Diário do Mercado na 5ª feira, 13.06.2019
Ibovespa prossegue em alta com entrega do relatório da previdência
Comentário.
O índice brasileiro retomou a alta, depois de pequena realização na véspera, com vigoroso volume financeiro. O relator, deputado Samuel Moreira, entregou na data prevista o relatório sobre a reforma da previdência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.
O documento agradou os agentes, que entenderam como favorável a articulação política do governo para que o trâmite da reforma da previdência permanecesse dentro das possibilidades anteriormente conjecturadas pelos analistas e que prosseguirá em frente.
Assim, o texto foi considerado positivo pelo mercado, mesmo com a economia estimada pelo governo de R$ 1,236 trilhão em 10 anos cedendo para R$ 915 bilhões - mas que poderá retornar ainda a R$ 1,13 trilhão.
O entusiasmo contagiou também o mercado de juros futuros, com alguns vencimentos de curto prazo finalizando abaixo de 6,00% a.a. Vale lembrar que a taxa Selic se situa em 6,50% a.a. e que na próxima semana, no dia 19, haverá decisão do Copom sobre política monetária - os agentes deverão monitorar o comunicado do órgão em relação a alguma sinalização futura de direcionamento dos juros.
Externamente, houve um leve repique nas bolsas de Nova York e na Europa, ajudado pela alta do petróleo e no aguardo de novas notícias sobre a guerra comercial entre estados Unidos e China.
No Brasil, o dólar comercial cedeu a R$ 3,8540 (-0,31%). A curva da estrutura a termo decaiu firme em toda a sua extensão, com mercado já antevendo e precificando probabilidade maior de um corte de juros para setembro próximo.
Ibovespa.
O índice já abriu com euforia e superou os 99 mil pts antes da prim eira hora de negócios. Depois, passou a circundar esta pontuação com curtas variações, mas cedendo ligeiramente nas duas horas finais do pregão,
O Ibovespa fechou aos 98.773 pts (+0,46%), acumulando +0,97% na semana, +1,80% no mês, +12,39% no ano e +36,95% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 18,595 bilhões, sendo R$ 17,853 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 11 de junho (último dado disponível), o ingresso líquido de capital estrangeiro foi de R$ 294,677 milhões da Bolsa, com saída líquida cedendo para -R$ 1,376 bilhão neste mês. Em 2019, o saldo negativo acumulado baixou para R$ 5,031 bilhões.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou em baixa frente ao real, ressoando o bom humor do investidor no mercado local.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8540 (-0,31%), acumulando -0,59% na semana, -1,81% no mês, -0,54% no ano e 3,74% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil cedeu a 165 pts, de 166 pts da véspera.
Juros.
Os juros encerraram a sessão regular em queda firme, em linha com o recuo do dólar e refletindo o otimismo com o rumo da reforma da Previdência.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2020 em 6,09% de 6,17%; DI janeiro/2021 em 6,07% de 6,19%; DI janeiro/2023 em 7,01% de 7,11%; DI janeiro/2025 em 7,54% de 7,65%; e DI janeiro/2027 em 7,90% de 7,98%.
Para a semana.
Brasil: IGP-10; Coleta de impostos e Criação de empregos formais.
EUA: Produção industrial e Utilização da capacidade.
Alemanha e França: IPC.
Zona do Euro: Produção Industrial.
Japão: Produção industrial e Utilização da capacidade.
China: Produção industrial e vendas a varejo.
Confira no anexo a íntegra do relatóriod e análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 13.06.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, do BB Investimentos