Comportamento do Mercado Financeiro em 16.10.2015, 6ª feira
O Ibovespa, em dia de zeragem de posicionamentos do mercado de opções sobre ações, cujo vencimento do exercício se dará na próxima 2ª feira 19.10 abriu com curtas oscilações, mas, pouco depois passou a operar em baixa, dando continuidade ao viés da véspera.
O índice foi se recuperar somente na hora e meia final do pregão, ajudado também pela reversão positiva da Vale (VALE5: R$15,19; +0,89%; giro R$474 MM).
Contudo, a Petrobras (PETR4: R$7,95; -0,63%; giro R$337 milhões) pesou – lembrando que as duas são carros-chefes de opções e foram hoje instigadas pela “briga” entre comprados e vendidos neste mercado. O setor de bancos baixou e os melhores desempenhos foram: agronegócios; papel e celulose; infraestrutura; e petróleo/petroquímico. No final do pregão ainda surgiram boatos - depois dissipados, sobre a saída do Ministro da Fazenda.
EUA, Europa e China
No panorama internacional, nenhuma alteração em relação à percepção dos agentes em relação à postergação do início do ciclo de aperto monetário pelo Fed para o próximo ano – a probabilidade dos fed funds situa-se em tão somente 32% para dezembro próximo.
Já na Europa, especulou-se que o BCE (Banco Central Europeu) poderia expandir seu programa de compras de bônus na próxima semana. Vale ressaltar que na China, serão divulgados no dia 19, PIB 3T15, produção industrial e vendas no varejo.
Ibovespa
O índice doméstico fechou aos 47.236 pts (+0,16%), acumulando -4,26% na semana, +4,83% no mês, -5,54% no ano e -13,01% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi R$6,52 bi (R$6,34 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$5,36 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado acessível, a Bovespa teve entrada de R$519,006 MM em capital externo no último dia 13, somando R$3,670 bilhões em outubro (-R$418,532MM em setembro e -R$3,314Bi em agosto) e acumulando R$20,909 bilhões em 2015.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,8400 (+1,05%), acumulando +2,37% na semana, -3,37% no mês, +44,63% no ano e +55,53 em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas avançaram, destacadamente a partir do DI out/17, levantando ainda mais a ponta mais longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros, escoltando a alta do dólar, como de praxe.
Indicadores
No Brasil, o Bacen divulgou que o índice de atividade econômica IBC-Br–com ajuste sazonal variou -0,76% em agosto (-0,1% em julho) – consenso em -0,61%. Já em relação a agosto do ano passado o indicador mostrou contração de -4,47% (-4,28% em julho-15/julho-14) – consenso em -4,30%.
O IGP-10 variou +1,88% em setembro, ante 0,61% em setembro – consenso em +1,75%, sendo a maior taxa mensal desde julho de 2008. O indicador passou a acumular +7,88% no ano e +9,83% em 12 meses. Os seus subíndices assim variaram: o IPA-10 em +2,62% (+0,82% em setembro); o IPC-10 em +0,59% em outubro (+0,15% em setembro); e o INCC-10 em +0,23% (+0,36% em setembro).
O IBGE divulgou que o emprego na indústria variou -0,8% em julho, sendo o 8º mês consecutivo de baixas, e em comparação com agosto de 2014, teve queda de 6,9% (mais fraco dado da série histórica iniciada em janeiro de 2001) – caindo nos 18 ramos pesquisados, acumulando retração de 5,6% em 2015.
Agenda da próxima semana - Destaques
no Brasil, destaque para a decisão da taxa Selic (dia 21), além de IPCA-15 (dia 21), taxa de dezembro e arrecadação (22) e dados do setor externo (23);
nos EUA, dados de construção (dia 20), dados de seguro-desemprego (dia 22) e PMI manufatura (23);
na Alemanha, França, Reino Unido e zona do euro, PMI Manufatura, PMI Serviços e PMI Composto (23); e
na China na madrugada do dia 19 para o dia 20, PIB 3T15, produção industrial e vendas no varejo.
Confira no anexo a íntegra do Relatório de Mercado de 16.10.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS