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Editorial

28 de Março de 2022 as 08:33:07



EDITORIAL - Passa da hora de um Impeachment contra JOE BIDEN


Joe 'Apocalypse Now' Biden, belicista católico
 
EDITORIAL
Passa da hora de um impeachment contra Joe Biden
 
por Wilson R Correa
 
Joe Biden, presidente dos EUA, explicitou em pronunciamento o que até então ainda era tido, em forte suspeita, como um dos grandes motivos do atiçamento e da mobilização de EUA e OTAN contra a Rússia: os EUA estão se valendo de instrumento extra-mercado para impor aos europeus o gás natural norte-americano.
 
"Vocês têm de acabar com esta dependência dos combustíveis fósseis russo, e nós, os EUA, os ajudaremos",  afirmou Biden em pronunciamento realizado em Varsóvia, na Polônia, no sábado 26.03.2022. Biden exortou a UE União Europeia a "livrar-se da dependência" que o bloco tem das importações bilionárias de petróleo e gás da Rússia.
 
Nos últimos anos a movimentação dos americanos foi muito intensa, no sentido de paralizar a construção dos gasodutos NordStream I e II. Foi detectado inclusive, submarino norte-americano, há cerca de nove meses, fazendo o reconhecimento do andamento das obras. Isso trouxe temores de que os gasodutos poderiam ser sabotados pelos americanos. Contudo, a admirável chanceler Angela Merkel conseguiu manter o projeto até a sua conclusão, com grande apoio do mundo empresarial alemão e de seu partido de centro-direita, a CDU Uniao Democratica Cristã (UCD em alemão).  
 
Não é inédito esse movimento extra-mercado de Biden, para impor aos europeus produtos e serviços norte-americanos, no caso, o gás natural dos EUA aos preços exorbitantes de mercado spot, hoje cerca de cinco vezes superior ao contratado com a Rússia pelos alemães.
 
Está ainda bem viva na memória a 'garfada' de Biden, em 14.09.2021, no negócio conduzido pela França, de venda de submarinos diesel-elétricos modelo Scorpène ao governo da Austrália. O contrato estava assinado pelo governo australiano e pela empresa DCNS, controlada pelo governo da França; mas, o governo Biden interferiu, a boca chiusa fechou com a Austrália a venda de submarinos nucleares; e, para a ira de Emmanuel Macron, o contrato com a França foi cancelado unilateralmente pelo governo australiano.
 
Entregar tecnologia de submarinos nucleares é algo jamais realizado pelos norte-americanos. Entrega de tecnologia sensível é vetado pelo Senado dos EUA; mesmo a países parceiros militares dos EUA, como o Brasil. E a iniciativa norte-americana nos chama a atenção porque o governo brasileiro teve negado recentemente pedido de apoio do governo americano no projeto do submarino nuclear brasileiro.
 
Assim, a demonização da Rússia é mais um mecanismo extra-mercado de que se serve o governo americano para melhor posicionar produtos e serviços norte-americanos no mercado mundial. No caso do mercado do gás natural, os EUA recém alcançaram a posição como a maior produtor mundial; e buscam posicionar-se como o maior exportador do gás natural no planeta.
 
O que assistimos é, literalmente, o processo é de expulsão da Rússia desse mercado, cujo custo já é turbulenta guerra na Ucrânia, como grande potencial para espalhar-se por toda a Europa pois a Polônia tem grande interesse em apossar-se do território oeste da Ucrânia, que no passado foi território polonês.
 
Nos cálculos americanos, a expulsão da Rússia do mercado do gás natural traria efeitos negativos à economia russa, ao reduzir a principal fonte de recursos da recuperação econômica daquele país, bem como da modernização de suas forças armadas. Todavia, essa perspectiva pode ser equivocada, porquanto China, Coreia do Sul e também Japão, além de outros países do Oriente, precisam garantir fontes seguras de energia para sua própria expansão econômica e desde já, perfilam-se para receberem o gás natural russo, notadamente diante da atual crise energética mundial. E o movimento necessário de tais países nessa direção não poderá ser contido pela verborreia cínica de Biden, em prol da demonização da Rússia e de Putin. 
 
Paralelamente ao interesse pelo crescimento da indústria de gás natural dos EUA e do apoio a ela oferecido pelo governo Biden, permanecem como leitmotiv da política externa norte-americana, de longa data, os interesses do complexo industrial-militar dos EUA, beneficiário histórico dos gastos militares billionários ora expandidos pelo governo americano para suprimento de material bélico às forças ucranianas.
 
Esses interesses econômicos gigantescos movem a ação de Joe Biden, que, cinicamente, levou aos europeus, no último sábado, seu discurso falso de combate a Vladimir Putin e ao 'poderio demoníaco' da Rússia, na safada mania americana de levar guerra e destruição ao quintal alheio, nos mesmos moldes da homilia hipócrita e fanática de George W. Bush ao proclamar, em  a guerra contra o "eixo do mal"
 
"A OTAN é uma aliança defensiva, ela nunca buscou o fim da Rússia", mentiu Joe Biden, sabedor de que o Pentágono e a OTAN instalaram baterias e silos de mísseis nucleares na fronteira russa, às portas de Moscou, desde a queda da URSS.
 
Biden mentiu cinicamente ao afirmar que EUA e OTAN tentaram varias vezes negociar com Moscou para "evitar a guerra", quando, ao contrário, instalaram 30 laboratórios de guerra biológica na Ucrânia; e, no ápice da canalhice, buscam inverter a realidade dos fatos por meio de retórica negacionista, buscando entregar ao governo russo a responsabilidade, que não era deste, pelos atos criminosos e tresloucados do Departamento de Defesa dos EUA, o Pentágono, de implementar laboratórios de pesquisa militar e desenvolvimento de armas biológicas em território ucraniano, na fronteira com a Rússia.
 
Após oito longos anos de tentativas de negociação pelo governo russo  para cessar o avanço de baterias de misseis da OTAN contra a Rússia, o Capitólio, envolvido no projeto manter a todo custo a hegemonia econômica, política e militar norte-americanas, não mexe uma palha para reverter a iminência de um conflito catastrófico que poderá extinguir a humanidade.
 
Ao contrário, o Senado dos EUA, em um movimento bi-partidário, aprovou, em 09.03.2022, uma resolução apoiando a investigação de crimes de guerra contra o presidente Vladimir Putin pela invasão da Ucrânia.
 
O panorama internacional piora a cada dia. Passou da hora de processo de impeachment ser comandado pela Câmara dos Representantes. O que espera para essa decisão Nancy Pelosi, sua presidente ? Quando enfim tomará as ruas o povo norte-americano para deter essa loucura ?


Fonte: DA REDAÇÃO JF





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