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Editorial

08 de Maio de 2020 as 12:05:46



EDITORIAL - Inoperância da Classe Política acelera as "Aproximações Sucessivas"


EDITORIAL

Inoperância da Classe Política acelera as "Aproximações Sucessivas"

O potencial para convulsão social não foi extinto na América Latina, com a chegada da Covid19, pois seu motor encontra-se plenamente  operacional. São hoje brazas parcialmente cobertas pela cinza o que ocorria no Chile, no Equador, na Bolívia, no Peru, na Colômbia, que, para desespero e mobilização de B-17, poderia vir também a ocorrer em nosso País.

No Brasil, em especial,  a política neoliberal está a pleno vapor: camuflados pelas papagaiadas e estrepolias de B-17, Paulo Guedes e Roberto Campos drenam recursos bilhardários para a  banca e para o 1% mais rico; agudizam a concentração de renda e empaçocam a distribuição do miserável Auxílio Emergencial à população da base da pirâmide social

Como ver de outra forma a queima sem fim previsto das reservas internacionais brasileiras promovida pelo Banco Central, sob o aplauso do mercado financeiro e as bençãos da mídia oligopolista? Ou, a entrega de bilhões de Reais, pelo BC aos bancos, sob o argumento fantasioso de que estes irão repassá-los às micro, pequenas e médias empresas brasileiras carentes de capital de giro, e com isso deter a depressao em curso?

É notório que, consideradas as declarações de agentes do mercado financeiro e os precedentes do comportamento dos bancos na crise de 2007-2008, o repasse dos recursos pelos bancos às empresas não está acontecendo e não acontecerá. Esses recursos terão como destino o entesouramento nos próprios bancos ... isso já é plenamente visível hoje e não se pode fazer as mesmas vistas grossas irresponsáveis de Paulo Guedes e Roberto Campos Neto. É determinante que seja revertido esse movimento inócuo do BC para ativação da economia.

O BC está envolvido com as duas políticas mencionadas: a torra das reservas internacionais para satisfazer as remessas ao exterior promovidas pelos agentes do capital financeiro em fuga de capitais, com perspectiva de exaurir as reservas brasileiras; e a liberação inócua de recursos bilhardários em Reais aos bancos para repasse às micro, pequenas e médias empresas. É necessário que o Senado convoque os diretores e o presidente do BC para audiência, deflagre sua destituição e opere a reversão dessa política.

O novo componente do quadro político é a aceleração dramática das mortes pela Covid-19 e seu potencial para desnudar essa canalhice às parcelas mais amplas da população, de sorte que movimentos populares sem líderes poderão tornar ainda mais caótico e incontrolável o quadro, de modo a contribuir para o maior endurecimento do regime político e, com isso, materializar a estratégia de B-17.  

São fatores a deter a superação do presente caos a incipiência da classe política dada pela ausência de lideranças políticas de peso, o bater-de-cabeças da Esquerda democrática perdida, a inoperância do Centro, o vai-da-valsa e o medo do Povo pela Direita democrática e a divisão social trazida pelo pulsar da política do ódio, ainda alimentado estrategicamente pelo 1% mais rico, bando apátrida que odeia o Povo Brasileiro e que se desobriga de liderar o desenvolvimento do País, preferindo frequentemente financeirizar suas fortunas no País e administrá-las partir da City, em Londres.

A reunião do Alto Comando das Forças Armadas com B-17, no último sábado, 02.05.2020, as manifestações recentes do general Villas Boas em apoio a B-17, sacralizando-o como homem de boa vontade, evidenciam que um golpe dentro do golpe pode estar em curso, como caminho "por aproximações sucessivas" para as Forças Armadas, uma vez que ainda se mantém nebulosa o que poderia se tornar uma alternativa política democrática para o País superar o caos: a formação de uma Frente Democrática da Esquerda com o Centrão e com a Direita Democrática para deter o autoritarismo.

Mesmo sem estofo político suficiente, neste momento, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, precisa e deve desencadear e liderar, AGORA, o impeachment de Bolsonaro para que, em torno dessa pauta, possam aglutinar-se as forças democráticas do Pais, na própria Câmara, no Senado, no STF (abalroado em 07.05 por Bolsonaro), nas Forças Armadas, nos governos estaduais e câmaras legislativas estaduais e municipais e no que sobrou dos sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais.

O Impeachment do presidente da República é a única alternativa democrática para o País neste momento. E tem de ser agora.



Fonte: DA REDAÇÃO JF





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