Butantan diz que Anvisa atrasa importação de matéria-prima usada na fabricação da CoronaVac
O diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, acusou a Anvisa nesta 5ª feira, 22.10, de atrasar a autorização para a importação da matéria-prima da farmacêutica Sinovac que possibilitará a fabricação da CoronaVac no Brasil.
Covas afirma que enviou um pedido formal de liberação excepcional da importação do produto no dia 23 de setembro.
O diretor-geral do Instituto Butantan diz que recebeu a informação de que o assunto só será tratado em uma reunião marcada para o dia 11 de novembro.
"Estou inconformado e ansioso ... Uma liberação que ocorre em dois meses deixa de ser excepcional",
segue.
"Estamos esperando apenas a autorização para importar a matéria-prima e começar o processo",
disse, citado pelo jornal Folha de S.Paulo. O plano original do Butantan é receber em outubro seis milhões de doses da vacina CoronaVac já prontos. E fabricar no Brasil, até dezembro, as outras 40 milhões de doses a partir da matéria-prima que chegaria da China.
Covas disse que, entre a chegada da matéria-prima, a fabricação, os testes de qualidade e a liberação da vacina são necessários aproximadamente 45 dias.
Caso a liberação só saia em novembro, a produção das primeiras doses do imunizante só será finalizada em janeiro.
Na 4ª feira, 21.10, o presidente Jair Bolsonaro cancelou um protocolo de intenções firmado entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac e posterior distribuição dela pelo SUS Sistema Único de Saúde.