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Investimentos

05 de Maio de 2016 as 20:05:14



INVESTIMENTOS - ITAU - Resultados no 1º trimestre de 2016


ITAU - Resultado no 1º trimestre de 2016 
 
Negativo como o esperado
 
O Itaú divulgou números trimestrais negativos, conforme nossas expectativas. Da primeira à última linha, o resultado do 1T16 foi estritamente de acordo com nossas estimativas. 
 
A receita líquida de juros (NII) foi de R$ 16.577 milhões (0% A/E) enquanto o lucro líquido recorrente alcançou R$ 5.235 milhões (0% A/E), devido as maiores despesas de provisões e a menor taxa de imposto efetiva. 
 
O ROE ficou abaixo de 20% - pela primeira vez desde o 2T13, chegando a 19,7% no 1T16, o que representa uma contração de 236 bps T/T. 
 
A deterioração da qualidade dos ativos permaneceu como o principal ponto de atenção. A inadimplência, medida pelas operações em atraso acima de 90 dias (NPL 90) cresceu 40 bps T/T enquanto as despesas de provisão dispararam, subindo 38% no mesmo período.
 
 
Apresentado versus Estimado.
 
A receita líquida de juros foi de acordo com nossas estimativas beneficiada pelo forte resultado de tesouraria, que ficou acima da curva média dos últimos trimestres, alcançando R$ 1,7 bilhões no 1T16 (+36,9% T/T). 
 
O salto de 40%nas despesas de provisão já era esperado e ficou 1,7% abaixo de nossas projeções, enquanto o custo do risco atingiu 5,6%, o nível mais alto desde o 2T12. A receita de tarifas ficou 6,2% abaixo das nossas estimativas e apresentou queda de 5,7% T/T devido a sazonalidade das tarifas de cartão de crédito (-6,3% T/T). 
A menor receita de tarifas foi compensada pela diminuição em 8,1% T/T das despesas não decorrentes de juros que ficou 6,8% abaixo das nossas estimativas. O bottom line ficou de acordo com nossas projeções devido a taxa de imposto efetiva menor que a esperada, 25,8% no 1T16 contra 31% da taxa de imposto média nos últimos dois anos.
 
 
Crescimento da carteira e qualidade dos ativos.
 
A carteira de crédito classificada de acordo com o conceito do Banco Central do Brasil diminuiu 6,0% T/T e 4,8% A/A. O destaque foi o forte declínio da carteira PME, -20,6%T/T devido ao aumento de aversão ao risco. Entretanto, a qualidade dos ativos foi impactada pela significante deterioração na carteira de grandes empresas. 
 
 
Olhando para a classificação de risco da carteira, notamos um forte crescimento dos créditos classificados como nível “E” e “F”, com um aumento de 91,1% T/T e 38,7% T/T, respectivamente. Essa classificação de risco requer provisões sobre o valor dos empréstimos de 30% (“E”) e 50% (“F”). A taxa de inadimplência acima de 90 dias deteriorou 50 bps T/T no segmento de grandes empresas e 20 bps T/T no de PF, alcançando 3,9% no 1T16.
 
 
Perspectivas. 
 
Em nossa opinião, o Itaú apresentou um resultado trimestral negativo, devido a deterioração da qualidade de seus ativos. Na semana passada, publicamos o relatório “Moving to the barish mode”, no qual preferimos assumir uma posição mais conservadora. 
 
Em nossa opinião, o recente rali observado nas ações dos bancos não foi baseado nos fundamentos intrínsecos das companhias, especialmente se considerarmos as incertezas do cenário macro doméstico. ITUB4 permanece como nossa top pick no setor financeiro brasileiro, entretanto esperamos alguma pressão vendedora no curto prazo.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre os resultados do ITAÚ no 1º trimestre/2016, elaborado por WESLEY BERNABE, CNPI,  CARLOS DALTOZO e KAMILA OLIVEIRA, CNPI, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Wesley Bernabé, CNPI wesley.bernabe@bb.com.br Carlos Daltozo daltozo@bb.com.br Kamila Oliveira, CNPI kamila@bb.com.br, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS





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