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Economia e Finanças

21 de Fevereiro de 2015 as 23:02:25



CÂMBIO - Alta do dólar aproxima câmbio da taxa de equilíbrio


Projeções do câmbio de equilíbrio situam o dólar entre R$ 2,80 a R$ 3,20
 
 
Apesar de encarecer as importações e pressionar a inflação, a alta acumulada de 8,3% do dólar este ano tem um efeito benéfico para a economia brasileira.
 
Atualmente em R$ 2,87, o câmbio comercial aproxima-se da taxa de equilíbrio, eliminando a sobrevalorização do real na última década e abrindo a oportunidade para o país exportar mais e diminuir o rombo nas contas externas.
 
Pela definição econômica, a taxa de equilíbrio representa o câmbio neutro para exportadores, importadores e produtores nacionais. O valor exato varia conforme as estimativas dos economistas, mas a maioria das projeções situa o câmbio de equilíbrio entre R$ 2,80 e R$ 3,20.
 
“O câmbio competitivo é a taxa real que estimula a alocação de recursos nos setores de maior produtividade e assegura o crescimento econômico no longo prazo”,
 
explica o professor de economia André Nassif, da Universidade Federal Fluminense.
 
O câmbio próximo do equilíbrio estimula as exportações, principalmente de produtos industriais.
 
“Nos últimos anos, a indústria brasileira foi parcialmente dizimada. O dólar na taxa de equilíbrio ajuda a recuperar a competitividade dos manufaturados”,
 
diz Alexandre Espírito Santo, economista da consultoria Simplific Pavarini e professor de macroeconomia do Ibmec. Com base no câmbio nos últimos 20 anos corrigido pela inflação, ele estima a taxa de equilíbrio entre R$ 2,80 e R$ 2,82.
 
Por meio de estudos econométricos, Nassif estimou a taxa de equilíbrio em R$ 2,90. Ele, no entanto, ressalta que corretoras estrangeiras projetaram recentemente a taxa entre R$ 3 e R$ 3,20.
 
Nassif destaca que o Banco Central, que no início do ano diminuiu pela metade as vendas de dólares no mercado futuro, agora precisa trabalhar menos para manter a moeda norte-americana próxima do nível de equilíbrio.
 
“Aparentemente, o Banco Central está deixando de segurar o câmbio e indicando que o grau de intervenção será menor daqui para frente.”
 
Em 2014, o Brasil encerrou o ano com rombo de US$ 91 bilhões, 4,1% do PIB nas contas externas – soma da balança comercial, de serviços, de renda e transferências unilaterais. O indicador mede a vulnerabilidade da economia a crises externas. Quanto maior o déficit nas contas externas, mais rápido o real se desvaloriza em turbulências internacionais na economia.
 
“Um rombo desse tamanho explica a volatilidade do câmbio nos últimos anos”,
 
ressalta Alexandre.
 
Apesar das perspectivas de que o câmbio próximo da taxa de equilíbrio gere melhorias para a economia brasileira, por meio do aumento das exportações e da diminuição do déficit das contas externas, os benefícios só serão sentidos no médio prazo. Na melhor das hipóteses, a partir de 2016.
 
“Como o câmbio ainda está muito volátil, os exportadores não estão seguros para fechar contratos. Somente depois que a taxa se estabilizar, os agentes econômicos se sentirão mais à vontade”,
 
pondera Alexandre.
 
Outro fator que adiará os efeitos benéficos do câmbio equilibrado é a inflação. O dólar mais alto não encarece apenas os produtos importados, mas os produtos nacionais que usam matérias-primas importadas. Mesmo assim, André Nassif acredita que a pressão do câmbio sobre a inflação deve ser mais suave que o esperado por causa da política de ajuste fiscal e de aumento de juros posta em prática pelo governo.
 
“Para cada 10% de aumento do dólar, os preços das mercadorias de setores oligopolizados [com poucas empresas produtoras e vendedoras] aumentam de 2% a 3%”,
 
calcula o professor.


Fonte: Agencia Brasil





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