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Investimentos

05 de Janeiro de 2017 as 20:45:12



INVESTIMENTOS - O Mercado na 5º feira: Dólar cai a R$ 3,200; Ibovespa sobe 0,78%


Diário do Mercado, na 5ª feira, 05.01.2017
 
Economia desafiadora eleva apostas em cortes maiores na Selic. Ata do Fed induz o dólar a cair pela terceira sessão.
 
 
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e 
Rafael Reis, CNPI-P
 
 
Resumo do dia.
 
A ata do Fomc, divulgada na véspera, apesar de reforçar ideia de crescimento norte-americano, acendeu preocupações do comitê quanto a incertezas advindas do governo Trump, o que deixou implícita a maior cautela do Fed quanto à trajetória de elevações de juros. Refletindo tais temores, a sessão desta quinta-feira foi de ganhos em mercados acionários emergentes e enfraquecimento do dólar. Internamente, dados econômicos reforçam o movimento oposto: o da continuidade do afrouxamento monetário, com a possibilidade da queda da taxa Selic ser ainda mais acentuada pelo Banco Central, dado o perdurante hiato econômico.
 
 
Mercado de Ações. 
 
O índice doméstico findou aos 62.071 pontos (+0,78%), com o giro financeiro da bolsa totalizando R$ 6,99 bilhões, sendo o volume à vista R$ 6,79 bilhões.
 
A performance positiva do índice da bolsa brasileira foi influenciada majoritariamente pela Petrobras (PETR4: R$ 15,75; +1,61%), favorecida por nova alta do petróleo e, especialmente, pela Vale (VALE5: R$ 24,77; +4,74%), que acompanhou firme valorização do minério de ferro na China.
 
 
Agenda Econômica. 
 
Internamente, a produção industrial de novembro registrou avanço de 0,2% na margem mensal, surpreendendo negativamente os investidores, cuja mediana das estimativas apontava para +1,3%.
 
Com a performance, a retração no comparativo ano contra ano foi de 1,1%, e marcando agora o trigésimo mês consecutivo de queda interanual, cuja reversão era esperada para este mês, com mediana de projeções apontando para +0,1%. 
 
O indicador, que já era considerado de elevada relevância, ganhou ainda mais força pela evidenciação do atual hiato da retomada econômica, reforçado ainda pelas sucessivas revisões para baixo do crescimento do PIB, tanto pelos agentes de mercado (relatório Focus), quanto pelo governo através do Bacen e do Ministério da Fazenda nos últimos meses. 
 
Copom - Com isso, cresceu o sentimento que o Copom poderá elevar o afrouxo monetário através de quedas mais vultosas na taxa Selic, inclusive a partir da próxima reunião.
 
Neste momento, ainda vislumbramos uma redução de 50 pontos-base no próximo dia 11, entendendo que o Copom deve permanecer com sua postura parcimoniosa, especialmente frente às dúvidas advindas dos EUA com a vindoura era Trump. 
 
Inflação - A depender da intensidade do processo desinflacionário, também, a ser confirmado na próxima quarta-feira, 11.01, com o IPCA de dezembro (já com favorável sinalização do IPCA-15), não descartamos a aceleração do processo de baixa, com cortes mais agressivos nas próximas reuniões. Tal visão é reforçada pelo espaço que vem sendo criado pela trajetória de queda do câmbio, que pode, em menor grau, contribuir positivamente.
 
Payroll nos EUA - Nos EUA, o relatório divulgado pela ADP/MA mostrou a geração de 153 mil empregos no setor privado. Considerado uma prévia do relatório Payroll (criação de vagas na economia norte-americana), o dado veio abaixo da projeção dos analistas, cuja mediana indicava mais 168 mil postos de trabalho. 
 
O indicador teve impacto modesto, apenas elevando ligeiramente, pelo desvio entre o aguardado e o efetivamente apurado, a expectativa para o Payroll, a ser divulgado na manhã da próxima 6ª feira, 06.01. Se confirmado o pontual esfriamento do mercado de trabalho da maior economia mundial, o viés de cautela visto na Ata do Fed, divulgada na véspera, pode ser reforçado, deflagrando uma possível redução nas apostas quanto a um ritmo acelerado de contração monetária por lá.
 
 
Juros.
 
Após o cômputo do dado fraco da produção industrial doméstica de novembro, cresceram no mercado apostas quanto a uma sequência de cortes mais agressivos na Selic.
 
Por conta disso a sessão foi de significativo recuo de todos os vencimentos ao longo da estrutura a termo da curva de juros, em especial nos mais curtos, com a calibragem dos investidores indicando possibilidade já para a próxima reunião (11).
 
 
Dólar e CDS. 
 
O dólar seguiu em trajetória cadente, denotando gradual dissipação do risco Trump, transitando ao redor do suporte mercadológico de R$ 3,20. Ao término das negociações, a divisa findou a R$ 3,2000 (-0,50%), marcando a terceira sessão de queda consecutiva.
 
Já o CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN), fechou aos 358 pts, caindo 8 pontos em relação a ontem, bem como permanecendo paulatinamente em queda, na mesma direção do movimento da moeda norte-americana.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 05.01.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI - T, e Rafael Reis, CNPI - P, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos do BB Investimentos





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