Comportamento do Mercado Financeiro na 2ª feira, 31.08.2015
O Ibovespa, no último pregão do mês, abriu decaindo e após o meio dia foi paulatinamente melhorando, mas, ainda encerrou em campo negativo, tentando alcançar a variação do Dow Jones no dia. Os agentes continuaram preocupados com as incertezas do cenário internacional e nacional hoje.
No Brasil, o governo previu déficit primário de R$30,5 bilhões (0,5% do PIB) para 2016, revisando a meta anterior de +0,7% do PIB – que já havia sido revista de +2,0% do PIB.
Os temores em relação à desaceleração da economia chinesa chegaram a dar uma trégua na semana passada. Todavia, retornaram ao cenário de preocupações dos investidores. A questão tomou mais corpo com o foco central dos investidores, que é a possibilidade de aumento das taxas de juros pelo Fed já em setembro próximo. Apesar de neste momento a probabilidade de alta denotada na taxa implícita dos Fed Funds ser de 38%, na semana anterior havia cedido para 26%.
Ademais, nesta semana haverá a divulgação da criação de vagas na economia (payroll) dos EUA, que poderá ser um “divisor de águas” na percepção de mercado sobre os juros, além da taxa de desemprego, produtividade não agrícola, custo de mão de obra e Livro Bege (Fed – condições atuais da economia norte-americana).
Ibovespa
No índice, os setores com mais fracos desempenhos foram: Bancos; Consumo; Serviços Financeiros; e Holding Financeira. Destaques individuais negativos ponderados para:
ITUB4 (R$26,55; -3,56%; giro R$646 milhões);
BBDC4 (R$23,05; -4,08%; giro R$514 milhões);
BBAS3 (R$17,83; -5,06%; giro R$244 milhões);
ITSA4 (R$7,28; -3,19%; giro R$235 milhões);
BBSE3 (R$28,7; -3,53%; giro R$207 milhões);
CIEL3 (R$38,35; -2,09%; giro R$266 milhões);
BBDC3 (R$25,17; -4,70%; giro R$101 milhões);
CMIG4 (R$7,52; -4,20%; giro R$86 milhões); e
CCRO3 (R$14,88; -3,13%; giro R$88 milhões).
O índice doméstico fechou aos 46.625 pts (-1,12%), encerrando agosto em -8,33%, acumulando agora -8,76% no ano e -23,92% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$9,21 bi (R$8,94 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$7,48 bi.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa registrou entrada de capital externo de R$641,67 milhões no último dia 27, somando saldo negativo a R$2,829 bilhões em agosto (-R$568 milhões em julho), acumulando R$18,143 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,6330 (+1,40%), fechando agosto em +6,32% e acumulando 36,84% no ano e 62,04% em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas mostraram progressivas elevações da ponta mais curta para a ponta mais longa, deixando quase “flat” a curva da estrutura a termo da taxa de juros a partir do DI abr/17 em diante.
Indicadores
Nos EUA, o índice de compras dos gerentes de Chicago foi de 54,4 em agosto, versus 54,7 em julho – consenso em 54,7.
Na Alemanha, as vendas a varejo variaram +1,4% em julho, ante -1,0% em junho – consenso em +1,1%. Já em relação a julho de 2014, o indicador variou +3,3%, contra +5,2% junho-15 / junho-14 – consenso em +1,7%.
Agenda da semana – Destaques (vide pg.3 do relatório anexo)
- No Brasil, balança comercial mensal (1º), produção industrial e decisão da taxa Selic (2) e IGP-DI (4);
- nos EUA, índice de compras dos gerentes de Chicago (31), PMI manufatura e vendas de veículos (1), ADPempregos do setor privado, produtividade, custo de mão de obra e Livro Bege (Fed) (2); dados de seguro-desemprego e balança comercial (3) e payroll (criação de vagas na economia) e taxa de desemprego (4);
- na Alemanha, na França, na zona do euro e no Reino Unido, PMIs manufatura;
- na China, PMI manufatura, PMI composto e PMI serviços (31).
Confira no anexo a íntegra do relatório que avalia o comportamento do mercado financeiro nesta 2ª feira, 31.08.2015. elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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