A agência internacional de classificação de riscos MOODY´S Investors Services rebaixou em um nível, nesta 2ª feira, 19.11, a avaliação dos títulos do governo da França, de Aaa para Aa1. Alem disso, manteve a perspectiva negativa a respeito desses títulos.
A medida segue a decisão da própria MOODY´S, de 23.07.2012, de mudar para a perspectiva negativa os títulos dos governos da Alemanha, de Luxemburgo e dos Países Baixos. Naquela ocasião, a MOODY´S anunciou que iria reavaliar o rating Aaa da França e sua perspectiva, para determinar o impacto do elevado risco de saída da Grécia da Zona do Euro, a probabilidade de apoio coletivo soberano da Zona do Euro e a paralização do crescimento econômico.
A decisão da Moody para classificação em rebaixamento da França e manter a perspectiva negativa reflete os seguintes principais fatores inter-relacionados:
1) As perspectivas de crescimento econômico de longo prazo da França são afetadas negativamente por vários desafios estruturais, incluindo a perda gradual e sustentação da competitividade e da rigidez de longo prazo de seu trabalho, de mercados de bens e de serviços.
2) É incerta a perspectiva fiscal da França resultante da deterioração das perspectivas econômicas, tanto no curto prazo, devida à demanda interna e externa reprimidas, e, a longo prazo, devida à rigidez estrutural mencionado acima.
3) O nível de resiliência previsível da França a futuros choques na Zona do Euro está diminuindo em virtude dos riscos crescentes ao crescimento econômico, ao desempenho fiscal e aos custos de financiamento. É desproporcionalmente grande a exposição da França à periferia da Europa, através de suas ligações comerciais e de seu sistema bancário; e tem se tornado cada vez maiores as suas obrigações contingentes para apoiar outros membros da área do euro. Além disso, ao contrário de outros membros soberanos da zona não-euro, que também levam elevados ratings, a França não tem acesso a um banco central nacional para o financiamento de sua dívida, em caso de perturbações do mercado.
Ao mesmo tempo, a Moody pondera que a França continua a ser avaliada de forma extremamente alta, em Aa1, por causa da significativa força do crédito do país, que inclui (i) uma grande e diversificada economia que sustenta a resiliência econômica francesa (ii) um forte compromisso com reformas estruturais e com a consolidação orçamentária, como expressam recentes anúncios do governo, que podem, a médio prazo, mitigar alguns dos fatores de rigidez estrutural e melhorar a dinâmica da dívida da França.
fonte: http://www.moodys.com/research/Moodys-downgrades-Frances-government-bond-rating-to-Aa1-from-Aaa--PR_260071