NEOENERGIA - Resultado no 3º trimestre/2019
Volume distribuído consistente, controle de custos e crescimento marcam o trimestre
A Neoenergia divulgou números positivos referentes ao 3T19, demonstrando crescimento de volume distribuído maior que a média nacional no acumulado do ano, (+3,7% a/a) e no trimestre(+1,9% a/a), impacto da revisão tarifária da Elektro ocorrida em Agosto, além de ganho de eficiência com custos crescendo abaixo da inflação, mesmo com aumento de clientes.
Dados operacionais também vieram positivos com os indicadores de qualidade de fornecimento DEC e FEC de todos as distribuidoras melhores que o limite regulatório, e queda nos índices de perdas com a Elektro se enquadrando dentro dos novos limites regulatórios estipulados na revisão recente, com a única exceção sendo a Coelba que não apresentou queda mas aproximou-se da meta regulatória.
A receita líquida do trimestre apresentou leve queda na comparação anual devido a ajustes na parcela A das distribuidoras, que se referem aos custos integralmente repassados às tarifas e, portanto, sem impacto na performance operacional.
Já a margem bruta, que exclui os custos referentes a parcela A, apresentou crescimento de 9,9% a/a e atingiu R$ 2.295,4 milhões no trimestre enquanto no acumulado em 9 meses atingiu R$ 6.653,6 milhões (+13,4% a/a), demonstrando melhor dinâmica de crescimento apresentada pela companhia.
O total de custos não gerenciáveis apresentou queda de 8,7% a/a no trimestre totalizando R$ 3.749,9 milhões com menor custo de compra de energia e menores encargos de transmissão e distribuição, enquanto nos 9M19 totalizou R$ 11.181,2 milhões, leve alta de 1,8% a/a. Os custos gerenciáveis mostraram ganhos de eficiência crescendo abaixo da inflação mesmo com crescimento da base de clientes.
PMSO apresentou alta de 2,7% a/a no trimestre e 1,9% a/a nos 9M19, mas o maior crescimento nos custos de depreciação e com provisões limitou o impacto positivo no resultado trimestral. Assim, o EBITDA trimestral foi R$ 1.506,6 milhões, +10,5% a/a, correspondendo a uma margem EBITDA de 21,0% enquanto no acumulado em 9 meses alcançou R$ 4.180,3 milhões, +22,7% a/a, representando margem de 19,9%.
O resultado de equivalência patrimonial adicionou R$ 36,2 milhões no trimestre, contra R$ 11,0 milhões no 3T18, impulsionado em sua maior parte por ganho de arbitragem de Belo Monte (+R$ 17 milhões).
O resultado financeiro líquido veio negativo em R$ 310,2 milhões no trimestre, alta de 16,2% a/a com crescimento das despesa financeira (+16,4% a/a) decorrente de maior endividamento médio no período, parcialmente compensados por variações monetárias menores (-119,5% a/a), e redução da renda de aplicações financeiras, dada a redução de caixa por conta da distribuição de lucros e amortizações de dívidas realizadas.
O lucro líquido totalizou R$ 599,4 milhões no trimestre (+15,5% t/t e +19,7% a/a), enquanto o acumulado em 9 meses totalizou R$ 1.610,8 milhões (+36,1% a/a).
Endividamento. O endividamento líquido consolidado alcançou R$ 17.540,1 milhões, +15,0% a/a, mas com o crescimento ainda maior do EBITDA, houve ligeiro declínio da alavancagem medida pela relação dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses, que ficou em 3.3x.
Os Investimentos em expansão totalizaram R$ 1.162,4 milhões no trimestre e R$ 2.963,8 milhões no acumulado em 9 meses, principalmente destinados às distribuidoras (R$ 921,7 milhões no 3T19 e R$ 2.345,5 milhões no 9M19).
Destacamos também os investimentos nos novos projetos de transmissão que começam a ganhar ritmo, tendo a metade já recebido licença prévia e quatro deles já com licença de instalação e obras iniciadas. Os investimentos neste segmento foram de R$ 159,8 milhões no 3T19 e R$ 423,7 milhões no 9M19.
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito preparado por RAFAEL DIAS, Analista Sênior, e RAFAEL REIS, Analista Sênior, ambos integrantes do BB Investimentos