MERCADOS
As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira em alta, alimentada pelo alívio com a situação da Grécia, que reabriu os bancos e pagou os credores.
Tanto o FMI Fundo Monetário Internacional quanto o Banco Central Europeu (BCE) confirmaram que o país quitou hoje as dívidas de 2 bilhões de euros e de 4,2 bilhões de euros, respectivamente, depois de receber um empréstimo-ponte de 7,2 bilhões.
O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,28%, para 406,80 pontos. O índice DAX (Frankfurt) fechou em alta de 0,53%. O índice CAC-40 (Paris) encerrou com avanço de 0,35%.
Nos EUA as bolsas operaram voláteis, mas fecharam em leve alta, refletindo uma boa temporada de balanços corporativos. O presidente do Federal Reserve de Saint Louis, James Bullard, declarou que vê uma probabilidade de mais de 50% de que o primeiro aumento nas taxas de juros venha na reunião de setembro do FOMC, o que freou o apetite dos investidores. O Dow Jones subiu 0,08%, aos 18.100 pontos, o S&P teve valorização dos mesmos 0,08%, aos 2.128 pontos.
Ibovespa
O Ibovespa caiu forte em dia de vencimento de opções. Das 66 ações do índice, apenas 12 não caíram. Petrobras puxou a queda do índice desde a abertura, influenciada pela queda do petróleo no mercado internacional e também pelo difícil cenário político interno.
Entre as maiores quedas também estiveram Gol, que pode ficar fora do índice Bovespa no próximo rebalanceamento da carteira, e as empresas do grupo Gerdau, que são penalizadas pela ambiente interno desafiador para o setor e também por dúvidas dos investidores em relação a recentes movimentos do conglomerado.
No final, o Ibovespa fechou o dia aos 51.600 pontos, em queda de 1,42%. Na mínima, marcou 51.525 pontos (-1,56%) e, na máxima, 52.423 pontos (+0,16%). O giro financeiro total foi de R$ 6,87 bilhões, sendo R$ 2,052 bilhões referente ao vencimento de opções
Capital Externo na Bolsa -- No último dado disponível, a Bovespa teve ingresso de capital externo de R$ 94 milhões no dia 16, quando o Ibovespa subiu 0,32% e o giro total foi de R$ 3,905 bilhões. O saldo de recursos externos em julho é de R$ 740,76 milhões e no ano o superávit é de R$ 22,281 bilhões.
BM&F
Na BM&F, os contratos de juros futuros operaram em queda mais uma vez, repercutindo a economia mais fraca depois da bateria de indicadores desfavoráveis na semana passada e também do alívio externo, o que dá espaço para trégua na política monetária restritiva no horizonte de médio prazo. Enquanto os contratos mais curtos tiveram queda relativamente menor, a ponta longa caiu forte. O contrato para janeiro de 2017 fechou a 13,31%, de 13,455 na sexta (queda de 14 bps).
Câmbio
O dólar operou em alta de forma generalizada, principalmente frente a divisas emergentes e ligadas a commodities, caindo somente em relação ao Euro. Perante o Real a divisa bateu em R$ 3,22, mas recuou para 3,20.
Commodities
O petróleo teve outra sessão de queda. O excesso de oferta e a valorização do dólar causa pressão vendedora sobre a commodity. Em Nova York, o barril WTI fechou contado a US$ 50,15 (queda de 1,45%). O barril do Brent para agosto fechou abaixo de US$ 57, o menor valor desde abril.
INDICADORES
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado, apresentou os seguintes comportamentos em comparação com a semana anterior: o IPCA aumentou a 9,15% (9,12% antes) para 2015 e diminui para 5,40% em 2016 (5.5% antes); o PIB cedeu a -1,70% (-1,50% antes) para 2015 e diminuiu para +0,33% em 2016 (0.50% antes); e a taxa Selic subiu permaneceu em 14,50% a.a. para 2015 e caiu para 12,00%a.a. para 2016 (12.25% antes).
Na Alemanha, dados do Departamento de Estatísticas mostrou deflação de 0,1% em junho, depois de ter ficado estável em maio.
No acumulado de 12 meses, a queda é de 1,4%, de 1,3% em maio.
AGENDA DA SEMANA
2ª feira: Inflação ao produtor (Junho) da Alemanha.
4ª feira: IPCA-15 (junho) e Transações Correntes (junho) no Brasil.
5ª feira: prévia do PMI (junho) dos Estados Unidos, China e Japão e varejo (junho) do Reino Unido.
6ª feira: prévia do PMI (junho) da Zona do Euro.
Confira no anexo pdf a integra do relatório sobre o comportamento do mercado em 20.07.2015, elaborado por FÁBIO CÉSAR CARDOSO, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS