Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Meio Ambiente

18 de Outubro de 2012 as 20:10:43



CÓDIGO FLORESTAL - Presidenta envia mensagem ao Senado esclarecendo os vetos.


 

Em mensagem enviada ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), a presidenta Dilma Rousseff enumera os motivos que levaram aos nove vetos ao Projeto de Lei de Conversão 21, aprovado em setembro pelo Legislativo, que trata de alterações no Código Florestal.
 
Segundo explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista concedida ontem (17), os vetos, no conjunto, buscaram preservar o princípio que justificou a edição da medida provisória, “que significa não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social”.
 
Na mensagem, publicada na edição de hoje (18) do Diário Oficial da União, a presidenta informa que os vetos atendem a orientações dos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, além da Advocacia-Geral da União (AGU).
 
No texto, o governo relaciona argumentos ambientais e jurídicos. O veto ao Parágrafo 9º do Artigo 4º, por exemplo,  ocorreu porque o texto incluído pelo Congresso no texto original da Medida Provisória 571 provocaria “dúvidas sobre o alcance do dispositivo”, o que poderia levar a “controvérsias jurídicas na aplicação da norma”.  
 
Já o veto ao Inciso II do Parágrafo 4º do Artigo 15 foi motivado porque, na interpretação do Palácio do Planalto, diferentemente do previsto no Inciso I do mesmo artigo, o dispositivo “impõe uma limitação desarrazoada às regras de proteção ambiental”.
 
Para o Executivo, o Parágrafo 1º do Artigo 35 permitiria a interpretação de que passaria a ser exigido o controle de origem do plantio de espécies frutíferas pelos órgãos ambientais. A medida, na avaliação da Presidência da República, “burocratiza desnecessariamente a produção de alimentos” e, por isso, foi alvo de veto.
 
De outro lado, o veto ao Parágrafo 6º do Artigo 59 do projeto de lei de conversão foi motivado porque o dispositivo, na análise do governo, ao impor aos produtores rurais prazo de 20 dias para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), limitaria “de forma injustificada” a possibilidade de que eles promovam a regularização ambiental de seus imóveis rurais.
 
De acordo com o Executivo, o veto ao Inciso I do Parágrafo 4º do Artigo 61-A ocorreu porque o dispositivo reduz a proteção mínima e amplia “excessivamente” a área de imóveis rurais alcançadas pela norma, o que elevaria o impacto ambiental e quebraria a lógica da chamada “escadinha”.
 
Incluída no texto original da medida provisória enviada pelo Executivo ao Congresso em maio, a escadinha prevê que a recomposição de áreas desmatadas variaria de acordo com o tamanha da propriedade.
 
Já o Inciso V do Parágrafo 13 do Artigo 61-A, que previa o plantio de árvores frutíferas nas áreas a serem recompostas, foi vetado porque, na interpretação do Palácio do Planalto, a autorização indiscriminada do uso isolado de frutíferas para a recomposição de áreas de Proteção Permanente (APPs), independentemente do tamanho da propriedade, poderia comprometer a biodiversidade dessas áreas.
 
Segundo a mensagem presidencial, o veto ao Parágrafo 18 do Artigo 61-A foi feito com a justificativa de que a redução excessiva do limite mínimo de proteção ambiental dos cursos d ́água inviabilizaria a sustentabilidade ambiental no meio rural. Além disso, a ausência de informações detalhadas sobre a situação dos rios intermitentes no país impediria uma avaliação específica dos impactos do dispositivo.
 
O Inciso III do Artigo 61-B foi alvo de veto porque, na análise do governo, o disposto altera a proposta original enviado ao Congresso e, com isso, “desrespeita o equilíbrio entre tamanho da propriedade e faixa de recomposição”.
 
Na proposta original, apenas os pequenos proprietários, com imóveis rurais de até quatro módulos fiscais, teriam benefícios, tendo em vista “a sua importância social para a produção rural nacional”. Para o governo, a ampliação do alcance do dispositivo causaria impacto direto à proteção ambiental de parcela significativa território nacional.
 
Por fim, o veto ao Artigo 83 do projeto de lei de conversão aprovado pelo Congresso em setembro último foi motivado pela justificativa de que, ao revogar dispositivos pertencentes ao próprio diploma legal no qual está contido, a normal violaria “princípios de boa técnica legislativa, dificultando a compreensão exata do seu alcance”.
 
Além disso, justificou o Planalto, a revogação do Item 22 do Inciso II do Artigo 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, dispensa a averbação da reserva legal sem que haja ainda um sistema substituto que permita ao Poder Público controlar o cumprimento das obrigações legais.
 
O veto é uma prerrogativa presidencial garantida no Parágrafo 1º do Artigo 66 da Constituição Federal. Segundo o texto, “se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente”, devendo, em 48 horas, comunicar os motivos ao presidente do Senado Federal.
 


Fonte: Agência Brasil





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
CATÁSTROFE NO RS, Um Evento Climático Extremo. SAIBA AQUI. 10/05/2024
CATÁSTROFE NO RS, Um Evento Climático Extremo. SAIBA AQUI.
 
CHUVAS NO MARANHÃO - Há 30 Cidades em Situação de Emergência 10/05/2024
CHUVAS NO MARANHÃO - Há 30 Cidades em Situação de Emergência
 
PREVISÃO DE MAIS CHUVA FORTE no RS no Domingo 11/05/2024
PREVISÃO DE MAIS CHUVA FORTE no RS no Domingo
 
70 mil PESSOAS em Abrigos Gaúchos devido às Fortes Chuvas 10/05/2024
70 mil PESSOAS em Abrigos Gaúchos devido às Fortes Chuvas
 
CHUVAS NO RS - Reconstruir Infraestrutura atingida  custará R$ 19 BI 09/05/2024
CHUVAS NO RS - Reconstruir Infraestrutura atingida custará R$ 19 BI
 
FAB leva 34 toneladas de Doações às Vítimas de Enchentes no RS 07/05/2024
FAB leva 34 toneladas de Doações às Vítimas de Enchentes no RS
 
BANCO DO BRASIL recebe Doações para Vítimas das Chuvas no RS 07/05/2024
BANCO DO BRASIL recebe Doações para Vítimas das Chuvas no RS
 
CHUVAS no RS: Mortes chegam a 95; 1,4 milhão de pessoas afetadas 07/05/2024
CHUVAS no RS: Mortes chegam a 95; 1,4 milhão de pessoas afetadas
 
AGU quer que mineradoras paguem R$ 79 BI por danos em Mariana 07/05/2024
AGU quer que mineradoras paguem R$ 79 BI por danos em Mariana
 
LULA volta ao Rio Grande do Sul neste domingo 05/05/2024
LULA volta ao Rio Grande do Sul neste domingo
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites