ARSENAIS NUCLEARES - Redução proposta pelos EUA lhe traria supremacia militar
O presidente da Academia de Problemas Geopolíticos e ex-diretor do departamento geral de cooperação militar internacional do Ministério da Defesa da Rússia, Leonid Ivachov, acredita que a redução mútua de ogivas nucleares proposta pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, durante uma reunião com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguêi Lavrov, vai contra os interesses da Rússia.
“Face ao aumento do número de elementos de defesa antimíssil e de novos tipos de armas, é do interesse dos EUA fazer com que a Rússia tenha uma quantidade de mísseis não superior à que pode ser neutralizada por seu escudo antimíssil já em fase de lançamento”,
disse o general Ivachov em entrevista ao jornal russo “Izvéstia”.
“Em janeiro de 2003, o então presidente norte-americano, George W. Bush, sancionou a diretiva sobre o Ataque Global Imediato, segundo a qual vários milhares de mísseis de cruzeiro norte-americanos deveriam destruir as ogivas nucleares russas localizadas em silos”,
continuou o especialista.
Segundo Ivachov, os demais mísseis russos deveriam ser interceptados por sistemas de defesa antiaérea instalados em navios.
“Os EUA possuem, desde já, 32 navios equipados com sistemas antiaéreos e pretendem aumentar seu número para 93 em 2020. Esses navios já estiveram nos Mares de Barents e Negro. Eles já têm condições de neutralizar nossa capacidade nuclear. Propondo à Rússia novas reduções nucleares, eles só querem facilitar sua missão.”
disse o general.
Além disso, o Pentágono já deu início aos testes com uma arma climática.
“O objetivo é criar nuvens artificiais para utilizá-las como lente diante de uma drástica elevação da temperatura em determinada região. O sistema Haarp e o Serviço Meteorológico dos EUA fazem parte do Pentágono, que possui navios para testes de armas de ondas.”
acrescentou Ivachov
A proposta dos EUA de reduzir ainda mais os arsenais nucleares dos dois países parte da tese exposta em um recente relatório do Pentágono de que o Iraque e a Síria não são mais vistos pelos EUA como inimigos.
A lista dos países potencialmente perigosos para os EUA inclui apenas o Irã, China, Rússia e Coreia do Norte. Além disso, a nova redução das ogivas nucleares supostamente permitirá aos EUA diminuir seus gastos militares anuais em US$ 8 bilhões.