Diário do Mercado na 4ª feira, 21.06.2017
Sem notícias novas e sem indicadores no dia, índice acabou se alinhando à trajetória do S&P500 de Wall Street.
Resumo.
Sem nenhuma notícia nova e com agenda esvaziada no dia, tanto interna como externa,o índice brasileiro ainda tentou subir de início, reagindo à baixa da véspera.
Sumariamente, o comportamento dos agentes sem ter nada para se apoiar e seguir o jargão de “viver um dia de cada vez” em tempos de incerteza, levou o índice brasileiro a ficar à mercê do comportamento dos índices de Nova York, destacadamente do S&P500, de pouco antes do meio da tarde até o seu fechamento, encerrando “de lado”, na casa dos 60 mil pts.
Enfim, o mercado está aguardando ainda o teor de possível denúncia da PGR no caso da delação da JBS e o comportamento dos partidos que dão apoio à base governista no Congresso Nacional.
Ibovespa.
Na parte da manhã, o índice oscilou em alta, tentando se recuperar da baixa da véspera e chegou a testar os 61 mil pts. Na parte da tarde, foi perdendo forças e após as 14h30min até o fechamento apresentou trajetória volátil, mas, terminou “de lado”. A queda dos preços do petróleo derrubam as cotações das ações da Petrobras, que foi contrabalançada pelas altas dos papéis da Vale, por conta da elevação do minério de ferro.
O índice brasilerio terminou aos 60.761 pts (-0,01%), passando a acumular agora -1,40% na semana, -3,11% no mês, +0,89% no ano e +19,52% em 12 meses. O dado preliminar do volume giro financeiro da Bovespa foi de R$ 7,238 bilhões, sendo R$ 6,779 bilhões no mercado à vista.
No último dado disponível, o capital estrangeiro mostrou entrada líquida de R$ 260,974 milhões no dia 19 de junho, passando o saldo negativo no mês para R$ 1,677 bilhão. O saldo acumulado em 2017 está em R$ 3,982 bilhões.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) iniciou em baixa, entretanto, teve trajetória suave no dia. A moeda foi paulatinamente reagindo pela manhã e na parte da tarde denotou curtíssimas oscilações ao redor da cotação de fechamento.
A divisa encerrou “de lado”, valendo R$ 3,3310 (-0,03%), acumulando +1,25% na semana, +3,10% no mês, +2,43% no ano e -2,40% em 12 meses.
Risco País - O CDS brasileiro de 5 ano oscilava em alta, aos 246 pts, ante 241 pts da véspera.
Juros.
O dia foi de ajustes de posicionamentos, com as taxas mais curtas recuando e as mais longas, a partir do DI Jan/20 ascendendo. Ou seja, na curva da estrutura a termo da taxa de juros, a ponta curta caiu e a ponta longa subiu.
Eventos da semana.
No Brasil, o mercado seguirá monitorando os desdobramentos dos imbróglios políticos. Em termos de agenda, na quinta-feira sairá o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do Banco Central e, na sexta-feira, o IPCA-15 (prévia do IPCA) de junho, que deve mais uma vez apresentar pequena variação (em torno de 0,10%) e denotar a continuidade da trajetória cadente da inflação.
No exterior, tão somente, depois da decisão do Fomc da semana passada, discursos de dirigentes do Fed: Fischer, Dudley, Evans, Rosengren e Bullard. No Japão, divulgação da ata do BoJ e Kuroda discursará. Já China e zona do Euro não trazem indicadores de maior realce.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 4ª feira, 21.06.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-P, do BB Investimentos