Blues Chips lideram em mais um dia de forte alta na Bovespa
Nos EUA, o dia foi de agenda cheia, primeiro com o relatório do Departamento Energia, que mostrou forte aumento de 10,3 milhões de barris nos estoques de petróleo.
Já os estoques de gasolina tiveram mais uma redução semanal, dessa vez de 1,486 milhões de barris. Outra notícia que movimentou o mercado da commodity foi a de que empresas russas do setor concordaram com a proposta de congelamento da produção aos níveis de janeiro de 2016.
Apesar da volatilidade nas cotações do preço do barril, o saldo final foi positivo, com o contrato futuro para abril fechando em alta de 0,76% em Londres. Ainda nos EUA, a divulgação do livro bege do Federal Reserve mostrou que a atividade econômica continuou se expandindo na maioria dos distritos pesquisados, apoiada pelo aumento do gastos dos consumidores e crescimento dos salários, o que já foi captado pelo relatório de emprego de janeiro.
Em resumo, no balanço dos investidores, os preços das commodities seguem se distanciando do fundo gráfico feito em janeiro, e a economia americana continua forte, sem risco de recessão, enquanto o bloco do euro, Japão e China deverão seguir com suas políticas monetárias expansionistas, resultando em um ambiente mais favorável aos países emergentes e exportadores de commodities.
Bovespa
Nesse ambiente, a Bovespa abriu em alta, com destaque para a Vale, que capturou o clima de menor aversão ao risco e mais um dia de aumento no preço do minério de ferro na China (US$ 51,60 a tonelada seca).
Durante a tarde, as ações também foram impulsionadas pelo acordo feito pela Samarco com os governos de Minas Gerais e Espírito Santo a respeito do acidente ambiental em Mariana, quando entrou em leilão, saindo com alta de mais de 10%. No final, a ação ON fechou em alta de 11,01% (R$ 14,22), enquanto a PN subiu 8,12% (R$ 9,99).
Petrobras operou com mais volatilidade, assim como os preços do petróleo, mas no final fechou em alta de 7,00% (ON).
Na ponta oposta estiveram as empresas exportadoras, acompanhando a queda do dólar: Fibria ON (R$ 39,95, -6,57%) e Suzano PN (R$ 15,44, -5,10%).
Assim, o índice da bolsa paulista encerrou a sessão em alta de 1,75%, a 44.893 pontos, na máxima do ano. O giro financeiro foi de R$ 7,77 bilhões. Na mínima, marcou 43.841 pontos (-0,64%) e na máxima, 44.983 pontos (+1,95%).
O fluxo de capital estrangeiro fechou em alta no mês de fevereiro, com entrada líquida de R$ 2,33 bilhões, resultado de compras de R$ 59,78 bilhões e vendas de 57,45 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar teve queda hoje em relação a outras divisas de emergentes e exportadores de commodities. Em relação ao real a queda foi de 1,35%, fechando a R$ 3,89, abaixo de R$ 3,90 pela primeira vez no ano.
No mercado de juros futuros, houve queda nas taxas dos contratos mais longos (reflexo do quadro externo mais favorável aos emergentes), ao passo que na ponta curta não houve alteração significativa nas taxas.
Ao término da negociação regular, o contrato de DI para abril de 2016 fechou em 14,15%, de 14,16% no ajuste anterior (-0,04%). O DI para janeiro de 2017 terminou em 14,06%, de 14,04% no ajuste anterior (+0,11%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 15,26%, de 15,43% (-1,1%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 02.03.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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