Relatório de Mercado em 15.09.2015
O Ibovespa principiou ascendente e seguiu mantendo paulatina trajetória ascendente ao longo do pregão. Além do setor de bancos, as ações da Petrobras e da Vale subiram, revertendo as perdas de ontem e ajudando a impulsionar o índice doméstico, que denotou favorável giro financeiro hoje.
O cenário externo contribuiu decisivamente. Os investidores, que já vinham crendo que a taxa de juros não deve ser elevada na decisão do Fed na tarde de amanhã, ratificaram seus posicionamentos agora, ingressando mais no mercado acionário.
Os índices das bolsas de Nova York avançaram, assim como na Europa. Já na China, a percepção dos agentes é que o governo local sinalizou um piso próximo a 3.000 pts para o índice da bolsa de Xangai, intervindo na ponta compradora quando atinge este patamar – o que levou hoje a uma alta de 4,9%, induzindo também elevações nos mercados de commodities pelo mundo.
Ibovespa
No Ibovespa, os setores com melhores desempenhos foram:
Petróleo/Petroquim.;
Bancos;
Consumo; e
Siderurgia/Mineração,
destacando-se ponderadamente,
PETR3 (R$9,48; +8,59%; giro R$176,99 MM);
PETR4 (R$8,14; +6,41%; giro R$532,52 MM);
BBDC4 (R$24,74; +3,73%; giro R$323,52 MM);
ITUB4 (R$28,99; +2,55%; giro R$702,08 MM);
ABEV3 (R$19,45; +2,05%; giro R$642,93 MM);
BVMF3 (R$11,88; +4,21%; giro R$233,01 MM);
VALE5 (R$15,14; +2,23%; giro R$279,6 MM);
VALE3 (R$19,04; +2,37%; giro R$123,31 MM);
CIEL3 (R$38,35; +2,21%; giro R$177,38 MM);
BBSE3 (R$28,69; +3,24%; giro R$145,48 MM); e
HYPE3 ((R$14,90; +4,20%; giro R$44,32 MM).
O índice doméstico fechou aos 48.553 pts (+2,51%), acumulando +4,64% na semana, +4,14% no mês, -2,91% no ano e -17,87% em 12 meses. Preliminarmente, o giro da Bovespa foi de R$8,17 bi (R$7,59 bi no mercado à vista), com o Ibovespa em R$6,68 bi.
Capital Exteno na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve retirada de capital externo de R$153,965 milhões no último dia 14, somando saldo negativo de R$1,266 bilhão em setembro (-R$3,314 bilhões em agosto) e acumulando R$16,391 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,8330 (-0,60%), acumulando -1,19% na semana, +5,51% no mês, +44,37% no ano e +64,58% em 12 meses. O Banco Central informou que o fluxo cambial do País foi negativo em US$860 milhões na semana entre 8 e 11 de setembro, apurando -US$517 milhões no mês, mas, saldo positivo de US$10,758 bilhões no ano.
Nos Juros futuros (DI), as taxas subiram e terminaram retrocedendo integralmente o recuo de dois dias atrás, com a curva da estrutura a termo da taxa de juros sendo deslocada para cima e prosseguindo “flat” a partir do DI out/16.
Indicadores
No Brasil, as vendas a varejo restrito variaram -1,0% em julho (-0,5% em junho) – em linha com o consenso. Já em relação a julho do ano passado, o indicador oscilou -3,5% (-2,7% em junho-15/junho-14) – consenso em -3,8%, passando a acumular -2,4% no ano e -1,0% em 12 meses.
Já as vendas a varejo ampliadas, que incluem material de construção e veículos, variaram +0,6% em julho (-0,7% em junho) – consenso em -0,3%. Já em relação a julho do ano passado, o indicador ampliado oscilou -6,8% (-3,6% em junho-15/junho-14) – consenso em -7,5%, acumulando agora -6,5% no ano e -4,9% em 12 meses.
Agenda da semana – Destaques (vide pg. 3 do relatório anexo)
No Brasil, vendas a varejo (16), IGP-M / FGV - Inflação atacado 2ª prévia (17) e confiança industrial CNI e atividade econômica – Bacen (18);
nos EUA, IPC (inflação) (16), construção e licenças de casas novas, dados de seguro-desemprego, FOMC – decisão sobre taxa de juro (DESTAQUE) (17) e índice antecedente (18).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado financeiro em 16.09.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.