Movimento do Mercado Financeiro em 16.07.2015
Bolsa em ligeira alta, com baixo volume outra vez
MERCADOS
Na Europa, as bolsas fecharam em alta pela sétima sessão consecutiva, depois da aprovação do pacote de austeridade no Parlamento da Grécia e pelo anúncio da extensão da ajuda às instituições financeiras do país pelo Banco Central Europeu (BCE), para 90 bilhões de euros.
O índice europeu Stoxx 600 fechou com alta de 1,35%, em 405,43 pontos. A Bolsa de Milão subiu 1,67%, o DAX (Frankfurt) ganhou 1,53% e Londres fechou em alta de 0,63%.
Nos EUA, em novo discurso, dessa vez no Senado dos EUA, a presidente do FED repetiu que a instituição deve elevar os juros de forma gradual, mas reconheceu que há riscos em demorar o início do novo ciclo de alta.
O dólar seguiu valorizando-se perante uma cesta de moedas. O Euro perdeu o patamar de US$ 1,09, sendo negociado a 1,0878, também em função da continuidade da política monetária expansionista do Banco Central Europeu.
O Dow Jones, mais uma vez ajudado também por resultados corporativos consistentes, fechou em alta de 0,39%, aos 18.120,25 pontos, S&P subiu 0,80%, aos 2.124,29 pontos, e o Nasdaq registrou valorização de 1,26%.
Bovespa
A Bovespa abriu em alta, virou no começo da tarde para o negativo, mas conseguiu garantir um fechamento positivo, ajudada pela a alta internacional depois que o Parlamento grego aprovou as medidas de austeridade exigidas pelos credores.
As ações do Banco do Brasil puxaram o índice, recuando 3,26%, reagindo à informação de que o Fundo Soberano vendeu uma parte de sua participação no Banco em junho como parte da política de consolidação fiscal.
No final, o índice terminou a sessão com ligeira alta, de 0,32%, aos 53.070 pontos. Na mínima, marcou 52.714 pontos (-0,36%) e, na máxima, 53.417 pontos (+0,97%). No mês, acumula recuo de 0,02% e, no ano, alta de 6,12%. O giro financeiro foi fraco mais um vez, de R$ 3,905 bilhões.
Capitais estrangeiros na bolsa brasileira
No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 165,933 milhões no dia 14, quando o Ibovespa subiu 0,23% e o giro total foi de R$ 5,153 bilhões.
O saldo de recursos externos em julho é de R$ 577,634 milhões e no ano o superávit é de R$ 22,117 bilhões.
BM&F Bolsa de Mercadorias e de Futuros
Na BM&F, os contratos de juros deram continuidade ao movimento de alta iniciado ontem. A alta de hoje foi mais forte na ponta (curta ou longa). O DI para janeiro de 2019 teve forte alta bps.
O dólar teve uma sessão volátil, abrindo em queda, mas fechando em alta (R$ 3,1530, de R$ 3,1330 ontem), acompanhando o desempenho da divisa no exterior.
INDICADORES
Nos EUA, o relatório semanal de pedidos de auxílio-desemprego (jobless clains) divulgado hoje trouxe 281 mil novos pedidos na semana passada, abaixo do consenso (levantado pela agência Thomson Reuters) de 285 mil novos pedidos.
Na Europa, a medida final de inflação medida em junho ficou inalterada, em 0,2% ao ano. O Banco Central Europeu (BCE) também manteve inalteradas as taxas de juros.
A taxa básica permaneceu em 0,05%, e a taxa de remuneração dos compulsórios, em -0,2%.
AGENDA DA SEMANA
3ª feira: Vendas no varejo (Junho) dos EUA, Brasil e China, Reunião Política Monetária Japão, produção industrial (junho) da China e zona do euro, PIB do segundo trimestre da China, pesquisa de crédito do BCE do 2T;
4ª feira: produção industrial (junho) dos EUA; Quinta-feira: BCE (taxa de juros);
6ª feira: IPC (junho) dos EUA e vendas de varejo (junho) do Reino Unido.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado financeiro nesta 5ª feira, 16.07.2015, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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