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Economia e Finanças

25 de Janeiro de 2020 as 11:01:43



MARKET UPDATE, 24.01.2020: Panorama Externo e Cenário Doméstico


 
PANORAMA EXTERNO
 
Economia Mundial
 
Economia mundial deve crescer menos. Em seu relatório trimestral, World Economic Outlook (WEO), o FMI revisou para baixo as projeções para o crescimento da economia mundial
 
A projeção de crescimento mundial foi novamente revisada para baixo.  Esse cenário mais pessimista tem como base algumas surpresas em indicadores de atividade econômica de países emergentes assim como o aumento da incerteza gerada pela crescente onda de inquietações sociais que vem eclodindo em vários países. 
 
Pelo lado positivo, o relatório destaca alguns dados preliminares que sinalizam a recuperação da atividade manufatureira e do comércio globais, os quais tem levado a uma acomodação da política monetária. Houve destaque também para a redução das tensões entre EUA e China, assim como, para a saída negociada do Reino Unido da UE. 
 
Apesar da redução da expectativa de crescimento global, o Brasil teve sua projeção de crescimento deste ano elevada de 2,0% para 2,2%, em linha com as projeções domésticas do relatório Focus.
 
CENÁRIO DOMÉSTICO
 
► Mercado de Capitais
 
O volume de emissões domésticas atingiu R$ 396 bilhões no ano passado, com um aumento significativo da participação de ativos de renda variável
 
Cresce a participação da renda variável. Em 2019, as emissões domésticas no mercado de capitais somaram cerca de R$ 396 bilhões, o que equivale a um crescimento de quase 60% em relação a 2018. De modo geral, observamos uma queda considerável na participação das emissões de renda fixa, que recuou de 89,1% para 68,2%.
 
Em contrapartida, vemos uma disparada nas emissões de renda variável, que em 2019 responderam por 22,8% das emissões, contra modestos 4,5% registrados em 2018. 
 
A redução na taxa Selic, de 6,5% para 4,5%, promovida pelo Banco Central ao longo do passado vem contribuindo para o aumento da alocação de recursos no mercado acionário.
 
► Renda Variável
 
Na renda variável, as ofertas subsequentes (follow-ons) passaram de R$ 4,5 bilhões em 2018 para quase R$ 80 bilhões em 2019 puxando, assim, a recuperação desse mercado
 
Volume de emissões dispara em 2019. As ofertas subsequentes de ações (follow-ons) dominaram o mercado de renda variável. Em 2018, haviam sido registradas apenas 3 operações com um volume total de R$ 4,5 bilhões. Em 2019, no entanto, o número subiu para 37 operações que totalizaram quase R$ 80 bilhões. Em relação às ofertas iniciais (IPOs), o crescimento foi bem mais modesto, passando de R$ 6,8 bilhões (com 3 operações) em 2018 para R$ 10,2 bilhões (com 5 operações) em 2019.
 
O bom desempenho da bolsa em 2019 fez com que várias empresas, inclusive estatais, aproveitassem o bom momento para vender participações acionárias em outras empresas.
 
► Renda Fixa
 
No mercado de renda fixa, a maior parte dos recursos captados teve como destinação o refinanciamento de dívidas e a constituição de capital de giro
 
Emissões de debêntures mantiveram a tendência de crescimentoNo mercado de renda fixa, apesar da queda da participação no mercado de capitais, as emissões de debêntures mantiveram a tendência de crescimento observada nos anos anteriores, com o volume de emissões passando de R$ 153,7 bilhões em 2018 para R$ 173,6 bilhões em 2019.
 
O prazo médio de alocação destas operações também subiu de 5,9 para 6,5 anos. A maior parte dos recursos captados foram destinados para refinanciamento de passivo e constituição de capital de giro. 
 
FIIs. Já as operações com Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) vem respondendo bem à recuperação do segmento imobiliário na economia.Em 2019, o volume de FIIs emitido mais que dobrou em relação à 2018, passando de R$ 15,7 bilhões para R$ 35,8 bilhões (9% do total).
 
 
► Mercado de trabalho
 
O mercado de trabalho formal encerrou 2019 com uma criação de cerca de 644 mil novos postos de trabalho. Quase 60% destas novas vagas foram criadas pelo setor de serviços
 
Mercado de trabalho em recuperação. De acordo com os dados do Caged, o mercado de trabalho apresentou um saldo líquido negativo em cerca de 307,3 mil vagas formais no mês de dezembro. A queda registrada no último mês do ano é uma característica sazonal e está ligada ao movimento de desligamento dos trabalhadores temporários contratados para o fim de ano. 
 
Não obstante o resultado de dezembro, o ano de 2019 apresentou um saldo líquido positivo de cerca de 644 mil empregos formais. Em termos anuais, este foi o melhor resultado desde 2013. O setor de serviços foi o que apresentou o maior saldo líquido no ano, com a criação de cerca de 382,5 mil novos postos de trabalho.
 
► Inflação
 
A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, apresentou desaceleração em janeiro. Apesar do choque recente nos preços dos alimentos, as medidas de inflação subjacente permanecem abaixo do centro da meta
 
Inflação dá sinais de desaceleração. Após apresentar uma alta de 1,05% em dezembro, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), desacelerou para 0,71% em janeiro, em linha com a expectativa do mercado (0,70%).
 
Esta desaceleração foi puxada, principalmente, pela alta mais moderada nos preço dos alimentos, sobretudo, das carnes cuja inflação passou de 17,7% em dezembro para 4,8% em janeiro. 
 
A dissipação do choque causado pelo aumento dos preços nos alimentos deve levar o IPCA de janeiro para algo próximo de 0,35% (projeção do Focus).
 
A expectativa de desaceleração da inflação oficial e os números mais fracos da atividade econômica em novembro, fizeram com que boa parte dos analistas apostassem em mais um corte na Selic na próxima reunião do Copom, prevista para o início do mês que vem.
 
Confira no anexo a íntegra do estudo preparado por RICHARD FERREIRA e HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RICHARD FERREIRA & HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos do BB Investimentos

 
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