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Economia e Finanças

08 de Outubro de 2015 as 16:10:16



PIB terá queda de 2,9%, segundo a CNI


Economia brasileira terá queda de 2,9%, prevê CNI
 
CNI Confederação Nacional da Indústria piorou a projeção para a queda da economia, este ano. A estimativa de retração do PIB Produto Interno Bruto passou de 1,6%, previsão divulgada em julho, para 2,9%.
 
“A insegurança econômica causada pela forte deterioração das contas públicas e as dificuldades para construir o ajuste fiscal determinaram uma recessão de magnitude mais intensa que a inicialmente esperada para o ano de 2015”,
 
diz a CNI, na publicação Informe Conjuntural.
 
“O ambiente de instabilidade se completa com taxa de inflação anual próxima de 10% e grande volatilidade nos mercados de câmbio e juros”,
 
acrescenta a confederação.
 
A expectativa de queda do PIB industrial foi alterada de 3,8% para 6,1%. A projeção para a queda no consumo das famílias passou de 1,2% para 2,3% e para a retração dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), de 7,7% para 13,4%.
 
A projeção para a taxa de desemprego foi alterada de 6,7% para 6,9%. A estimativa para a inflação subiu de 8,9% para 9,6%. A expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, é manutenção no atual patamar de 14,25% ao ano.
 
A CNI passou a prever déficit primário, este ano, de 0,05% do PIB. Em julho, a expectativa era superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, de 0,4% do PIB. A expectativa para a dívida líquida passou de 36,4% para 34,9% do PIB.
 
A expectativa para a taxa média de câmbio em dezembro ficou em R$ 4. Em julho, a previsão era R$ 3,25.
 
A previsão para o superávit comercial dobrou para US$ 10 bilhões. A previsão para o déficit em conta corrente, saldo das operações de compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, passou de US$ 81 bilhões para US$ 69 bilhões, este ano.
 
 
NOTA DA REDAÇÃO 
 
Em um jogo de expectativasd que se auto realizam, a indústria brasileira mantem paralizados seus investimentos há cinco anos. Não foi essa a reação da classe empresarial esperada pelo governo federal à política de recuperação salarial da mão de obra. O empresariado industrial, habituado à histórica obtenção de ganhos de produtividade a partir de achatamento salarial, não respondeu positivamente aos intensos incentivos creditícios e fiscais do governo federal, destinados aos investimentos em novas tecnologias de produção e gestão, ao desenvolvimento de novos produtos e de novos processos de trabalho.
 
O empresariado reagiu negativamente esta nova fórmula de obtenção de ganhos de produtividade defendida pelo governo federal, calcada na incorporação de tecnologias mais modernas que favorecessem ganhos de competitividade, ao invés da manutenção de salários rebaixados ao nível favorável à ampliação de lucros empresariais. 
 
Farto crédito empresarial para ampliaçao dos investimentos através do BNDES, BB, CAIXA, BNB e BASA foram oferecidos e tomados pelas empresas. Para garantir a demanda dos produtos resultantes desses investimentos, o governo federal conduziu paralelamente programas de compras governamentais no mercado interno e de valorização da produção nacional. Nesse mesmo sentido, também apoiou fortemente a ampliação da bancarização e do crédito para as pessoas físicas para que elevassem o poder aquisitivo e comprassem as mercadorias derivadas dos novos investimentos.
 
A nova fórmula permitiu a elevação da renda das famílias, a expansão da classe média e a melhoria no nível de vida de parcela importante da população antes mantida fora do mercado consumidor.
 
Contudo, como a indústria nacional não ocupou espaço, mercadorias importadas e fornecedores externos ocuparam. À renda superior, o ajuste diante da produção industrial estacionária deu-se também por meio do processo inflacionário, ora em curso.
 
A retórica utilizada pela liderança da classe industrial para justificar sua reação negativa à política publica e ao não ampliar significativamente a capacidade produtiva do parque industrial foi a da "intromissão do governo no setor privado", da "resistência do governo ao não promover as reformas estruturais"  e outras pérolas destinadas a ocultar o boicote empresarial aos investimentos em contrapartida à política pública de valorização salarial, tomada como inibidora da lucratividade. 
 
Neste momento, tem sido também utilizada a acusação de que o governo federal não realizou as auditorias necessárias nas empresas para avaliar a correta aplicaçao dos recursos financeiros obtidos junto ao BNDES  e demais bancos públicas pelas empresas, para ampliação e modernização de sua capacidade produtiva.
 
O setor industrial oferece ao País tão somente sua letargia e nega-se a fazer retornar ao Estado os recursos fiscais que teve temporariamente suspensos através do extenso programa de Desoneração Tributária empreendido pelo governo federal até 2014, no qual empresas integrantes de dezenas de segmentos obtiveram redução de seus impostos para favorecer sua modernização e ampliação de investimentos, algo que não empreenderam.
 
É passada a época da política liberal e do massacre cambial que quase sepultou sua competitividade. mas a indústria ainda não se animou a recuperar seu papel histórico no PIB brasileiro, a despeito de todo o apoio e dos subsídios pagos pela população. E embora não tenha trazido retorno econômico financeiro ao País, quer manter os favores fiscais obtidos como incentivo para oferecer contrapartida de ampliação dos investimentos, 
 
O quê fazer com o setor industrial brasileiro ? Passou da hora de acordar.


Fonte: Agência Brasil





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