Diário do Mercado na 3ª feira, 17.10.2017
Dia de realizações no mercado doméstico.
Resumo.
Hoje, foi mais do mesmo e sem nenhuma notícia nova favorável, os agentes optaram por realizar os recentes ganhos. No cenário político doméstico, os agentes permaneceram atentos aos desdobramentos da segunda da denúncia da PGR contra membros do governo, com início dos debates na Câmara.
No panorama externo, novas declarações de representantes dos governos dos EUA e da Coreia do Norte trouxeram as tensões geopolíticas de volta à cena do mercado.
Ademais, continuaram as especulações sobre a “dança das cadeiras” no Fed, sem definição ainda do provável substituto da atual chairwoman Janet Yellen a partir de fevereiro do próximo ano. Em suma, os temas terminaram não assegurando uma tendência no dia para os principais mercados no exterior.
Ibovespa.
O índice principiou deslizando e a partir da primeira hora da tarde prosseguiu em campo negativo oscilando com curtas variações ao redor da baixa de 1,00%.
A Vale e os papéis mais vinculados ao câmbio e às commodities pesaram negativamente neste pregão, que registrou apenas oito ações fechando com valorização.
O índice doméstico encerrou aos 76.201 pts (-0,90%), acumulando -1,02% na semana, +2,57% no mês, +26,52% no ano e +21,54% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 8,564 bilhões, sendo R$ 8,140 bilhões no mercado à vista.
Na 6ª feira, 13.10, último dado disponível, a entrada líquida de capital estrangeiro na bolsa foi de R$ 58,854 milhões, aumentando o saldo positivo de outubro para R$ 81,544 milhões. No ano, o ingresso líquido acumula R$ 14,864 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o volume do setor de serviços (IBGE) recuou -2,4% em agosto em relação ao mesmo mês de 2016, ante -3,2% leitura anterior (julho-17 / julho-16), inferior à projeção de -2,0%.
Nos EUA, a produção industrial cresceu +0,3% em setembro, ante retração de -0,7% em agosto, em linha com o consenso (+0,3%). Já a produção manufatureira aumentou +0,1%, contra recuo de -0,2% em agosto, ligeiramente abaixo da projeção (+0,2%). Na mesma linha, a utilização da capacidade industrial subiu de 75,8% em agosto para 76,0% em setembro, sendo o consenso 76,2%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou durante a maior parte da sessão em terreno positivo, mas, a tendência de alta foi revertida ainda no meio da tarde, encerrando em baixa frente ao real.
A divisa encerrou cotada a R$ 3,1620 (-0,32%), acumulando +0,41% na semana, -0,16% no mês, -2,77% no ano e -1,53% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu aos 177 pts, registrando a menor pontuação desde dezembro de 2014, ante 181 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão em baixa, com ligeiros ajustes no curto prazo e com recuos mais acentuados na ponta longa da curva.
Para a 4ª feira.
No Brasil: IPC FIPE- Semanal, IGP-10 FGV e Atividade econômica. Nos EUA: Construção de casas novas, Licenças p/construção e Livro Bege (Fed).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 17.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T,
WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES, todos da equipe do BB Investimentos.
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