dos treasuries operam em queda, com a parte intermediária e longa oscilando em torno da estabilidade.
► Câmbio: Diante de certa cautela, o índice DXY opera em alta. Já frente as moedas emergentes, o dólar opera misto, corrigindo parte da alta observada ontem.
Mercado Interno
Bolsa e câmbio em linha com externo e juros reagem à Ata do Copom
► No Brasil, os mercados operam em tom de cautela, apesar do ambiente mais ameno no exterior. A exceção fica para os DIs, que reagem ao tom da Ata do Copom.
► Na Ata, o BC reconheceu que a inflação tende a subir no curto prazo em função da alta dos preços dos alimentos, mas pondera que segue significativamente abaixo da meta e que se a trajetória das contas públicas continuar dentro das expectativas, ainda há espaço para novo corte da Selic.
► O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, declarou hoje que o país não tem espaço para errar na gestão das contas públicas no pós-pandemia e que a elevação recente dos prêmios de risco na curva de juros é um sinal de alerta.
► Já sobre a baixa demanda por LFTs e a possibilidade da Selic a 2% estar afetando a colocação da dívida, o coordenador-geral de Operações de Dívida Pública, Luis Felipe Vital, se limitou a mencionar que juros baixos é a nova realidade no mundo inteiro
► Dólar: opera em alta frente ao real, em dia de movimento misto da divisa americana antes as demais moedas emergentes e cenário mais ameno no exterior, no momento cotado em torno de R$ 5,42.
► Juros: operam em queda desde a abertura, em linha com a Ata do Copom, considerada dovish pelo mercado, descolando-se do câmbio e do movimento de alta dos últimos dias.
► Ibovespa: opera em leve queda, abaixo dos 97 mil pts, em linha com os pares de NY. Permanecem as preocupações com o novo avanço do coronavírus e possibilidade de adoção de novas medidas de restrições no cenário global.
Confira no anexo a íntegra do relatório a resepeito, elaborado por Roger Marçal, Gerente, Clara Cerqueira e Romulo Ramos Alves, do BB DIMEF