MAHLE METAL LEVE - Resultado no 1º Trimentes/2018
Mais um forte trimestre impulsionado pelo mercado doméstico e por variações cambiais
Mahle divulgou em 14.05 números positivos para o primeiro trimestre de 2018. O segmento de OEM foi responsável por 69,1% do faturamento da companhia no período, impulsionado principalmente pelo
(i) desempenho das vendas domésticas que atingiram R$ 178,1 milhões (+35,3% a/a), refletindo a recuperação contínua da economia brasileira, bem como o crescimento do volume de produção de veículos automotivos, e
(ii) pela variação cambial positiva nas exportações, onde as receitas aumentaram 16,9% a/a.
Por outro lado, asreceitas totais do segmento Aftermarket atingiram R$ 191,2 milhões (+12,4% a/a), estimuladas principalmente pelas exportações (+39,1% a/a), uma vez que as receitas no mercado doméstico (+6,0% a/a) foram parcialmente compensadas por efetivos da variação cambial (-4,6% a/a) decorrente das vendas na Argentina.
Como resultado, a receita líquida consolidada atingiu R$ 618,7 milhões, um aumento de 14,5% a/a - ajustando a receita líquida do 1T17, excluindo a Miba Sinterizados que foi vendida em junho de 2017, a receita líquida desse trimestre cresceu 20,1% a/a.
Destacamos que a parcela do CPV na receita líquida caiu para 72,0% versus 74,7% no 1T17, contribuindo para que a margem bruta finalizasse em 28,0% (+2,8 pp). Da mesma forma, as despesas com vendas, gerais e administrativas diminuíram e representaram 12,5% da receita líquida contra 15,1% no mesmo período do ano anterior.
Nesse sentido, o EBITDA consolidado atingiu R$ 118,8 milhões, um crescimento de 47,2% a/a, superior ao consenso da Bloomberg de R$ 100,0 milhões. A margem EBITDA aumentou para 19,2%, contra 14,9% no 1T17, refletindo a dinâmica positiva de mercado e ganhos de eficiência da Mahle.
O resultado financeiro líquido veio negativo em R$ 1,8 milhão no trimestre, ou 86,2% menor do que o 1T17, devido ao menor nível de alavancagem da empresa e ao impacto positivo do ciclo de afrouxamento monetário e de menores taxas de juros sobre as despesas financeiras.
Assim, a Mahle encerrou o trimestre com um lucro líquido de R$ 71,4 milhões, um expressivo aumento de 85,9% a/a. Quanto à alavancagem, a empresa alcançou no 1T18 uma confortável posição líquida positiva de R$ 14,5 milhões, confirmando seus esforços em reduzir o nível de endividamento e deixando espaço para novos investimentos e oportunidades no setor.
Implicações de investimento.
Nós esperamos uma avaliação positiva do papel nos próximos pregões e permanecemos com visão favorável sobre a companhia suportada por
(i) suas operações diversificadas nos segmentos OEM e Aftermarket, tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo, o que pode compensar impactos de possíveis oscilações no cenário econômico,
(ii) nossa perspectiva positiva em relação à indústria automotiva brasileira, devido a um ambiente econômico mais otimista e ao ciclo de flexibilização monetária,
(iii) seu foco no desenvolvimento de novas tecnologias e
(iv) uma situação financeira sólida que possibilita à companhia se beneficiar de oportunidades no mercado automotivo, tanto em termos de volumes de vendas como em melhorias no mix de produtos.
Os riscos de downside para nossa tese de investimento estão relacionados a
(i) deterioração econômica doméstica (Brasil e Argentina) e/ou desaceleração da indústria automotiva,
(ii) variações cambiais,
(iii) aumento da concorrência e
(iv) aumentos potenciais nos preços das matérias-primas, levando à pressão das margens.
Como tal, revisaremos nossas estimativas para incorporar os resultados de 2017 e devemos divulgar um novo YE18TP para LEVE3 em breve.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do resultado apresentado pela MAHLE METAL LEVE, no 1º trimestre/2018, elaborado por VIVIANE SILVA, CNPI, analista do BB Investimentos
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