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Investimentos

09 de Fevereiro de 2018 as 20:14:38



INVESTIMENTOS - USIMINAS Resultados do 4T17: Um Novo Começo


USIMINAS
 
Resultados do 4T17: um novo começo
 
 
Ontem, a Usiminas anunciou ao mercado que seus acionistas controladores, Nippon e Ternium, finalmente firmaram um acordo a fim de melhorar a relação entre eles, colocando um fim à batalha que já se arrasta a tempo demais. 
 
Acreditamos que, agora, a governança corporativa na empresa deva melhorar, beneficiada por processos de tomada de decisão mais eficientes e pela redução do risco outrora considerado o principal da companhia: a falta de estratégia devido à disputa entre controladores. Somado às boas notícias, a empresa conseguiu trazer resultados positivos para o 4T17, como esperado, com forte geração de caixa e melhoras de margem a/a.
 
Como falamos no relatório de prévias, de acordo com a WSA, na China, a produção de aço somou 206mt no 4T17, queda de 6,3% t/t, enquanto que a produção anual subiu 5,1% a/a.
 
No entanto, as exportações chegaram a 77mt em 2017, caindo 30% ante 2016, resultado do corte de capacidade endereçado no país desde 2016. Os preços internacionais de aço melhoraram e os de MF, apesar da queda no 4T17, voltaram a USD 73/t.
 
No Brasil, de acordo com IABr, a produção total de aço bruto melhorou 10% a/a em 2017, com aços planos subindo 12% comparada a 2016, graças às exportações, que subiram 14% a/a, seguindo o setor automotivo. A produção de aço bruto somou 8,897 kton no 4T17, 1,2% maior t/t. 
 
Com relação aos planos, a produção ficou em 3,6mt (+2,6% t/t e +7,6% a/a). Já as vendas no MI, houve aumento de 8,1% a/a, apesar de leve queda de 1,3% t/t, devido à sazonalidade. Em relação a aço bruto, a produção apresentou melhora significativa e chegou a 2,6mt no período (+5,4% t/t e +28% a/a). As vendas, por sua vez, subiram 8% a/a, apesar de caírem 9,1% t/t, para 1,6mt.
 
Respondendo ao melhor cenário observado no último trimestre do ano, a Usiminas reportou um aumento de 12,4% t/t nas receitas, influenciada por maiores volumes vendidos e maiores preços realizados no período. Os custos foram afetados pelo aumento nos preços de matéria-prima, especialmente placas. 
 
Entretanto, houve aumentos em despesas e o EBITDA fechou em BRL 450 mn no período, 4,8% acima das nossas estimativas (+1,4% t/t e +92,4% a/a). Na comparação anual, em 2017 as receitas somaram BRL 10.734 mn, um aumento de 27% a/a, com o EBITDA chegando a BRL 2.186 mn contra BRL 660 mn em 2016.
 
Considerando os pontos acima e levando em conta os riscos listados anteriormente, tais como:
 
(i) demora na retomada total da economia brasileira,
(ii) desaceleração da economia chinesa e
(iii) queda nos preços do MF,
 
decidimos esperar pelos resultados do 1T18 para  revisar nosso modelo e, por ora, mantemos nosso preço-alvo de 2018 para USIM% em BRL 13,00, com recomendação Outperform.
 
 
Siderurgia: volumes melhores.
 
A produção total chegou a 1.842kton no trimestre, subindo 5,7% t/t e 6,2% a/a. Com relação às vendas, houve aumento de 7,3% t/t no 4T (+22.3% a/a) para 1.090kton, principalmente impulsionado pelo crescimento de 45,9% nas exportações, com a empresa vendendo duas vezes mais laminados a frio no exterior. O custo caixa/t subiu 7,3% t/t em razão de maiores custos com placas. 
 
A linha SG&A foi também impactada por um aumento de 6,1% contra o trimestre anterior. Desta maneira, O EBITDA para o segmento ficou em BRL 405 mn, 7,5% abaixo do 3T17.
 
 
Mineração: produção e exportações maiores.
 
No trimestre passado, a produção somou 1,5mt (+46% t/t e +138% a/a), principalmente em razão de maiores exportações e maiores vendas a terceiros no MI. 
 
As receitas foram beneficiadas pelos já mencionados aumentos de volumes vendidos, mas também pelos prêmios pagos aos produtos de MF da Usiminas que parcialmente compensam as quedas nos preços Platts de MF no período. O EBITDA para o trimestre veio em BRL 41,4 mn, crescendo 55,9% t/t para o ano, o EBITDA somou BRL 345,4 mn, ante BRL 45,5 mn em 2016.
 
 
Alavancagem e Resultado Financeiro.
 
O resultado financeiro veio negativo em BRL 172 mn no trimestre, refletindo BRL 56 mn de perda em variação cambial, receita financeira de BRL 105 mn e despesa financeira de BRL 221 mn.
 
Assim, o resultado líquido veio negativo  em BRL 45 mn, contra BRL 76 mn no trimestre anterior. A dívida bruta somou BRL 6,656 mn, reduzindo 3% comparada a setembro/17. A dívida líquida ficou em BRL 4,341 mn. 
 
Já a alavancagem, medida pela Dívida líquida/EBITDA caiu para 2,1x, ante 2,4x no 3T17. É válido mencionar que a empresa espera reduzir sua dívida bruta para BRL 5 bn até março deste ano
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da USIMINAS no 4º trimestre/2017, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, CNPI, Analista senior, da equipe do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: AGENCIA BRASIL





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