Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Internacional

06 de Abril de 2018 as 22:04:23



HARVARD & MIT - Financista ex- Bacen diz que Liberalismo é tendência eleitoral em 2018


 
 
O ex-presidente do Banco Central do Brasil e ex-secretário adjunto de Política Econômica, Gustavo Franco, afirmou nesta 6ª feira, nos EUA, que há uma tendência clara nas eleições brasileiras deste ano de focar em ideias “pró mercado, mais liberais”.
 
Segundo ele, há um interesse de muitos candidatos nessas ideias, o que deve impactar a próxima administração do país.
 
A afirmação foi feita em Boston, onde Franco participou de um painel da Brazil Conference, evento promovido por alunos brasileiros das universidades de Harvard e do MIT Massachussets Institute of Technology.
 
Também participou do painel a economista Sandra Rios, diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), entidade independente que objetiva contribuir para o debate sobre as relações entre desenvolvimento e integração internacional do Brasil.
 
Ela concordou que há uma convergência em torno de uma agenda liberal e disse que essa tendência pode propiciar mais investimentos no país, já que existe “liquidez internacional grande e capital em busca de bons projetos” no mercado financeiro internacional.
 
“E não faltam bons projetos no Brasil, falta regulação adequada e ambiente econômico adequado para que esses capitais possam vir”,
 
destacou.
 
Segundo Sandra, “a percepção de que um candidato reformista, pró mercado, pró privatização e abertura da economia vai atrair investimento para o Brasil” representa um impacto positivo sobre as expectativas dos investidores.
 
 
Modelos
 
Em Boston, os dois economistas discutiram modelos de crescimento para o Brasil. Para Sandra, “qualquer candidato que seja eleito vai ter que enfrentar uma agenda que não vai escapar de determinados assuntos: reforma da previdência, reorganização fiscal e abertura da economia ao comércio internacional”.
 
Já para Gustavo Franco o modelo ideal deveria estar pautado em responsabilidade fiscal, concorrência, e foco no empreendedorismo:
 
“isso significa retirar um tanto da ênfase de luta de classes, como por exemplo na legislação trabalhista, que termina sendo uma dor de cabeça imensa do ponto de vista de produtividade, competitividade, relações de trabalho”.
 
 
Guerra comercial
 
Sandra Rios afirmou que, apesar da atual discussão sobre recrudescimento do protecionismo no mundo, essa tendência não deve durar, já que o ambiente internacional não é ainda predominantemente protecionista.
 
“A economia americana e o ambiente político americano vão perceber que esta estratégia é um tiro no pé”,
 
disse, se referindo a iniciativas recentes adotadas pelo governo Trump, taxando importações. Segundo ela, as empresas norte-americanas vão ficar menos competitivas e produtivas e acabar perdendo espaço.
 
A economista também destacou a importância de o Brasil ser mais aberto comercialmente.
 
“O Brasil é uma economia das menos integradas no mundo entre os países em desenvolvimento. Então, debater a abertura comercial é do interesse do Brasil, independente do que a gente venha a conseguir em termos de eliminação de barreiras. Esta estrutura de proteção comercial que prevalece no Brasil é incompatível com qualquer possibilidade de crescimento econômico”,
 
afirmou.
 
Confiança na Democracia
 
Segundo Franco, as eleições deste ano devem servir para trazer consenso ao país. Ele alertou para a atual desconfiança com a democracia, que, segundo ele,
 
“é um sistema imperfeito, a gente sabe, e algumas das suas imperfeições ficam ainda mais flagrantes na presença de um mau governo. Nós tivemos dois seguidos, no meu modo de entender. Dois maus presidentes. Este agora e a anterior”.
 
Ainda assim, ele demonstrou confiança no sistema democrático:
 
“É possível sim existirem coalizões políticas, é possível haver negociação politica sem que isso necessariamente signifique corrupção e desperdício de recursos públicos”,
 
afirmou.
 
Gustavo Franco afirmou que é necessário que os candidatos a presidente demonstrem comprometimento com uma política econômica de longo prazo consistente e coerente. Segundo ele, o empresariado precisa “entender a sequência do plano de voo”.
 
“Em muitos casos o empresariado, os empreendedores brasileiros gostariam de ver um programa liberal. Mas não se tem muita firmeza de que determinado candidato gosta mesmo daquelas ideias. Então um compromisso de longo prazo ajuda. Sobretudo esses candidatos que a gente não sabe bem se são liberais de verdade ou estão sendo oportunistas”,
 
afirmou Franco.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Chamada de Capa da Redação JF





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
EUA Câmara abre processo de Impeachment de TRUMP 24/09/2019
EUA Câmara abre processo de Impeachment de TRUMP
 
IRAQUE, a base do Ataque de Drones ao Oleoduto Saudita, em maio 01/07/2019
IRAQUE, a base do Ataque de Drones ao Oleoduto Saudita, em maio
 
ARAMCO Petroleira Estatal Saudita sofre Ataque de Drones do Yemen 18/08/2019
ARAMCO Petroleira Estatal Saudita sofre Ataque de Drones do Yemen
 
IRÃ CULPADO: França, Reino Unido, Alemanha alinham-se aos EUA 24/09/2019
IRÃ CULPADO: França, Reino Unido, Alemanha alinham-se aos EUA
 
URUGUAI sai do TIAR após Resolução contra a Venezuela 24/09/2019
URUGUAI sai do TIAR após Resolução contra a Venezuela
 
BOLSONARO NA ONU Discurso saído da Guerra Fria 24/09/2019
BOLSONARO NA ONU Discurso saído da Guerra Fria
 
TIAR - Regime Maduro reconhecido como Ameaça à Segurança Hemisférica 24/09/2019
TIAR - Regime Maduro reconhecido como Ameaça à Segurança Hemisférica
 
BOLSONARO chegou a NY para a Assembleia da ONU 23/09/2019
BOLSONARO chegou a NY para a Assembleia da ONU
 
PARADISET Rede Sueca boicota produtos agrícolas do Brasil: Agrotóxicos 23/09/2019
PARADISET Rede Sueca boicota produtos agrícolas do Brasil: Agrotóxicos
 
ALEMANHA investirá 100 BI de Euros até 2030 para Proteção do Clima 22/09/2019
ALEMANHA investirá 100 BI de Euros até 2030 para Proteção do Clima
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites