Carlos Alberto O. Andrade, presidente do Grupo CAOA
O presidente do Conselho de Administração do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, condicionou nesta 2ª feira, 13.05, o aumento dos investimentos no País à aprovação da reforma da Previdência.
O empresário, que se reuniu nesta manhã com o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é preciso fazer a reforma para recuperar a confiança.
“O que nós queremos do governo é que resolva o problema da Previdência e dessa crise que o Brasil está passando, para termos confiança de fazer o investimento. Tudo no Brasil hoje está dependendo muito da Previdência. Se a Previdência passar, nossos investimentos se multiplicarão”,
disse, ao deixar o Ministério da Economia, em Brasília.
Ford
Andrade disse que o grupo continua negociando a compra da fábrica da Ford no ABC Paulista.
“Já estivemos com os chineses que estão interessados em fabricar carros conosco lá. Existe uma grande possibilidade de a Ford voltar a funcionar, absorvendo todos os empregos”,
afirmou. Segundo ele, a negociação está sendo feita com sócios do grupo e será preciso ainda conversar com sindicatos dos trabalhadores e fornecedores.
Impostos em Goiás
Sobre o possível aumento do ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, em Goiás, Andrade disse que o governador Ronaldo Caiado precisa tomar medidas para melhorar as finanças do Estado e que isso não será motivo para o grupo deixar Anápolis, em Goiás, onde há uma fábrica.
“É uma fábrica muito sólida. O investimento feito naquela fábrica é monstruoso e os equipamentos são super sofisticados. O governador Caiado é um homem íntegro e com certeza encontraremos uma solução”,
disse.
Inicialmente, a reunião do empresário com o ministro teria também a participação do governador de São Paulo, João Doria. Mas o governador participa de um compromisso em Nova York hoje.
Nota da Redação JF
O empresariado deixou de investir no Brasil ao longo do governo Dilma, a despeito de todos os incentivos. A rigor, o boicote continua até o presente momento. O Ceo da CAOA verbalizou a chantagem envolvendo a Reforma da Previdência de Guedes-Bolsonaro, assim como CEO da ALCOA havia feito à presidenta Dilma Rousseff, em 2013.
Nada mudou: continua o mesmo o pouco apreço da elite brasileira pela democracia. A elite empresarial que financiou o golpe contra Dilma é a mesma que articula a derrubada de Bolsonaro, consciente de que seu governo nada se dispôs a fazer ou conseguirá fazer para a volta do crescimento econômico.